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quinta-feira, 13 de setembro de 2012
REGRESSO AO MERCADO
“Fazemos amanhã / o que podemos fazer hoje” [Ernesto Sampaio]
Ainda estamos por aqui! Depois de suspicaz descanso & silencioso poisio [nosso álibi], embora bem atentos ao temporal monomaníaco confeccionado pelo sábio Gaspar da Fazenda e pelo sediço & patético administrador Passos Coelho, estamos (decididamente) de regresso ao “mercado”. E bem a tempo de participarmos no estridente funeral da quadrilha "libaral", mesmo se da paróquia - muito bem amortalhada que foi por essa insulada garotada - reste só os caboucos. Como sempre, estamos de volta ao “mercado” para fazer "mijar a caneta para cima do papel de jornal" [B. Péret]. Com todas as autorizações necessárias.
Entretanto, fomos pintarolando por aí, ocupados, dedicados & seduzidos. AQUI sorvemos a grande Alma Portuguesa, itinerário do nosso eterno retorno; ALI, vasámos letras “colossais” às musas que nos iluminam, porque, meus caros amigos, a entrega ao prazer é uma ventura admirável; ACOLÁ postámos excursos autorizados, narrativas antiquíssimas em preito e elogio ao "cão de parar"; ALGUR (e ALGURES) rendemos carícias (vigilantes) às letras & alfarrábios da nossa praça, recordações & "amores antigos". Para ledores caprichosos!
Regressamos para testemunhar a actividade, e máximas imprudentes, da (longa) oração da paróquia "libaral", que desde o início foi posta a correr pelos burlescos pregadores da governação (& seus validos amestrados) e que, curiosamente, se tornou gramático na sáfara blogosfera; o expediente que vemos na botica de Coelho & Portas não é mais que um “latino suor/substantivo cuspo” [J. D. Ribeiro] para com o gentio que se vê espoliado dos cobres do seu trabalho e para alegria e condição do “honesto” negócio do sistema financeiro.
A virilidade devota de Portas & Coelho é, porque é, uma fúria alucinada & mirabolante, uma perseguição política militante – claro, está – contra o Povo, a Nação e o Estado; uma afadigada e doentia incursão que, a coberto de uma cerzida crendice ideológica atulhada de “reflexões econômicas” (!?), que revela o ralaço exibicionismo de quem nunca, com autoridade e competência, estudou, trabalhou e se fez Homem. Pelo contrário o que, meteoricamente, confirma a charamela de Coelho & Portas, com o arranjo cénico (de natureza persecutória, típica do estado paranóide) do inefável Gaspar, é o saque para proveito particular de alguns e dos próprios, a expensas do indígena e da paróquia.
Na essência, a prosaica política destes inenarráveis sujeitos & seus validos é destruir, destruir, destruir. A insídia destes domésticos amestrados é o maior testemunho histórico, entre nós, de como a interminável farsa do amor pátrio proclamado pela classe política indígena readquiriu o labéu (sem surpresa) de intenção criminosa, o que, convenhamos, é muito mais que o eterno desprezo que nutrem pelos cidadãos eleitores. Até que um dia, de vez, o céu lhes caia sobre as cabeças. Et erit sepulchrum eius gloriosum.
Bom dia!
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
DR. VALENTE AND MR. PULIDO
“e esta? Não era costume
personagem tão nobre entrar assim
quando a peça vai ainda no ensaio” [M.C.V.]
Vasco Pulido Valente (funcionário público), por caridade ao Estado que o amamenta e em concupiscência bem académica, planta a sua conhecida boa-língua ao dono da paróquia – o varonil Passos Coelho. Que na moita de Mr. Pulido caiba - em absoluto - meio mundo, do híbrido Portas à Führer Merkel, passando pelo paisano Gaspar até ao bardo Álvaro, não incomoda nem é de espantar nesta exótica botica. O funcionário público é um sujeito (à cautela) esquecido, irrepreensível na oratória à voz do dono, esmerado nos confeites e nas ilusões das migalhas do poder e outras minudências. Vasco Pulido Valente (funcionário público) é, assim, juiz em causa própria. E não haverá sobressalto patriótico algum que o tire do seu doce remanso.
Vasco Pulido Valente (ilustre historiador), por decência pessoal e amor às belas letras, afina as sua croniquetas nos jornais por diatribes palavrosas ao naufrágio histórico dos nossos egrégios avós. O conhecido historiador verbera & especula pranchas salvíficas enquanto escavaca (meticulosamente) os nossos sucessos inglórios, a nossa proverbial “vil tristeza” e a colossal “habilidade indígena”. O Dr. Valente (mito vivo da superstição “libaral”), à míngua da farpela universitária destes dies irae, em que pontificam alucinados merceeiros-contabilistas, numa assuada sem nenhuma argumentação credível, adscreve, num perfeito manual de civilidade, a desvirginação do casto Coelho, encomendando a sua viciada alma e o vulgar corpo a santa Merkel, a fim (como diria P. Louys) de o voltar a ser. A torrente “neolibaral” inspira sempre, por chateza pátria, um qualquer historiador.
Temos, assim, na tribunícia anti-Estado, o dr. Valente e mr. Pulido, de olheiras pisadas pela velha República (à atenção do inefável contador de histórias Jorge Morais) e esbugalhado pela turgência do novo império alemão, a defender o pleito de Coelho & Portas, numa notável quanto desastrada facúndia. Nada de bipolar ali é esculpido, porque ao dr. Valente e mr. Pulido – que como se sabe, não é “capado politicamente” - após a sombra vem sempre a luz. O doce eflúvio está a florir. Esperemos, portanto, “sobre os dois seios de Trafalgar Square” [M.C.V.]. Disse!
domingo, 23 de outubro de 2011
O BELO E O MONSTRO
"Princeps legibus solutus"
Nesta insultuosa contenda sobre a "crise", onde o malabarismo verbal convida muitos gênios e tudólogos da felicidade económica - quase todos ex e actuais funcionários públicos (como o inefável Eduardo Catroga ou o funcionário público VPV) -, a perorar o amanhã que pronunciará a eficiência económica indígena (com Musgrave, claramente, alheio a essa douta actividade de afectação e estabilização de recursos) e a pensar os bens públicos e o nível da sua despesa (e como mediram o seu output? Oh! respeitáveis sábios) com atrevidos óculos "libarais", a nossa putativa remissão será sempre essa comédia ingénua (ou esse cavar de vida) de a tudo isso complacentemente assistirmos, provincianos que somos.
O túmulo que nos espera, fruto desse fervor neoliberal talhado por um curioso grupelho provocatório & de ambição desmedida, cerra (de vez) a nossa incontornável falta de assombro cívico, de vigor para com o progresso e a evolução social e ornamenta a nossa frontaria duma colossal falta de liberdade e exercício cívico, liberdade essa que, aliás, nunca soubemos (ou quisemos) exercer. O cortejo fúnebre do rebanho dos eleitores da governação será (é, já!) colossal.
O enxertado governo (ou agremiação de suicidas) que preside à paróquia age numa vaidade escouceante e total impunidade. Na sua singular agonia, a gerência da fazenda é, em modéstia e por piedosa falha de verve intelectual, administrada por duas figuras aventureiras e obscuras, ambas curveteadas a essa "grande arte de viver" (Cícero) da ortodoxa troika.
Um tacteia a intimidade doméstica do país em sucessivas mentiras programadas (batendo copiosamente o eng. Sócrates) e, em messiânicos discursos (decerto, por modéstia profissional), julga-se o salvador da pátria, numa assombrosa e dissimulada impostura; o outro, o "idiota útil" – aquele que uma vez sublimou o espírito com a leitura de Marx –, enturvado no seu ódio ao Estado e ao funcionalismo público, representa o poder dos burocratas e do grupo de interesse neoliberais. Sem mácula, o belo "idiota útil" assume que a eficiência nos custos da austeridade são os que transportam menores "custos de peso-morto" no mercado político (e que levaria - sem rebuço - ao óptimo de Pareto), pelo que a eficiência e equidade das medidas tomadas contra a canalha do funcionalismo (essa corja!) estariam explicadas, mesmo se a lacrimosa advertência do economista Cavaco Silva (o monstro) o acosse. O belo "idiota útil", na sua mecânica racional e estouvada utilidade métrica da austeridade, poderá destruir o Estado, anestesiar os indígenas, sangrar o país e o que mais lhe aprouver na sua monomania ideológica, mas nunca vergará a liberdade individual de participar na res publica e de assim sermos, com dignidade, homens livres - patiens quia aeternus.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
PEDRO PASSOS COELHO - BEST OF 2010/2011
PEDRO PASSOS COELHO - BEST OF 2010/2011 [via Aventar]
"não dizemos hoje uma coisa e amanhã outra" / "Não basta austeridade e cortar… não se pode cortar cegamente" / "espero que este orçamento não traga mais impostos" / "espero como futuro primeiro-ministro, nunca dizer ao país ingenuamente, que nunca conhecemos a situação" / "passados 5 meses o governo limitou-se a aumentar os impostos. Foi o próprio governo que confessou a sua incapacidade ... sempre o caminho mais fácil" / "...que não matemos o doente com a cura" / "não basta austeridade e cortar ..." / "...o IVA não é para subir" / "o governo está a prometer alienar participações como quem quer vender os anéis para ir buscar dinheiro" / "e que representa sempre o mesmo esforço, de tratar os portugueses à bruta e dizer ... agora não há outra solução ... nós temos um défice muito grande e temos de o pagar" / "o Estado deve dar o exemplo. Não devemos aumentar os impostos ... o orçamento que foi apresentado na AR este ano (ahhh) de alguma maneira vai buscar a quem não pode fugir ... que é os funcionário públicos ... e portanto precisamos de um governo não-socialista em Portugal".
segunda-feira, 27 de junho de 2011
CIRCO PAROQUIAL
"O circo é a vida. A Grande Festa... o circo somos nós todos... ou ainda mais (digo eu)" [Eduardo Guerra Carneiro]
Ao que parece, o sr. Passos Coelho vulgarizou o medo entre os indígenas. Por artes verbais & outros brados de espírito (lançados pela autorizada gramática do default) os paroquianos enxaguam as gotículas de vil terror que lhes tombam da cabeça etérea.
As manifs da Grécia (com o sereno Loukanikos a comando) e o medo da Europa do fugaz Barroso, a figura algida da sra. Merkel, a toga do conselheiro Noronha do Nascimento, o sorriso evangélico do ministro Álvaro da economia & outros mysterios (cumptos dos antigos companheiros da casa dos Limas), o olho pisco do prócere pregador Portas (lenda viva das Necessidades), o ultimatum às almas tormentosas pelo troveiro Ferreira do Amaral, o bucolismo expressivo da agricultora & maruja Assunção Cristas, eis os tão curiosos temas que lavram sombrias paixões e arrastam (para já) o cidadão lusitano para o infortúnio, agonia da pátria e, repito, vil terror. Dizem os noticiaristas, agora tudólogos.
O sr. Passos Coelho atrelou para a governação os sujeitos que tinha (vulgarmente) de expedir. A pouca (dizem) dilatada lista com que ofertou o país impressiona, descerrando milhares de lábios. Os novíssimos ministros & outras miudezas (a ofertar à Nação dia 28) esterilizaram, para já, o ruidoso e sonoro grupelho de amigos do sr. Sócrates (o conhecido José Lello, é certo, ainda estrebucha e, ao que parece, fugirá mesmo à bengalada rosa). Mas não é certo que, esse raminho de liberais, se eleve às alturas da situação e à devassa da ruína. O comércio intelectual não abunda, a improvisação ideológica e os impiedosos golpes vindo da Europa da sra. Merkel irão confirmar os obséquios fúnebres.
O sr. Passos Coelho está, portanto, a recibo verde. Cativo das suas promessas (como tantos ministros: veja-se Nuno Crato), escravo da superstição liberal, abrasado que estará pelo delírio do aparelho partidário, com um Cavaco Silva enxertado em hierofante económico e pouco esquivo às garotadas (e basófia) do sr. Portas, o sr. Passos Coelho está definitivamente prisioneiro: de si próprio e dos seus atribulados interesses. Quem viver, contará! O circo pode continuar ...
quinta-feira, 24 de março de 2011
CENA ABERTA OU ENSAIOS DE MARCAÇÃO
"Life, as we know it, does not exist" [S. Mhakhaphi]
A paróquia assistiu (assiste) ao mise-em-scène da "morte" política anunciada do sr. Sócrates. A encenação foi corretamente composta, passe o facto de o palco ter dimensões curtas. O sr. Sócrates implantou a cena, fez as marcações e assinalou o ritmo. O estilo - o curioso-dramático estilo tão copiosamente caracterizado pelos doutos politólogos indígenas -, de facto, não é importante: há muito que a cenografia & a iluminação da governança do sr. Sócrates eram uma extraordinária estapafúrdia, um vaudeville, que nem um padre-nosso (a existir!) salvífico nos emprazava das bengaladas atrevidas da fuhrer Merkl ou da benzina milagrosa do sr. Sarkozy. A sopa dos pobres, pitoresco expediente paroquial & tão de agrado da clientela partidária do bloco central, está para durar, sempre insinuante e terna. A continuar!
Ontem a questão era simples - porém complicada de se lhe seguir como tragédia -, a saber: Sócrates ou Nós. Demasiado simples! Na verdade, o roteiro Socrático foi (e será) um desastre completo. A ruína financeira (que nos tem cativos), a afrontosa ditadura do merceeiro Teixeira dos Santos, a capitosa inconsciência social, a fraude & a mentira intolerável (o valor real do défice, não aqui é um simples pormenor), o despotismo corrosivo da cidadania e a alucinação que tudo destrói, trouxeram ruína à acomodatícia ruína do país. O negrume destes anos (e dos que se lhe vão seguir) é um sério aviso ao cidadão livre e fraterno. Por isso, as palminhas grupais que os serviçais do sr. Sócrates - essa infernal facção política que liquidou a honra do Partido Socialista e arruinou o país - vão fazendo cair, em fingimento nas redes sociais e nos seus enlevos partidários, é perigosa mesmo que seja uma caricatura. Ontem a questão era simples, a saber: por fim à fraude, à demagogia, à falta carácter revelada pelo sr. Sócrates & amigos. Porque um país não pode viver na mentira, na incerteza, na falta de esperança de futuro, em campanhas de ódio permanente. A chantagem política e a incompetência tinham de ter um fim.
Que do claro-escuro desta peça nos surjam galãs cómicos (o sr. Portas & garotos amestrados), até um contra-regra no Palácio de Belém agora em ensaios constitucionais primaveris, ou, principalmente, um novo encarregado do palco, um sr. Coelho espingardeando demagogicamente velhas urdiduras do ex-assinante sr. Sócrates, esclarece a tragédia cínica disto tudo e a pateada que se lhe vai seguir. O sr. Coelho (com os oráculos neoliberais à ilharga), como antes o "maravilhoso" sr. Sócrates, teima em salvar Portugal. O aranzel é conhecido: livrar-nos do Estado, deixar em rota livre o espírito pensador dos nossos empresários, que, como bem se sabe, são inteligentes, empreendedores, competentes e, curiosamente, até mesmo empresários. O resto (dizem) virá por especial simpatia e visão empresarial, qual graça ou solene te-deum de 800 anos de ex-votos pátrios. O défice subordinar-se-á, por fim, aos deveres do alheio, o exercício cívico será luminoso e logo observado, a economia será alavancada em grandiosidade nunca vista e os insubmissos especuladores (os tais… esses mesmos) serão domados, como num passe de mágica. E a Europa será nossa! Ecce filius tuum.
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