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domingo, 9 de novembro de 2003

JOSÉ DÓRIA [1824-1869]



n. em Coimbra a 9 de Novembro de 1824

"Dotado de grande capacidade musical, foi afamado tocador de viola e o introdutor do fado em Coimbra, na opinião de Luís Moita, em O Fado, canção de vencidos

O fado de Coimbra, diz Joaquim de Vasconcelos, se célebre era, mais celebre ficou, pela viola de José Dória (...)

«Sobre a viola, denominada vulgarmente, de arame, é que ele começou a estudar, se concentrou a sua atenção. O seu alento artístico tinha encontrado o instrumento necessário ... Ouvimos a sua viola, as suas Canções Peninsulares, o seu Fado, enfim, tudo nos pareceu um sonho, uma coisa fantástica (Joaquim de Vasconcelos, Os Músicos Portugueses, vol. I, Porto, 1870).
[diz Luís Moita]

«O fado de Dória, que não conseguimos encontrar e que suponho esteja perdido para a reconstituição do alvorecer do Fado de Coimbra, seria, talvez, uma melodia agradável, debuxada por caprichosas variações, sabiamente dedilhadas na viola; ... Coimbra e a sua Academia, todo esse cenário onde Camilo concebera, em época pouco recuada, a figura estúrdia de Guilherme Lira, iam emprestar ao Fado, um manto de luar, certa aristocratização e elegância que, fortemente vincadas, com o rolar dos tempos, dariam à canção dolente uma característica formal tão distante, já, da feição lisboeta, que os fadistas da capital viriam a apelidá-la de ópera..." [in, O Despertar, 11/5/1966]