Passa por mim no Governo!"
A generosidade é o dom do que convém, sem qualquer reparo, à compensação" [
Avicena]
Temos
governo. Os missionários de
Sócrates são aquilo que se esperava. Abundantes tecnocratas,
made in IST & outras Instituições meditabundas, consumidos pela respeitosa sebenta, alguns profanos aparentemente virtuosos e estimados profissionais da labuta política. Ainda não foi, segundo
dizem o rol da eminência parda jornaleira que domestica o país, espalhado o perfume pátrio governativo, mas para nossa glória não houve recurso à tralha
Guterrista em dose elevada, pelo que a epidemia está contida. Resta esperar.
Como curiosidade, refiram-se os sediciosos
ecos que os comentadores costumeiros lançaram ao rebanho luso, em torno das personagens eleitas. Desde logo um sujeito, que se desconhece o que tem feito para a posteridade da pátria, de nome
Van Zeller, absolutamente fascinado pela presença de
Freitas do Amaral na governação. De tal modo confundiu o comércio da
CIP com a azia revoltosa perante o excomungado
Freitas, que julgámos recuar a 1975. E lá fomos, obedientemente, consultar o calendário. Uf! O
Van Zeller afinal era um fingidor.
Depois, recebemos as instruções do monge
Luís Delgado que com a sua louvável caridade liberal atestou que este Governo era pior do que o prometido, e, evidentemente, inabilitado para a função, isto depois de evocar
Lopes & Portas, em reza. A noite não podia findar sem que o pensamento de
Guilherme Silva, o desamparado guerreiro
Santanista & Jardinista, na mais pura
ex ironia, nos tenha dito cobras e lagartos desta segunda, terceira ou mesmo quarta escolha socrática. Excelente!
Por fim, ainda não tínhamos atacado o café matinal, já o camarada
José Manuel Fernandes, o devoto militante que no principio dos anos oitenta não renunciava à reorganização do
PC, para espanto de todos, freneticamente
escrevia no seu jornal achar tumultuoso a presença de
Freitas do Amaral no governo da Nação. A verdade é que
Feitas do Amaral era um perigoso terrorista anti-
Bush, novo
Rei do Mundo para o estabelecido
JMF, o que, presumimos, nos poria a guerrear com o exército americano. Cruzes, canhoto! Mas, como nos lembrámos da animada cena passada
in illo tempore no
Palácio de Cristal, a que decerto o camarada
JMF serviu, compreendemos a reprimenda. E o fogo ardente do
senhor director. Há coisas que não esquecem.