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sábado, 19 de maio de 2007


Esta Semana estivemos ... assim

"o tempo é o nada em que giramos" [Durrell]

Esta semana fechamos tanto os olhos que "não conseguimos ver o chão, de tal maneira ele se encontra(va) juncado de flores". Ao longo da semana, tal como na Casa das Belas Adormecidas, de Kawabata, o jogo presumia-se perverso. De tal modo foi que não conseguimos deixar de velar esse virtuosismo da "floração", que é a festa de "provocar, de se defender, de ceder, de se voltar a encontrar, de fugir, de se juntar, de se isolar". Vaillant sabia desse embaraço. Nós tropeçamos no enigma como se a fadiga animal não fosse esse momento azado. Puro desespero. Ainda assim, no encanto da fuga deixámos cair a memória, pois "aquilo que se diz da beleza é uma armadilha". Herberto Helder a enlouquecer. Em nós, a receita estival, custou-nos a alma.

Depois, ao longo da semana, ao cair do sono e porque decerto as "grandes almas têm necessidades de alimentos", a sonoridade encantada foi deslizando com


Ainda há semanas assim! O tempo que o diga, se puder.