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domingo, 13 de fevereiro de 2011

ANTÓNIO TELMO - A AVENTURA MAÇÓNICA


Lançamento do Livro (póstumo) de António Telmo: "A Aventura Maçonica. Viagens à Volta de um Tapete. Seguido de Autobiografia e Sobrenatural em Luís de Camões"

DIA: 14 de Fevereiro (21 horas)
LOCAL: Círculo Eça de Queiroz [Largo Rafael Bordalo Pinheiro, 4]
APRESENTAÇÃO: Nuno Nazareth Fernandes
EDITORA: Zéfiro

[via Almanaque Republicano]

domingo, 26 de setembro de 2010

ANTÓNIO TELMO 1927-2010


"O ocultismo (hoje, prefere-se dizer ‘esoterismo’) não é evidentemente aquilo que nos livros se expõe de ocultismo" [A. Telmo, in Gramática Secreta da Língua Portuguesa]

Na manhã do passado dia 21 de Agosto de 2010 morreu [ou de novo recomeçou, porque "a morte não mata" – cf. Roso de Luna] António Telmo [n. 2 de Maio de 1927], cidadão humilíssimo, professor e investigador iluminante, um subversivo deste "reino da quantidade" [Guénon] a cair de tédio e um "cavaleiro do amor" [Sampaio Bruno] indiscutível do destino e espiritualidade de Portugal. Até sempre!

BIBLIOGRAFIA: Arte Poética, Lisboa, Guimarães, 1963 / História Secreta de Portugal, Lisboa, Vega, 1977 / Gramática secreta da língua portuguesa, Lisboa, Guimarães, 1981 / Desembarque dos Maniqueus na Ilha de Camões, Lisboa, Guimarães, 1982 / Filosofia e Kabbalah, Lisboa, Guimarães, 1989 / O Bateleur, Lisboa, Átrio, 1992 / Horóscopo de Portugal, Lisboa, Guimarães, 1997 / Contos, Lisboa, Aríon, 1999 / O Mistério de Portugal na História e n'Os Lusíadas, Lisboa, Ésquilo, 2004 / Viagem a Granada, Lisboa, Fundação Lusíada, 2005 / Contos Secretos, Chaves, Tartaruga, 2007 / A Hora de Anjos Haver [poemas], Porto, 2007 / [co-autor] A Verdade do Amor, seguido de Adoração: Cânticos de amor, de Leonardo Coimbra, Lisboa, Zéfiro, 2008 / Congeminações de um neopitagórico, Lisboa, Zéfiro, 2009 / A Aventura Maçónica, Lisboa, Zéfiro, 2010 / Luís de Camões, Estremoz, Al-Barzakh, 2010 / O Portugal de António Telmo, Lisboa, Guimarães, 2010.

LOCAIS: Entrevista com António Telmo [por Américo Rodrigues, para a revista Praça Velha] / À Conversa com António Telmo [Lusophia] / Adeus António Telmo! [Évora Oculta] / As Duas Colunas [António Telmo] / António Telmo ... homenagem na Biblioteca Nacional [Jornal de Notícias] / Filosofia e Kabbalah [Recensão crítica ao livro de A. Telmo, por António Cândido Franco]

domingo, 2 de novembro de 2003

TEIXEIRA DE PASCOAES [1877-1952]



n. 2 de Novembro de 1877

"... Eu chamei Saudosismo ao culto da alma pátria ou da Saudade erigida em Pessoa divina e orientadora da nossa actividade literária, artística, religiosa, filosófica e mesmo social. E a Saudade, com a sua face de desejo e esperança, é já a sombra do Encoberto amanhecido, dissipando o nevoeiro da legendária manhã." [in , A Arte de Ser Português, T. P.]

" A tristeza lusitana é a névoa duma religião, duma filosofia e dum Estado, portanto. A nossa tristeza é uma Mulher, e essa Mulher é de origem divina e chama-se Saudade; mas a Saudade no seu mais alto e divino sentido, não é a saudade anedótica do Fado e de Garrett ... A Saudade é o amor carnal espiritualizado pela Dor, ou o amor espiritual materializado pelo desejo: é o casamento do Beijo com a Lágrima: é Vénus e Maria numa só Mulher: é a síntese do Céu e da Terra: o ponto onde todas as forças cósmicas se cruzam: é o centro do Universo: a alma da Natureza dentro da alma humana e a alma do homem dentro da alma da Natureza: a Saudade é a personalidade eterna da nossa Raça: a fisionomia característica, o corpo original com que ela há-de aparecer entre os outros Povos ... A Saudade é a eterna Renascença, não realizada pelo artifício das artes, mas vivida, dia a dia, hora a hora, pelo instinto emotivo dum povo: a Saudade é a Manhã de Nevoeiro: a Primavera perpétua: é um estado de alma latente que amanhã será a Consciência e Civilização Lusitana. Eis a nossa tristeza: o seu espírito são e divino ..." [T. P., in, A Águia, nº 8, Ano I]

"O homem representa de homem, nada mais, porque sonha, idealiza, concebe-se como um ente superior. É só gesto, tom de voz, mímica, - um macaco esperto. Como ele discursa à mesa dum Café! Os outros, mais da selva e da banana, ouvem-no, embasbacados! Proclamam-no um ser sobrenatural. É agradável haver um deus da nossa espécie. O homem representa sempre, ou quando pensa e logo existe, ou quando entoa o cantochão, todo um com o espantalho da morte. É sempre um actor inconsciente, ou vestido de negro eclesiástico ou envolto na púrpura pagã" [in Cartas a uma Poetisa, T. P.]

" Admitimos que haja muito de literário na forma da poesia de Pascoaes, como talvez de toda a poesia. Todavia, é irrecusável a evidencia de um conteúdo terrivelmente sério, experimental, operativo, iniciático. Os seus elementos essenciais, o poeta di-lo muitas vezes, são o silêncio e a solidão e a lua, essa caveira astral. É algo que corresponde, em termos de iniciação maçónica, à solenidade absoluta da «câmara escura», que Fernando Pessoa representou na primeira parte do poema A Múmia. (...)

Pascoaes vê naquele que foi iniciado nos «mistérios« da saudade o «ser duplo», uma espécie de «Jano Tetrafonte», tornado senhor da rebis - a coisa dupla. No homem comum, a saudade é apenas um sentimento, mas o que inquieta, perturba e entusiasma o poeta é verificar que há um povo, o seu, a quem foi dado a graça sem o saber, do sentimento do centro do mundo. Tão espontaneamente como a vista foi dada aos homens de todo o mundo. Por isso defendeu a iniciação poética pela saudade e nela viu o carro de fogo capaz de nos transportar de novo ao Paraíso ..." [António Telmo, História Secreta de Portugal]


"O luar prateia o nosso berço
e a aurora doira-nos o túmulo.
Túmulo e berço, luar e aurora,
principio e fim, quem os distingue?
Mas, nesta confusão
eu adivinho
que tenho em vida, a Eternidade
e o Infinito"

[Últimos Versos, T. P.]

domingo, 12 de outubro de 2003

13 DE OUTUBRO DE 1307 - TEMPLÁRIOS SÃO PRESOS EM FRANÇA



13 de Outubro de 1307 - Templários são presos em França

"... Apesar de ainda na véspera o grão-mestre acompanhar o Rei [Filipe O Belo] às exéquias de uma cunhada deste, a notícia da prisão estala como uma bomba a 13 de Outubro de 1307, em que os Templários são presos nas suas comendadorias. Desde então, o Rei promove, através de Nogaret [Guillaume de Nogaret, professor de direito em Montpellier, e Chanceler do Reino] e dos inquisidores dominicanos, a divulgação de acusações contra a Ordem, como heresia, idolatria, sodomia e blasfémia, acompanhadas de um sistema de delações e torturas que pretensamente as confirmavam, descrevendo sacrilégios, ritos iniciáticos ..."

[Jorge de Matos, A Coroa Francesa e o Processo Templário, in jornal «V Império», nº 4, Maio 1991]

"... A Ordem, não consegue escapar ao processo que irá ser montado pelo rei francês. O inquérito por ele levantado, irá durar 7 anos, culminados com a morte de Jacques de Molay, o último Grão-Mestre da Ordem. Condenado à morte pelo fogo, em praça publica, a 18 de Março de 1314 (…) Clemente V, tinha sido o Papa que dois anos antes, mais precisamente a 3 de Abril de 1312, pela Bula Vox in Excelso, submetida ao Concílio de Viena, extinguira a Ordem do Templo, sem se pronunciar, no fim do inquérito, sobre a sua condenação canónica, por certo, devido às irregularidades do processo. O Processo iniciara-se a 13 de Outubro de 1307, em que era determinado a «todas» as Casas da Ordem, em França e no resto da Europa, fossem alvo de um inquérito semelhante e todos os seus bens imediatamente confiscados e que revertessem para as respectivas Coroas europeias ..."

No entanto, o processo dos Templários não vingará em terras portuguesas (...) D. Dinis, unido por forte laços de amizade com o Mestre Templário em Portugal, acedeu elaborar um inquérito, tal como o Papa o ordenara. Mas o inquérito leva o tempo sufuciente, para proporcionar a fuga dos templários para terras do Norte de Africa. Os seus bens passam temporariamente para a Coroa, enquanto D. Dinis se reúne com Fernando IV de Castela e Jaime II de Aragão. Nesse «Concílio», os templários portugueses e espanhóis são declarados inocentes ... [D. Dinis] prepara uma embaixada a Avinhão, encarregada de expor ao Papa João XXII (que em 1316 tinha sucedido a Clemente V) as razões da necessidade portuguesa na criação de uma nova «ordem», uma «santa milícia» ... É assim, que a Ordem do Templo extinta em 1312, por Clemente V, ver-se-á recriada na nova Ordem, por sugestão do rei D. Dinis em 1319, passando a denominar-se Ordem da Milícia de Jesus Cristo ou Ordem de Cristo ..."

[Teresa Mesquitela, A Mística das Descobertas (Portugal Profundo e Encoberto), Tomar, 1989]


"... O que é que permitiu que, em Portugal, a Ordem da Milícia do Templo continuasse a existir coberta pela Ordem da Milícia de Cristo? Este facto é simples: Portugal é a Ordem do Templo até D. Manuel I e desde a sua origem ..." [António Telmo, Historia Secreta de Portugal, Vega, 1977]

"... O silêncio de René Guénon sobre tudo quanto se passou em Portugal, depois da destruição na Europa da Ordem da Milícia do Templo, tem surpreendido e perturbado os raros investigadores que verificaram a relação directa existente entre o que ele escreveu no Rei do Mundo e os descobrimentos marítimos portugueses ... [idem]

"Todos os symbolos e ritos dirigem-se, não á intelligencia discursiva e racional, mas á intelligencia analogica. Por isso não ha absurdo em se dizer que, ainda que se quizesse revelar claramente o occulto, se não poderia revelar, por não haver para elle palavras com que se diga. O symbolo é naturalmente a linguagem das verdades superiores à nossa intelligencia, sendo a palavras naturalmente a linguagem d’aquellas que a nossa intelligencia abrange, pois existe para as abranger" [Fernando Pessoa, in Fernando Pessoa e a Filosofia Hermética (Yvette Centeno), Presença, 1985]

"Em todas as ordens definidas, mas com fundamento occulto, ha a ordem externa e a ordem interna. Assim os Templarios, na data da sua extinção violenta, era Chefe Externo (Grão Mestre) o cavalleiro francez Jacques de Molay, e era Mestre Interno (Mestre do Templo) o cavalleiro escocez Robert de Heredom" [idem]