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domingo, 14 de fevereiro de 2010
AMANHÃ – DIA DO PRÉ DO DR. VITOR CONSTÂNCIO
É já amanhã que o viril dr. Vítor Constâncio, o funcionário público mais douto e de mais forte cabedal da paróquia (25.000 Euros/mês), recebe os aplausos morigerados dos laboriosos financeiros do BCE. O dia de amanhã presenteia esse maravilhoso funcionário público português que ao longo da sua estimada vidinha nunca acertou o que quer que fosse, foi pródigo em cambalhotas financeiras e um desastre na avaliação de desempenho. Apanhado ao acaso pela "estória" do deficit, este nosso faroleiro indígena, ganha o pousio no cadeiral do BCE, lugar de culto dos inadaptados do trabalho. É uma honra para a fazenda lusa e uma bisonha esperança para o funcionalismo estadual. Estamos orgulhosos e de parabéns!
Assim, com infinito regalo, a rede social do Facebook – mural de prazer e de altíssimo gozo – não se esqueceu desse enternecido patriota e lançou um curioso Grupo, de grande generosidade, que dá pelo lascivo nome: "GRUPO A FAVOR DE QUE VITOR CONSTÂNCIO GANHE O SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL”.
A inchada proposta, tem a seguinte ornamentação: “O Govenador do Banco de Portugal ganha mensalmente 25000€! E é contra o aumento do salário mínimo nacional. Achamos justo que o senhor Vítor Constâncio - funcionário público - passe a ganhar o salário mínimo nacional: 475€. E já agora que o seu salário seja "congelado" como a restante função pública em 2010”.
E, aqui, se apresenta a fragorosa defumação do dr. Constâncio. Carpe diem ... Vítor!
quarta-feira, 21 de janeiro de 2004
VÍTOR CONSTÂNCIO: UM FUNCIONÁRIO ZELOSO
A entrevista dada pelo Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, à RR e abundantemente divulgada pelos media é exemplar. As suas previsões optimistas sobre a economia portuguesa, atiradas do alto do Banco de Portugal sobre as nossas cabeças malabrutas, fazem a delícia dos analistas económicos, sobretudo daqueles que frequentam a gamela do aparelho de estado ou correm às sua migalhas, mas não são perceptíveis a partir das magras bolsas das famílias portuguesas e da miséria da sua situação económica e financeira, nem sequer do ponto de vista da ciência económica pode tal ser entendido.
Afinal, desconhece-se os fundamentos macroeconómicos com que se baseia o insigne economista, agora impulsionado como altar iluminante pela governação, para tais inauditas previsões e demais bênções à política orçamental.
Compreende-se o esmero de Vítor Constâncio. Funcionário zeloso e irrepreensível do Banco Central Europeu, a politica fundamentalista dos seus patrões não pode ser posta em causa. O controle da inflação como única variável explicativa dessa abencerragem do pacto de estabilidade não o incomoda nada. Nem os efeitos que tal máxima de estabilidade comporta na frágil economia portuguesa, sequer o atrapalham. Fica, sim, extasiado em discursos à volta da teoria dos ciclos económicos, esquecendo o que sobre eles foi dito por Robert Lucas, numa vaidade irritada e irritante à boa maneira de Mr. Jekyll & Mr. Hide. Dizem que é socialista. É possível que sim, não sabemos. Porém, pode crer que o seu nome ficará, independentemente do lugar que ocupa e da sua função, irremediavelmente ligado a um dos ciclos mais nefastos da economia portuguesa. Para bem ou para o mal.
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