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sexta-feira, 9 de julho de 2010

THANK YOU VERY MUCH!



Hoje estamos assim. Thank you very much!

Folheámos a ode heróica ou máxima moral de D. Maria de Lurdes Rodrigues sobre a Escola Pública, género dramático do eduquês ou as 24 arcades que igualam os melhores escryptos do Diário da República (parabéns, meu caro amigo João Pedroso, pela erudição).

Gostámos, mesmo, foi da obtida vernissage da obra rodriguiana, pois nunca se tinham encontrado, nesse responso contra a Escola Pública & os docentes, algumas das figuras mártires indígenas, como o ressuscitado Sobrinho Simões, o sr. dr. David do curriculum amestrado, a privada Isabel Soares (um beijo!), o notável sr. Sócrates (que rabiscou – dizem - qualquer coisa) e outras almas sorumbáticas do noli me tangere paroquial. Consta até que o dr. Pacheco Pereira, enxudioso de dinamite cerebral, mourejou por lá, decerto julgando estar a caminho do ISCTE. Alguns referem mesmo que o galanteador (de esquerda rouxinol) Pedro Adão e Silva até lá colheu a genealogia da senhora para o próximo circunlóquio de gauche. E que a abismática (& bela) F. Câncio conseguiu distinguir, definitivamente, um escolar de um estudante. Há que inspirar!

Gostámos, também, dos sermões da garotada liberal postos a correr nos linguados dos jornais e nas paineleirices da TV sobre a (des)dita "golden-share" da troupe da PT. Seguidores em aleluias da superstição (neo)liberal, castos no verdadeiro método de estudar política económica, tais senhores expandiram em idioma & orgulho patriótico o prosaísmo regulamentar do sr. Passos Coelho, o bisonho. O gracioso regimento foi seguido de perto pela parelha fragateira da blogosfera (boa noute Ò sr. João Miranda, a sua benção), que tem como máxima: sol na eira e chuva no nabal. Tudo em harmonia!

Em remate, gostámos de saber que o cavalheiro Ricardo Rodrigues, o gualdripador de gravadores, foi distinguido pelo DIAP. Um clássico! Ora se nem a sra. Ana Catarina Mendes, uma das admiradoras do génio ricardiano, conseguiu um padre-nosso pelo visado, parece-nos que a historieta será curiosa de seguir via imprensa. Talis vita finis ita.

Thank you very much!

terça-feira, 12 de dezembro de 2006

COLISEU & O FANTÁSTICO CHANG



Vem este acrescento a propósito de cativas reminiscências que ditosas preces & freguesias viciosas nos elevaram no dia d'hoje. Basta recordar-nos dos "mundos dos impossíveis" ou poder louvado que, felicidade nossa, fizeram luz (ou Lux, conforme as criaturas) na nossa fabulosa vetustez. Coisa antiquíssima essa - a ida ao Coliseu. Diabólicos magos, a celebre mulher das barbas, a civilização por num dia, o palhaço pobre, os animais amestrados, o malabarista prodigioso (versão Teixeira Santos), o domador bíblico, o faminto leão (d'Alvalade, é claro!), a bailarina sequiosa. Tal como hoje, um mundo de vitalidade. Basta acompanhar o martírio dos colunistas, os textos obscuros do Azeredo Lopes, via comissão de exame prévio ou dita ERC, a languidez do dr. Cavaco ou a doutrina caseira do fenómeno Sócrates, a letra sensorial de João Miranda & as pinochadas d'O Insurgente. Abençoado Coliseu.

PS: em prece social(izante) enviamos os votos de Boas Festas à gerência.

domingo, 10 de dezembro de 2006

REINA A CALMA EM TODO O PAÍS


Nesta quadra natalícia, onde as lamúrias são infantilmente sonegadas (obra do incansável Silva Pereira) e os danos bem diluídos em irónicos fait-divers, não se sabe bem quais os mais astutos dos posporrentes. Se bem que tal não importune os indígenas - entretidos em futebóis, nas sandices de Carolina Salgado & Pinto da Costa, ou em visitas às dunas da Caparica - nota-se que, duma assentada, desponta um raminho de opinion-makers e jornalistas amestrados, que é um regalo ver e ler.

Para acompanhar o raminho saltareco (o bloco central sempre gerou estas graciosas criaturas), que como praga se instala por todo o lado (e, curiosamente, até nos jornais e blogs), surgem por aí uns ladrilhadores políticos ou económicos que espantam pela monotonia do espectáculo.

Está neste caminho de audácia o arrependido Silva Lopes, em jogo de braços contra o BCE enquanto namorisca (ainda e sempre) o PEC, e mais uns economistas disfarçados, inchados de nada entenderem do que se está a passar. Todos eles, em delicados pensamentos, escandalizam-se com o aumento das taxas de juro do infame BCE. A cacofonia não chega sequer à fronteira. Podemos descansar. O eng. Sócrates agradece o zelo académico, depois da consoada.

Com outro sabor, Sócrates, o ainda presidente do partido socialista do governo, para subliminar, propõe uma "new direction" na "agenda entre a Europa e os americanos". Assim mesmo. Os indígenas americanos, obscenamente, dispersaram em paz. Nós por cá esperamos que o engenheiro responda, se este nosso pragmático amigo o permitir, à pergunta de algibeira: ouve ou não conivência do Estado português para o sequestro de cidadãos pela CIA? Ah! E faça-nos a fineza de mandar o atrevido Jaime Gama a banhos, principalmente quando temos visitas da Europa civilizada. Agradecido!

Enquanto isso o inefável Luís Amado anda atrás do "paradigma pós-colonial" perdido. Fantasias natalícias. Do mesmo modo, eis que aparece a fronte enlevada de Judite de Sousa a jurar que a "senhora Maria Cavaco Silva [podia ser] a Hillary Clinton" portuga. Extraordinário. A intensidade da época natalícia é uma chiadeira. Note-se só, como o ungido Cravinho (o pai das Scuts) vai de esculpir para o território doméstico a futurista "italianização", via lugarejo da corrupção. Com efeito, a trovoada de ditos e fait-divers é, deveras, incomensurável que nem é preciso esperar pelo festivo Alberto João para os encómios natalícios. Não há estação tão mundana como esta. Nem alarido. E o país? Que será feito dele!?