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sexta-feira, 25 de setembro de 2009
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V. Excia encomendou-os para a noute Domingueira!? Vejamos. V. Excia quer graciosamente repetir esse embaraço quando toda a prudência, depois de se lhes observar a face e conhecidos os gestos, o fazem livremente reflectir? V. Excia que cultiva a arte da democracia & liberdade e que fecha os olhos de vergonha quando a visão se turva envolta naquela gente sem dávida & sem luz, quer ainda encomendar? Ter-se-á V. Excia, que não tem espírito servil e tem palavra & carácter, dado conta que depois de amanhã é Domingo?
Boa noute!
TOP DO MERCADO POLÍTICO
Para o mais completo TOP dessa prosa disparatada, desse charivari mal-humorado e com atropelos de alienação; mas também aos que em exarados afagos de cidadania foram grandes e com aprumo literário; & mesmo aos outros, avessos às patrulhas ideológicas, e que nem uma palavra sequer ouvimos sobre esta pocilga eleitoral; aqui, graciosamente, V. deixamos o nosso TOP Eleitoral:
Melhor Argumento Eleitoral – Cavaco Silva
Melhor Blog de Direita – Blasfémias
Melhor Blog de Esquerda – Cinco Dias
Melhor Blogger – Luís Januário
Melhor Blogger apoiante do PS – Medeiros Ferreira
Melhor Blogger apoiante do PSD – João Gonçalves
Melhor Blogger votante no BE – José Neves
Melhor Blogger votante da CDU – Carlos Vidal
Melhor Campanha – PS
Melhor Colunista – Manuel António Pina
Melhor Comentador TV – Manuel Villaverde Cabral
Melhor Director de Jornal - não atribuído
Melhor Jornal Diário – Público
Melhor Semanário - Expresso
Melhor TV – RTP(N)
Melhor Twitter – José Manuel Fernandes
Pior Argumento Eleitoral – Manuela Ferreira Leite
Pior Blog de Direita – Simplex
Pior Blog de Esquerda – Simplex
Pior Blogger – João Paulo Pedrosa
Pior Campanha – PSD
Pior Colunista – José António Saraiva
Pior Comentador TV – Emídio Rangel
Pior Director de Jornal – João Marcelino
Pior Jornal Diário – Diário de Notícias
Pior Semanário - Sol
Pior TV – SIC Notícias
Pior Twitter – António Nogueira Leite
O MERCADO POLÍTICO NA BLOGOSFERA
O mercado político eleitoral, nesta paróquia de infantes indignados, teve nestas eleições uma curiosa actuação em versão de "free-rider". Não só entre os jornaleiros (em especial direktores e mirrados colunistas) mas principalmente via essa pitoresca blogosfera oficiosa. O que é curioso, nessa empoeirada zarzuela, é nunca tantos clientes dos bens públicos se esconderam ("dos beiços ao cachaço") dessa obscura "maleita" de viver à conta do Estado, ao mesmo tempo que em mavioso ritmo pregavam contra a sua enormidade. Por isso mesmo, nunca tantos controladores (patrulhadores) da agenda eleitoral deram tantos e calamitosos pinotes a denunciar o "grávido" Estado e ao mesmo tempo que colhem dele os seus benefícios e privilégios pessoais. Eis a actividade afadigada de "rent-seeking" em todo o seu esplendor.
A acção dos grupos de interesses ofereceu-nos, para a posteridade, atrevidos inéditos e reclamos vaidosos, quanto histéricos. Bramindo quase sempre conselhos políticos enternecidos (quanto dramáticos) ao que presumem ser o "gado eleitoral", estiveram os do clube Simplex, que como se sabe têm privilégios no "bastardo" mercado keynesiano e estão matriculados na ensopada pia universitária. De modo geral, tais beatos vultos procuram apenas “maximizar o tamanho dos seus orçamentos” e lugares na administração do Estado, de onde nunca saíram. Tais criaturas tiram vantagem do seu grupo de interesses, fixam a agenda política, desviam (distorcendo) a informação, anestesiam a canalha.
A narrativa ideológica dessa gente (dos jornais aos blogs) foi, portanto, um sacerdócio laborioso, acasalado em recordações pueris, metáforas deslocadas e conceitos provincianos. Desviando (distorcendo) a informação e a agenda política, reincidiram na publicidade enganosa – a sua "Public Choice" –, martelaram ideias lunáticas (note-se a suposta questão das nacionalizações, ou do regresso ao Salazarismo), fizeram remoques ao seu próprio passado político. Foram ridículos nos artigalhos, grotescos nas postas, geniais na incoerência económica e política. Ardilosos!
[continuação]
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
DEBATES ELEITORAIS & COMENTADORES: O RANÇO
“Não sei o que é o homem. Só sei o seu preço” [Brecht]
Os debates eleitorais se fossem feitos num país civilizado e comentados por criaturas intelectualmente genuínas, e não (como é o caso indígena) por sopradores ideologicamente ridículos ou maníacos ignorantes, teriam dignidade responsável e estima acrescida. Porém, cá pela paróquia espanejam-se nos jornais e, principalmente, alapam-se nas TV’s um curioso raminho de criaturas barulhentas (uma estrebaria quase se assemelha a um lugar de êxtase) e que recitam, todos e de igual modo (lembrando a velha Mocidade Portuguesa), os intelectivos complementos dos seus triunfantes repertórios partidários.
Os factos, as argumentações e os episódios ocorridos entre os candidatos eleitorais, passam a ser para esses prodigiosos comentadores, de imediato, um lugar de desabrida arena partidária e um grave reduto de comunhão geral de ignorância e de iliteracia. Os comentadores que temos são quase sempre ignorantes e nada prudentes, pouco estudiosos e muito vaidosos, indigentes e nada sensatos. Sem nunca transportar o cidadão para a matéria e o desafio que o orador propôs, referindo o cuidado conceptual exposto e as impressões ou erros que o contraditório esgrimiu, os nossos dobrados comentadores-políticos travam de imediato a (sua) dura peleja contra o presumido adversário ideológico, como se fossem eles sábios e talentosos dirigentes partidários. Tais especiosos agitadores, que na maioria das vezes nem sabem do que estão a falar, diriam sempre idênticos superlativos, mesmo se o debate nunca tivesse existido. A cassete, essa, está sempre lá.
Veja-se, sobre o assunto, o prosaísmo dessa laudatória criatura, de nome João Vieira Pereira (Expresso, p. 8), que, qual vendedor de banha da cobra, afirma, em comentário ao debate Sócrates-Portas:"... este era porventura o mais difícil debate que Sócrates tinha pela frente, daqui em diante terá alguns passeios no parque com os restantes candidatos, inclusive com Manuel Ferreira Leite" [sic]. Escreve esta genialidade num jornal de referência. Bem-humorado e beneficente anda o rapaz, Henrique Monteiro.
Porém, o máximo exibicionismo dessa fancaria televisiva teve (ontem) lugar após o (apenas) melhor e mais esclarecedor debate, até à data, patrocinado por Louçã e Ferreira Leite. Em todas as TV’s (SIC-N, RTPN e TVI7), qual barraca de feira, divinamente surgiram um raminho de comentadores da boa escola da superstição liberal, quase sempre desleixados no belo argumento, que com respigadas tiradas garganteadas de remotos tempos económicos e com cabotina espuma labial, trataram o dr. Louçã com o desprezo e a idiotia que a D. Manuela não personificou.
O mundo dessas criaturas - com especial relevância para o ridículo João Duque, a bafienta Inês Serra Lopes, o mastigado Joaquim Aguiar ou aquele jovem decorativo que a RTPN nos deu a conhecer e que garante que os "custos salariais" das PME são mais determinantes para elas que os seus "custos financeiros" (o garrote financeiro das PME é para esse iluminado fruto, unicamente, da Lei Laboral) -, que nunca foram gestores de coisa alguma e nem a isso se candidataram, o mundo (económico e social) para tais sábios parou no tempo. Eis o ranço desses novos Velhos do Restelo!
Quando o sábio Joaquim Aguiar, em defesa do seu patrão Mello e sobre um pacífico assunto (pelo menos nos países civilizados) sobre a detenção pelo Estado de bens essenciais (referido por Louçã), regressa em assombro a 1975 (e cita até Melo Antunes), diz bem o atoleiro em que a saudosista e indigente intelectualidade nos meteu. E de que não há saída.
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
Sócrates VERSUS Portas: APEGAÇÕES SUAVES
"amabilis insania, et mentis gratissimus error"
Duas criaturas com egos do tamanho do mundo palestraram (ontem) na TVI. A extraordinária parelha, sem fadiga nem desvelo, limitou-se, numa escaveirada retórica, a papaguear as obras disparatadas das suas "autorizadas" vaidades. Gente sem crédito nem insónias, sem ideias nem talento, reincidiram em notícias & registos da obra passada, no meio de silencioso (e táctico) ruído. Sempre empavonados, assomadiços na sua verdade, nada acrescentaram à vacuidade das suas ideias. O fanatismo professo é total.
Neste debate entre o sr. Sócrates e o dr. Portas não houve lugar a novidades: o resoluto projecto pessoal de cada um está primeiro, o país (e a crise estrutural) vem pincelado depois. Afogados em patranhas, as criaturas, que nem intimamente se chocam, não são para levar a sério nas suas escolásticas intervenções.
Os argumentos de cada um são por demais conhecidos. Mas tão semelhantes são em soluções inertes, que não comovem ninguém. É uma grande imaginação supor agitadas diferenças entre Sócrates, o actual "chefe" reformador dos interesses da nova direita, e o dr. Portas, o aquartelado jovem do antigo e reacionário Portugal. O sr. Sócrates acantonou-se economicamente à probidade das corporações de interesses e ao lirismo da direita económica. Ninguém o derruba dos seus intuitos pessoais e de grupo. O embaraço de Portas (bem como da D. Manuela) e a procriação retrógrada dos herdeiros socráticos, assim o demonstra. Está lá tudo!
Da farraparia recolhida no debate de ontem fica-nos o seguinte: as contas públicas, a nossa colossal divida externa, o embuste sobre a actual situação da segurança social e o estado caótico e a qualidade da instrução pública – factura que as gerações vindouras irão pagar caro –, são para essa gente extravagâncias disparatadas no debate político. Tal repertório não é matéria de discussão, nesses inquilinos do poder.
Sabe-se apenas, humoristicamente, que Sócrates "dá o seu melhor", a fazer lembrar os escritos falados dessa faísca intelectual que dá pelo nome de Paulo Bento, e que os erros do ensino se "devem à democracia" (sic). Por seu lado, o dr. Portas – jovem plastificado à nascença – não estuda o suficiente (tal a sua amnésia de fantasia) para poder responder aos dislates inqualificáveis do adversário político (veja-se o caso da usual utilização bolsista do fundo da Segurança Social pelos vários governos e que o sábio Sócrates questionou) e até, em pitoresca afectação mental, se esqueceu da audaz glória de ter votado, em sede parlamentar, na Lei Penal, que agora dramatiza. Enfim, vulgares comediantes, em trapos vistosos.
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