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sábado, 23 de junho de 2007


Lisboa: todos bons amigos!

A lamúria entre os putativos candidatos à Câmara de Lisboa, esta semana no debate na SIC, foi de partir a alma ... alfacinha. Nos espíritos delicados da confraria televisiva, após construção de solenes cenários, o abismo e a miséria que é hoje Lisboa deixará, por intermédio desses beneméritos, simplesmente de existir. A oratória foi tão esmolada, o tom suplicantemente milagroso apresentado foi de tal forma encenado, que deu para entender que aquelas sumidades nunca puseram os pés em Lisboa. Aliás, ninguém parece saber quem governou Lisboa nestes tenebrosos anos.

Sobre o debate, a curiosidade de se assistir ao postulante dr. Costa a esgrimir contra o casto Ministro Costa, é coisa de não se ver todos os dias. O dr. António Costa, sem qualquer graça, chamou para felicidade dos indígenas e para por ordem à urbe o providencial Ministro das Finanças, que como se sabe é tão generoso como a dra. Ferreira Leite. E, modernaço como se supõe, falou no dito "simplis". Na abundância, fez a chamada ao sr. Manuel Salgado. Só visto!

Fulminados ficámos com o rapaz empertigado do PP, de nome Telmo, que avança com o luzimento de querer acabar com os boys em serviço ao lixo e higiene da cidade. Providencialmente, mostra-se piedoso com os idosos e a canalha. Um must! O sr. Fernando Negrão surge em sofrimento resignado e, de tal forma, que não se lhe tira uma única ideia para a cidade, por muito que se esforce. O dr. Negrão expirou, só que ainda ninguém lhe disse. Por último, o dr. Carmona um dos coveiros da cidade, anunciou que no se passa nada por lá. A imaginação deste castiço edil é fascinante. Os escrivães da fazenda indígena agradecem tais ínclitos candidatos. Em Lisboa são todos bons amigos. Disse!

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007


Mais do mesmo na CML

O desmanchar de feira na Câmara Municipal de Lisboa - imortalizada entre os inefáveis adeptos do sr. professor Carmona (o técnico ex officio) e a galeria da putativa oposição (muito loco dolenti) - é um admiravel espectáculo. Os sintomas são os do costume. O tratamento, mais do mesmo. Não há, portanto, enxerto que lhes valha.

O caso, ainda assim, não deixa de ser curioso pela clientela que amotina. Os bons espíritos, que nestas ocasiões argumentam, expõem-se, inconsoláveis. Nada os demove. Os amigos do sr. professor Carmona - um génio, com doutoramento e tudo, dizem - abraçam o virtuoso presidente, à falta de memória cívica. Os ausentes da oposição disfarçam e assobiam abnegadamente para o lado. O dr. Sá Fernandes tem a cabeça a prémio, se ainda a tiver sobre os ombros. O dr. Santana arregimenta as tropas, com meia dúzia de girls à ilharga. Manuel Maria Carrilho, em superstição filosófica, já tinha saído com o seu próprio pé. O dr. Marques Mendes conta os dias para o final do seu talentoso apostolado. O eng. Sócrates, depois de correr com o missionário anti-corruptela Cravinho, quer é que o deixem em paz e não quer falar de eleições, coisa nenhuma (ao que parece o gentio anda a cismar demais e de bolsos vazios, o que não augura nada de bom). E, enfim, nós próprios andamos muito afadigados. Mas nada de maior. Descansem as nossas leitoras.

Deste modo, o fait divers da CML, que a politica oblige e os indígenas observam (à falta de melhor), é uma usual repetição, nemine discrepante. Ninguém ignora que nossa paróquia é um cantinho onde toda a gente se conhece, onde andamos alegremente ocupados uns com os outros. Não espanta, pois, que a senhora Gabriela Seara surja a pagar as moléstias de outros. A coisa era há muito comentada e esperada. O talento dessa gente para tentar desviar atenções e converter a manada politica (coisa que o eng. Cravinho entendeu por demais e Sócrates, vaidosamente, galhofou) não é só pouco cavalheiresca, mas insultuosa. O bloco central continua, assim, no melhor dos martírios. Quase nada o salva. O que virá em seguida, confirmará. Um dia ... qualquer!