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quarta-feira, 25 de novembro de 2009
NIHIL OBSTAT
Aos intelectuais do regime: "Não nos dêem conselhos, sabemos bem fazer asneiras sózinhos!" [lema ou epígrafe da velha Casa da Nau, Coimbra de muita memória]
imprimatur
Santas noutes
quinta-feira, 30 de abril de 2009
GRUPO CESARINY
"Em cima, da esquerda para a direita: Lima de Freitas, Mário Henrique Leiria, Eunice Muñoz, Fernando Alves dos Santos e Mário Cesariny de Vasconcelos. No plano inferior, da esquerda para a direita: Arthur do Cruzeiro Seixas, António Barahona e Diogo Caldeira"
Foto (1978) retirada, com a devida vénia, do espaço estimado de Alberto Castro Ferreira [Skocky ou outro mais "quando se acende a luz"].
sexta-feira, 20 de abril de 2007
Tem dor e tem puta - Mário Cesariny, ed. Biblarte, 2000
O Leilão anunciado por nós aqui e que pode ser consultado on line, apresenta cada vez mais fotos e imagens das peças que vão estar à venda. E algumas são de excelente qualidade, como aquela que, acima, atiramos sobre as vossas cabeças. Mário Cesariny ao V. dispor.
O Leilão terá lugar dia 12 de Maio, às 16 horas, no Centro Cultural de Belém, sala Vieira da Silva. Tome nota. A não perder.
sábado, 9 de dezembro de 2006
ESPECIAL MÁRIO CESARINY
Mil Folhas - Especial Mário Cesariny
"Enquanto a classe merda passeava os cães
e votava por Kim Il-Sócrates
deu o tranglomanglo no poeta
e ele morreu foi desta
para melhor" [Mário Santos]
"Há coisas a fazer, tarefas misteriosas a cumprir, o vento ameaça partir sem um beijo na boca." [Cesariny)
["Hão-de os doutores, em seus saberes, engavetá-lo: não sei quê surrealista (estou a ouvi-lo: 'só à lista'). E pintor, upa pioneiro, do 'informalismo abstracto'. Lupas a cagar caganitas. Palavrões de alto raciocínio e pouca luz. 'Não está morto, está é mal enterrado'. Puna-se de novo, agora com ditirambos, que muitos ilustram quem os profere. Cheira mal, cheira a Lisboa" - Vítor Silva Tavares]
[livrado do passadiço Mil Folhas - 8/12/2006 - e aqui lançado para as vistas de todos vós, ó bem trajados de letras de papel]
domingo, 26 de novembro de 2006
IN MEMORIAM DE MÁRIO CESARINY DE VASCONCELOS
"Ama como a estrada começa ..."
"E agora o poeta começou por rir
rir de vós ó manutensores
da afanosa ordem capitalista"
"Assim como a poesia não é um par de sapatos, assim Fernando Pessoa não é para todos os dias. Não consta, porém, que Pessoa haja querido monopolizar os dias ..."
"os gatos são os únicos burgueses / com quem ainda é possível pactuar"
"Dois picapaus querelam, muito entusiasmados
que a dita dura dura que não dura
a dita dura dura ... dura desdita!"
"o bem: os dignos professores do estado
o mal: os professores dignos do estado
resolução da antinomia: o professorado"
[Rebelião] "duas delegações de cidadãos no total de dez membros descerão de dois táxis palinha para atravessar o rossio de nudez"
"Essa tua Titânia é uma fraude, rapaz (...) Pois tu não dizes é alta, baixa, loura, morena, encarnada, branca. E as mamas, rapaz - secção fundamental - não te enlevam as mamas?"
Mário Cesariny - Pastelaria Castpost
IN MEMORIAM DE MÁRIO CESARINY DE VASCONCELOS [1923-2006]
"Gostava de ter daquelas mortes boas, em que uma pessoa se deita para dormir e nunca mais acorda (...) a morte a trabalhar, é que é chato" [MC.V., in Autografia, Atalanta Filmes]
"A manhã está tão triste
que os poetas românticos de Lisboa
morreram todos com certeza ..."
"Em todas as ruas te encontro / em todas as ruas te perco ..."
"é preciso correr é preciso ligar é preciso sorrir é preciso suor
é preciso ser livre é preciso ser fácil é preciso a roda o fogo de artifício
é preciso o demónio ainda corpolento
é preciso a rosa sob o cavalinho
é preciso o revolver de um só tiro na boca
é preciso o amor de repente de graça"
"Amor / amor humano / amor que nos devolve tudo o que perdêssemos / amor da grande solidão povoada de pequenas figuras cintilantes"
Mário Cesariny - Queria de ti um país Castpost
quinta-feira, 13 de novembro de 2003
AUTORIDADE E LIBERDADE
..........
Liberdade
A liberdade conhece-se pelo seu fulgor.
Quatro homens livres não são mais liberdade do que um só. Mas são mais revérbero no mesmo fulgor.
Trocar a liberdade em liberdades é a moeda corrente do libertino.
..........
Ser-se livre é possuir-se a capacidade de lutar contra o que nos oprime. Quanto mais perseguido mais perigoso. Quanto mais livre mais capaz.
Do cadáver dum homem que morre livre pode sair acentuado mau cheiro – nunca sairá um escravo.
Autoridade e liberdade são uma e a mesma coisa.
[Mário Cesariny de Vasconcelos]
terça-feira, 14 de outubro de 2003
[PRECISAMOS DE TI, COHN-BENDIT]
" Porque somos alimentados e dessedentados pela mão todo-poderosa do Estado e fazemos exactamente aquilo que nos mandam.
- Dizem-nos que o governo sabe o que melhor nos convém; as grandes corporações sabem o que melhor nos convém; a BBC, a TV e a Imprensa sabem o que nos convém ouvir; as agências de publicidade sabem aquilo que devemos comprar; os professores sabem aquilo que nos convém aprender; a lei e a ordem são boas para nós porque excluem todo aquele que nos disser que talvez nós próprios saibamos aquilo que nos convém.
- Em retribuição de sermos tão bem tratados, pagamos impostos ao governo para este comprar aviões ruidosos com que os homens de certos organismos nos ensurdecem; pagamos para a BBC, TV e a Imprensa, e concedemos a nossa confiança; pagamos aos publicitários mas estes não precisam da nossa confiança porque não há outra coisa a comprar senão os seus produtos; pagamos para os nossos professores fingindo que eles são todos profundos e sábios; pagamos para a lei e a ordem com dinheiro e obediência, e concordamos em chamar-te «irresponsável». (...)
- Pensamos que devemos as nossas vidas à sociedade e esquecemo-nos de que somos sociedade.
- Tornamo-nos esquecidos com o bem-estar; cegos com o orgulho paroquial; infantis com a obediência; petulantes com a desobediência; ansiosos por uma pensão; ensinados a ser ignorantes. Não gostamos de factos (...)
- Não acreditamos na nossa imprensa mas compramo-la.
- Queremos o que tu queres, mas apoiamos o outro lado.
- Chamamos à violência policial e à violência do Estado ... «violência estudantil», e desculpamo-nos com ela.
- Nós estamos muito, muito assustados".
[Grupo Surrealista em Inglaterra: Ian Breakwell, Alan Burns, Rupert Cracknell, Sophie Kemp, John Lyle, Conroy Maddox, George melly, Peter Rider, John Rudlin, Kem Smith – Maio de 1968, in Textos de Afirmação e de Combate do Movimento Surrealista Mundial, Mário Cesariny, P&R, 1977]
quarta-feira, 8 de outubro de 2003
POEMA DE MÁRIO CESARINY DE VASCONCELOS
Poema do Encontro de Joachim de Flora com Emmanuel Swedenborg; e de Ambos com William Blake; e de Blake com Dante Gabriel Rossetti.
I am eu sou the immaculate a
Imaculada conception concepção.
The Virgin A Virgen of Lourdes
de Lourdes
I am eu sou the first a primeira and the last e a última
I am eu sou the honored one a venerada and the scor-
ned oane e a execrada
I am eu sou the whore a puta and the holy oane e a
santa
I am eu sou the wife a esposa and the virgin e a virgem
I am eu sou the mother a mãe and the daugther e a filha
I am eu sou the members o clã of my mother da minha mãe
I am eu sou the barren oane a estéril and many e
muitos are hers sons são os seus filhos
I am eu sou she whose wedding aquela cuja núpcia
is great é grande and I have not taken e não a-
ceitou a husband marido
I am eu sou the bride a noiva and e the bridegroom
o noivo
and it is my husband e é meu marido who begot
me quem me gerou
I am eu sou the the mother a mãe of my father
de meu pai and the sister e a irmã of my
husband de meu marido and he is e ele é
my offspning a minha descendência
A Deusa Ishtar
(mais tarde Ísis). Suméria
the Godess Ish-
tar, (later Isis), Sumeria
[Mário Cesariny de Vasconcelos, 89, in Via Latina]
quinta-feira, 21 de agosto de 2003
POESIA EXPERIMENTAL - NOTA FINAL
"É preciso dizer rosa em vez de dizer ideia
é preciso dizer azul em vez de dizer pantera
é preciso dizer febre em vez de dizer inocência
é preciso dizer mundo em vez de dizer homem ..."
[Mário Cesariny]
"Toda a palavra começou por ser experimental. Toda a crítica começou por ser experimental. Toda a arte começou por ser experimental. Deveremos admirar-nos se agora nos vêm propor uma "poesia experimetal" - nós que, aliás, vivemos num tempo que se quer, como nenhum outro se quis, de purificações, de redescobertas, de restituições, de progresso, de aventura?" [Arnaldo Saraiva]
"Um poema concreto é para ver mais que para ler, no sentido convencional do verbo ler" [Melo e Castro]
" (...) vivemos numa época de investigação. E não é só isso: os resultados dessa investigação são objectivados pela experiência. É, pois, também uma época experimentalista. Ora a poesia tem de reflectir essa mentalidade, tem de ser experimental, entrar mais pelos sentidos que pelo sentimento. É precisamente esse o fim desta poesia. Preocupa-se do poema como objecto (...) Todo o processo poético tem de ser submetido a um despojamento de tudo o que é acessório. Assim a poesia experimental ergue-se contra a poesia convencional (...) O poeta convencional só se apercebe do espaço que o rodeia. O poeta experimental ocupa o espaço com a sua poesia, sendo muitas vezes o próprio poema quem faz a definição do próprio espaço que ocupa (...)" [Maria J. Mota Fonseca]
[Anotação] Cronologia pós período 1962/1969:
1973 - Antologia da Poesia Concreta em Portugal, Assírio & Alvim (14 autores + entrevista a Haroldo Campos, com prefácio de Melo e Castro e José Alberto Marques) // Exposição de Poesia Concreta Internacional, organizada pelo Goethe Institut, com uma secção portuguesa
1977 - Alternativa Zero (trabalhos de Ana Hatherly, Melo e Castro e Salette Tavares] // Anima – espectáculo-acção de textos visuais na SPA // Representação da Poesia Experimental (sob direcção de MC) na XIV Bienal de São Paulo
1978 - Ana Hatherly participa no 'Graz Meeting of Artists and Art Critics' // Série de programas sobre arte de vanguarda na RTP (19 programas) com realização de Ana Hatherly
1980 - Exposição Colectiva de Poesia Experimental na Galeria Nacional de Arte Moderna // Presença na Bienal de Veneza
"O meu trabalho começa com a escrita – sou um escritor que deriva para as artes visuais através da experimentação com a palavra. A Poesia Concreta foi um estádio necessário (...)" [Ana Hatherly]
"O utente do poema que se aperceba das informações de que for capaz. Por isso e para isso aqui se experimentam os objectos e as pessoas em actos vulgares muito simples deliberadamente fora do seu contexto organizado, quotidiano - redescobrindo o caos com as vossas mãos - experimentando" [Melo e Castro]
[in, PO-EX textos teóricos e documentos da poesia experimental portuguesa, Ana Hatherly & E. M. de Melo e Castro, Moraes, 1981]
quarta-feira, 20 de agosto de 2003
AINDA ... SOBRE A POESIA EXPERIMENTAL
"Experimentais somos todos nós
ou ainda menos" [Mário Cesariny]
Alguma cronologia que marca a poesia experimental em Portugal : [in, PO-EX textos teóricos e documentais da poesia experimental portuguesa, Edições Moraes, 1981]
1962 – Ideogramas (E.M. de Melo e Castro - MC) // Objecto Poemático de Efeito Progressivo (idem)
1963 – Poema Primeiro (António Aragão) // Poligonia do Soneto (M.C.) // Plano de uma publicação de Poesia Experimental Colectiva, de Aragão e Herberto Helder
1964 – Electronicolírica (Herberto Helder) // Poesia Experimental 1 (colaboração de H.H., Aragão, António Ramos Rosa, MC, Salette Tavares, António Barahona da Fonseca)
1965 – Exposição VISOPOEMAS, em Lisboa (com Aragão, MC, ST, HH, ABF) e publicação das intervenções no Jornal do Fundão.
1966 – Exposição de Poemas Cinéticos (MC), na Galeria 111, Lisboa
1967 – Conferência Objecto (Galeria Quadrante, Lisboa), com a introdução de José Augusto França e participação de Ana Hatherly, MC, José Alberto Marques e Jorge Peixinho
1969 – Publicação de Hidra 2, na Galeria Quadrante
"(...) Em principio, não existe nenhum trabalho criativo que não seja experimental, nesse sentido de que ele supõe vigilância sobre o desgaste dos meios que utiliza e que procura constantemente recarregar de capacidade de exercício. A linguagem encontra-se sempre ameaçada pelos perigos de inadequação e invalidez. É algo que, no seu uso, se gasta e refaz, se perde e ajusta, se organiza, desorganiza e reorganiza – se experimenta. Como diria um poeta, essa é a própria lição das coisas (...)" [Herberto Helder]
" (...) Verlaine inventa novas ordenações em favor da musicalidade, ou seja,
destrói as ordenações existentes em proveito da música do poema.
Rimbaud modifica formas e sintaxes
Mallarmé, Paul Válery, Reverdy e muitos outros, estabelecendo novas
relações estruturais, intensificaram a palavra poética.
o surrealismo através da destruição e do automatismo desordenou
as palavras e o seu discurso (...) [António Aragão]
"a poesia começa onde o ar acaba. é qualquer coisa para depois da própria respiração. como o respirar é muito uma maneira nossa e (pre)vista da condição humana a que somos condenados, a poesia surge a partir desta condenação. mais justo ainda, a partir de toda a condenação. deste modo, só nos resta a queda no irremediável: a vertigem sem apelo, o jogo sem olhos, a ausência impecável de nós. (...) [António Aragão]
" (...) A mesa está pronta. Esta é a grande messe. Cada qual pode servir-se à vontade; intervir é possuir. As coisas que um faz pertencem a todos. Todos se comprometem nelas, usando-as e intervindo, tornando-as suas, indefinidamente (...) [António Aragão]
" (...) O poeta constrói os seus Poemas de materiais, tendo como fulcro as palavras. É pois necessário que sons e imagens (os materiais) se impliquem mutuamente, e se encontrem correlativamente nas palavras em que se articulam. Por seu turno as palavras surgem por imposição múltipla do jogo sonoro e rítmico e do fluxo imaginístico que o Poeta desperta e conduz dentro de si (...) [E. M. de Melo e Castro]
" O que pode ser mostrado não pode ser dito". [Wittgenstein]
[a continuar]
ou ainda menos" [Mário Cesariny]
Alguma cronologia que marca a poesia experimental em Portugal : [in, PO-EX textos teóricos e documentais da poesia experimental portuguesa, Edições Moraes, 1981]
1962 – Ideogramas (E.M. de Melo e Castro - MC) // Objecto Poemático de Efeito Progressivo (idem)
1963 – Poema Primeiro (António Aragão) // Poligonia do Soneto (M.C.) // Plano de uma publicação de Poesia Experimental Colectiva, de Aragão e Herberto Helder
1964 – Electronicolírica (Herberto Helder) // Poesia Experimental 1 (colaboração de H.H., Aragão, António Ramos Rosa, MC, Salette Tavares, António Barahona da Fonseca)
1965 – Exposição VISOPOEMAS, em Lisboa (com Aragão, MC, ST, HH, ABF) e publicação das intervenções no Jornal do Fundão.
1966 – Exposição de Poemas Cinéticos (MC), na Galeria 111, Lisboa
1967 – Conferência Objecto (Galeria Quadrante, Lisboa), com a introdução de José Augusto França e participação de Ana Hatherly, MC, José Alberto Marques e Jorge Peixinho
1969 – Publicação de Hidra 2, na Galeria Quadrante
"(...) Em principio, não existe nenhum trabalho criativo que não seja experimental, nesse sentido de que ele supõe vigilância sobre o desgaste dos meios que utiliza e que procura constantemente recarregar de capacidade de exercício. A linguagem encontra-se sempre ameaçada pelos perigos de inadequação e invalidez. É algo que, no seu uso, se gasta e refaz, se perde e ajusta, se organiza, desorganiza e reorganiza – se experimenta. Como diria um poeta, essa é a própria lição das coisas (...)" [Herberto Helder]
" (...) Verlaine inventa novas ordenações em favor da musicalidade, ou seja,
destrói as ordenações existentes em proveito da música do poema.
Rimbaud modifica formas e sintaxes
Mallarmé, Paul Válery, Reverdy e muitos outros, estabelecendo novas
relações estruturais, intensificaram a palavra poética.
o surrealismo através da destruição e do automatismo desordenou
as palavras e o seu discurso (...) [António Aragão]
"a poesia começa onde o ar acaba. é qualquer coisa para depois da própria respiração. como o respirar é muito uma maneira nossa e (pre)vista da condição humana a que somos condenados, a poesia surge a partir desta condenação. mais justo ainda, a partir de toda a condenação. deste modo, só nos resta a queda no irremediável: a vertigem sem apelo, o jogo sem olhos, a ausência impecável de nós. (...) [António Aragão]
" (...) A mesa está pronta. Esta é a grande messe. Cada qual pode servir-se à vontade; intervir é possuir. As coisas que um faz pertencem a todos. Todos se comprometem nelas, usando-as e intervindo, tornando-as suas, indefinidamente (...) [António Aragão]
" (...) O poeta constrói os seus Poemas de materiais, tendo como fulcro as palavras. É pois necessário que sons e imagens (os materiais) se impliquem mutuamente, e se encontrem correlativamente nas palavras em que se articulam. Por seu turno as palavras surgem por imposição múltipla do jogo sonoro e rítmico e do fluxo imaginístico que o Poeta desperta e conduz dentro de si (...) [E. M. de Melo e Castro]
" O que pode ser mostrado não pode ser dito". [Wittgenstein]
[a continuar]
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