Mostrar mensagens com a etiqueta Dos Livros. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Dos Livros. Mostrar todas as mensagens
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
LIBRARIAN
"Quando era novo", disse o tio Guilherme ao filho,
"Receava que isso fizesse mal ao miolo.
Mas agora, que estou bem seguro que não tenho nenhum,
Faço o pino vezes sem conta, sabes?"
[Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll]
terça-feira, 2 de março de 2010
YO LEO EN LE BAR - OBRAS DE BORGES EM CAFÉS E BARES DE BUENOS AIRES
"Buenos Aires tem algumas coisas inacreditáveis de tão bacanas.
Vejam só o projeto lançado ontem: chama-se 'Yo leo en el bar'.
Consiste na instalação de bibliotecas com as obras do escritor Jorge Luis Borges em 15 cafés e bares da cidade. Todos eles fazem parte dos cafés notáveis. A proposta foi anunciada no bar do Hotel Alvear.
Os livros serão doados pela editora Planeta e ficarão a disposição da comunidade local e turistas.
Serão ofertados exemplares de Atlas, Borges de Buenos Aires, Crónicas de Bustos Domecq, El Aleph, El Compadrito, El libro de arena, El Libro de los seres imaginarios, Fervor de Buenos Aires, Literaturas germánicas medievales, Los mejores cuentos policiales, Luna de enfrente, Obras Completas I, II, III y IV, Prólogos, Seis problemas para Don Isidro Parodi, Textos recobrados (1919-1929) e Textos Recobrados II (1931-1955) ..." [ler TUDO AQUI]
via Aquí me quedo.
Outros Locais: Literatura e bares, de Jorge Marmelo (Público, 2/03/2010) / Yo leo en el bar / El programa para encontrar a Borges en los bares / Obra de Jorge Luis Borges disponible en bares de Buenos Aires
domingo, 3 de janeiro de 2010
VOTOS PARA 2010
"Desejamos que os leitores, as livrarias e as editoras independentes resistam a mais um ano de bombardeamento dos grandes grupos"
Foto: Holland House Library (Kensington, Londres, Setembro de 1940). A livraria (onde agora funciona um teatro ao ar livre), construída em 1605 (por Sir Walter Cope), sofreu sucessivas investidas, desde a ocupação pelo exército de Cromwell (Guerra Civil) até à sua devastação pelos bombardeamentos (Blitz) da Luftwaffe na II Guerra Mundial. A curiosa foto (tirada por um fotógrafo anónimo para a agência Fox Photos), datada da manhã seguinte ao bombardeamento, mostra três homens, aparentemente descontraídos perante o caos instalado, a seleccionar e folhear livros que escaparam a mais um noite de terror. A livraria manteve-se em ruínas até 1952. [clicar na foto]
via Livraria Letra Livre, com forte abraço!
segunda-feira, 4 de dezembro de 2006
NEW YORK TIMES - BEST BOOKS 2006
Best Books of 2006 [N.Y.T.]
Em tempo de avaliação literária de 2006, o N.Y.T. Book Review avança com os "100 Notable Books of the Year".
Registe-se, aqui, alguns dos citados:
- Alentejo Blue, de Monica Ali, Scribner ["Alentejo Blue is set amid the cork oak forests of the southern Portuguese region known as the Alentejo"]
- America at the Crossroads: Democracy, Power, and The Neoconservatice Legacy, de Francis Fukuyama, Yale University ["Today Fukuyama has decided to resign from the neoconservative movement - though for reasons that, as he expounds them, may seem a tad ambiguous. In his estimation, neoconservative principles in their pristine version remain valid even now"]
- Collected Poems (1947-1997), de Allen Ginsberg, Harper Collins ["Gay, in the lotus position, with a beard, wreathed in a cloud of marijuana smoke and renowned as the author of a 'dirty' poem whose first public reading in a West Coast gallery was said to have turned the 1950s into the '60s in a single night, Allen Ginsberg embodied, as a figure, some great cold war climax of human disinhibition"]
- Everyman, de Philip Roth, Houghton Mifflin ["For three of the world's best novelists, Fuentes, García Márquez and Roth, the violent upsurge of sexual desire in the face of old age is the opposition of man to his own creation, death"]
- Flaubert: A Biography, por Frederick Brown, Little Brown ["Much of the time Flaubert's influence is too familiar to be visible"]
- Happiness: A History, de Darrin M. McMahon, Atlantic Monthly ["Happiness is not really a polemic. It is a history, one that takes us on a leisurely Great Books-style tour of Western thought, ranging from Herodotus and Aristotle through Locke and Rousseau down to Darwin, Marx and Freud. The musings on happiness of these and dozens of lesser thinkers are lucidly presented in fine, sturdy prose that is, on the whole, a delight to read"]
- New and Collected Poems (1964-2006), de Ishmael Reed, Carroll & Graf ["Reed is among the most American of American writers, if by "American" we mean a quality defined by its indefinability and its perpetual transformations as new ideas, influences and traditions enter our cultural conversation"]
- State of Denial, por Bob Woodward, Simon & Schuster ["Part 3 of the 'Bush at War' cycle, by the longtime Washington Post reporter and editor, describes the inept conduct of the invasion and occupation of Iraq"]
- The Courtier and the Heretic: Leibniz, Spinoza, and the Fate of God in the Modern World, de Mattew Steward, Norton ["In Spinoza's time, the question that gripped hidebound thinkers leery of flouting popular opinion or alienating wealthy patrons, was this: If you believed in Spinoza's God, were you not in actuality an atheist, an offense then punishable by exile, imprisonment or death?"]
sábado, 6 de setembro de 2003
ATENTADO POÉTICO
[Via Collectanea] – "Libere um LIVRO! Na manhã de 11 Setembro 2003 não se esqueça de sair munido de um livro que seja importante para você. Um livro que tenha mudado sua maneira de ver o mundo. Escreva uma dedicatória... e o libere!
Libere-o na via publica, sobre um banco, no metro, no ônibus, em um café ... a mercê de um leitor desconhecido. E você? Adotará um livro que esteja em seu caminho? O dia 11 Setembro não será mais um aniversário fúnebre pois iremos transformar essa data. Juntos, transformaremos esta data em um ato de criatividade e generosidade. A mobilização será geral em Bruxelas, Paris, Florença e São Francisco. Vamos fazer isso também em nossas cidades aqui no Brasil. Nessas cidades, um grupo de escritores, de toda confissão literária, liberará seus livros, em lugar público.
Engaje-se nessa ideia também!
E faça circular essa informação"
Na TSF pode ler-se (e ouvir): "Um grupo internacional de poetas, editores e artistas propõe-se executar um atentado poético cuja arma é a literatura. O objectivo é assinalar o segundo aniversário do 11 de Setembro. Uma das iniciativas para marcar o 11 de Setembro organizado por um grupo internacional de poetas é espalhar milhares de livros por zonas públicas, livros marcantes que contribuíram para mudar formas de pensar, que honrem a liberdade do homem e celebrem a memória das vítimas de todos os atentados.
O poeta Pedro Tamen, em declarações à TSF, disse aguardar com expectativa este «atentado» : «Espalhar livros é sempre uma coisa boa, seja lá como for ou com que intenções, só merece aplausos, mas o que mais me impressiona é o lado provocatório do acto, de provocar o cinzentismo da vida quotidiana com algo de inesperado que ainda por cima se faz com um objecto que cada vez menos é procurado», afirmou, Tamen.
O poeta Albano Martins acolhe com surpresa esta iniciativa: «A poesia em principio não é um atentado, não se apresenta como uma agressão, pelo contrário á algo que suaviza, por isso a ideia merece alguma reflexão», disse. No entanto, Albano Martins considera importante honrar a liberdade, «a poesia é sempre um acto de liberdade, nesse aspecto é uma ideia bonita», acrescentou.
Um atentado poético a acontecer de Bruxelas a Florença, de Paris a São Francisco às 13:46, dia 11 de Setembro, na hora do embate do primeiro avião contra uma das torres do World Trade Center, em 2001."
Libere-o na via publica, sobre um banco, no metro, no ônibus, em um café ... a mercê de um leitor desconhecido. E você? Adotará um livro que esteja em seu caminho? O dia 11 Setembro não será mais um aniversário fúnebre pois iremos transformar essa data. Juntos, transformaremos esta data em um ato de criatividade e generosidade. A mobilização será geral em Bruxelas, Paris, Florença e São Francisco. Vamos fazer isso também em nossas cidades aqui no Brasil. Nessas cidades, um grupo de escritores, de toda confissão literária, liberará seus livros, em lugar público.
Engaje-se nessa ideia também!
E faça circular essa informação"
Na TSF pode ler-se (e ouvir): "Um grupo internacional de poetas, editores e artistas propõe-se executar um atentado poético cuja arma é a literatura. O objectivo é assinalar o segundo aniversário do 11 de Setembro. Uma das iniciativas para marcar o 11 de Setembro organizado por um grupo internacional de poetas é espalhar milhares de livros por zonas públicas, livros marcantes que contribuíram para mudar formas de pensar, que honrem a liberdade do homem e celebrem a memória das vítimas de todos os atentados.
O poeta Pedro Tamen, em declarações à TSF, disse aguardar com expectativa este «atentado» : «Espalhar livros é sempre uma coisa boa, seja lá como for ou com que intenções, só merece aplausos, mas o que mais me impressiona é o lado provocatório do acto, de provocar o cinzentismo da vida quotidiana com algo de inesperado que ainda por cima se faz com um objecto que cada vez menos é procurado», afirmou, Tamen.
O poeta Albano Martins acolhe com surpresa esta iniciativa: «A poesia em principio não é um atentado, não se apresenta como uma agressão, pelo contrário á algo que suaviza, por isso a ideia merece alguma reflexão», disse. No entanto, Albano Martins considera importante honrar a liberdade, «a poesia é sempre um acto de liberdade, nesse aspecto é uma ideia bonita», acrescentou.
Um atentado poético a acontecer de Bruxelas a Florença, de Paris a São Francisco às 13:46, dia 11 de Setembro, na hora do embate do primeiro avião contra uma das torres do World Trade Center, em 2001."
sábado, 16 de agosto de 2003
PARA O S*
Saiu-me em oferta generosa alguns livros. Um de João Paulo Freire (Mário) intitula-se, "8 Dias de Liberdade ... Condicionada. Estarreja-Porto-Viana do Castelo de Relance". Edição da Sociedade Cooperativa "O Lar Familiar", Porto, 1945. Ora, é conhecido o autor pela obra vasta, camiliana até, que apesar de qualidade mediana é uma fonte excelente de pistas para trabalhos futuros. Neste seu livro há algumas notas sobre Estarreja, Avanca, Salreu, Murtosa, e arredores, que foram objecto de visitação na época, dando-nos um quadro curioso de impressões dessas terras e dos seus habitantes.
Assim há algumas notas a reter: a fábrica em Avanca, de Avelino Dias da Costa; a amizade com o Dr. Manuel Figueiredo, dr. António Pires Machado, dr. António Tavares Afonso e Cunha, dr. Alberto Vidal, o dr. António Madureira, dr. Francisco Moura; o cicerone ao Hospital Visconde Salreu, de nome Joaquim Marques Freire, que segundo JPF foi um dos sobreviventes da "Revolução de Setembro", era tipográfo e gráfico distinto (p. 56).
Surge referência a alguns topónimos, e para o seu esclarecimento cita o autor, além de A. Tavares Afonso e Cunha (familiar de José Tavares, que falamos em post anterior), o padre João Domingos Arêde, abade de Couto Cucujães, o padre Miguel de Oliveira (natural de Valega) - ver De Talóbriga a Laucóbriga pela via militar romana, Coimbra Editora, 1943.
terça-feira, 5 de agosto de 2003
PÃO & LIVROS
Agradeço a matinal sugestão de JPP. Pão & livros in matinas é sempre boa escolha. Não conhecia o livro [Among the Gently Mad Perspectives and Strategies for the Book-Hunter in the Twenty-First Century], nem o autor [Nicholas A. Basbanes].
Fiz a devida pesquisa no google, e, helás, lá encontrei uma referência que em tempos tinha lido num newsgroups da livraria Kosmos, mas que não dei qualquer relevância. Tratava-se (como agora posso dizer pela consulta) de "Patience & Fortitude"".. E é bem curiosa a biobibliografia do autor, e quem sabe se o seu último volume sairá em português, mesmo que no Brasil. Seja como for, já tomei nota.
Eis para que serve, também, um blog. Thks!
Fiz a devida pesquisa no google, e, helás, lá encontrei uma referência que em tempos tinha lido num newsgroups da livraria Kosmos, mas que não dei qualquer relevância. Tratava-se (como agora posso dizer pela consulta) de "Patience & Fortitude"".. E é bem curiosa a biobibliografia do autor, e quem sabe se o seu último volume sairá em português, mesmo que no Brasil. Seja como for, já tomei nota.
Eis para que serve, também, um blog. Thks!
quinta-feira, 10 de julho de 2003
INDEX LIBRORUM PROHIBITORUM (EUA)
Saiu uma amostra pequena (no Público de dia 7 de Julho, último) dos livros banidos dos manuais e do receituário escolar pelas «school boards» americanas. Os neoconservadores ianques, agora com a roupagem do politicamente correcto, não param de nos surpreender. Ou talvez não. Deles já se espera tudo. Eis algumas obras do Index, capaz de fazer corar de inveja o nosso Sousa Lara:
- Huckleberry Finn, Mark Twain
- Admirável Mundo Novo, Aldous Huxley
- Uma Agulha no Palheiro, J. D. Salinger
- Adeus às Armas, Ernest Hemingway
- Diário, Anne Frank
- As Vinhas da Ira, Steinbeck
- Fahrenheit 451, Ray Bradbury
- Harry Potter, J. K. Rowling
quarta-feira, 25 de junho de 2003
ARRUMAÇÕES & LIVRAVALHAS
Curiosa ideia esta de organizar papéis, revistas, livros, fotos, coisas que nem sei que nome devo dar, jornais velhos ... Organizar, mas como? Fico sempre depressivo quando me dizem como se deve arrumar todos esses papéis. Não tenho a fúria do bibliómano, confesso, e sempre persegui essa ideia assumida de Eluard: sem ordem, nem desordem. Hoje fiz mais uma tentativa para redesenhar o caos. Não o consegui. Aliás, suspeito que nunca o farei. Começo a ceder logo ao segundo ou terceiro livro. Miro-o com olhar de espanto, folheio com o vagar das coisas solenes e nunca mais me lembro o que estava ali a fazer. É que "há seduções tão poderosas que não podem ser senão virtudes". Diria Baudelaire. Eu subscrevo.
Fiquei-me, pois, pelas separatas e pelos opúsculos. Sempre tive essa mania das separatas das revistas (como do Instituto, a minha paixão suprema) e dos folhetos. Não consegui resistir a tamanho encantamento. Eis algumas tiradas, sacadas entre o segundo café da tarde e o fim de tarde.
- "A caricatura é uma das mais terríveis armas de guerra aplicadas ao ridículo humano. Pior do que o canhão! Porque o canhão mata - a caricatura mutila. Antes das duas linhas de legenda que são vitríolo atirado ao rosto da personagem, a caricatura despenteia-a, deforma-a, desarticula-a, fá-la dançar o S. Vito da desfiguração, até categoria, poder, majestade se tornarem bonecos de pasta sobre que caiu chuva em quarta-feira de cinzas" [Joaquim Leitão, O Poço que Ri - Conferência sobre Rafael Bordalo Pinheiro e o seu tempo, proferida por ..., na Sociedade de belas Artes na noite de 8 de Fevereiro de 1936 ..., Publicações do Anais da Bibliotecas, ..., Lisboa, 1936]
- "Não costumo fazer erratas ao que aparece deturpado nesta secção, mas hoje tem de ser para evitar equívocos. No eco que dizia respeito a um miserável que escreveu o folheto infame dos AZEITEIROS, saiu: para excremento da espécie, onde eu tinha escrito escarmento da espécie. Vai isto para que conste. Quanto ao biltre, apesar de andar meio mundo a querer saber quem é, ainda não se deu por achado. É de força o mastim, que nem puxado pela arreata deu de si. Ele aparecerá um dia ..." [ João Paulo Freire (Mário), Azeite Escaldado, Lisboa, 1946 - Trata-se de uma polémica entre João Paulo Freire e o autor do célebre opúsculo Os Azeiteiros de Camilo, da autoria de Manuel de Castro]
- "E o sr. M. B., [Nota: Miguel Bombarda] usando alimentar-se intellectualmente de bugiarias, à maneira das mulheres pejadas que, no sempre judicioso parecer, ao menos para mim ..." [J. Mendes Martins, Sacudindo um Psychiatra, Porto, 1903 – curiosa polémica do autor com o Prof. Miguel Bombarda]
- "Em Portugal, nos últimos tempos, a crítica literária parece-me oscilar entre um modo geralmente teorizante, como que perceptivo, recensivamente pouco exacto, - e uma erudição comparativa de passos e ávida de descobrir influências..." [Gaspar Simões, citado por Eduardo Lourenço, in A Conversação Crítica de Nemésio, Eduardo Lourenço, Separata de Revista da F. L. Lisboa, nº 2, 1978]
Subscrever:
Mensagens (Atom)