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domingo, 27 de março de 2005


[Epítome]

"Reino do Mar, abrange todo o Oceano desvendado pelo Argonauta, por aquele que, ardendo em Fé, deixou certa vez o porto de Portugal em busca do sagrado vaso do Amor do imortal João - o Prestes.
Ilha Encoberta, diluída sobre todo o espaço da Terra, é a Pátria do Ar - o Terceiro grau do Ar -, a Essência Quinta, mergulhada em sonhos isentos de manchas, sombras e terras, o centro autêntico da Inteligência da Redenção universal, o núcleo do Coração generoso do Homem sem limite nem lugar.
Como trono do Cordeiro - o Príncipe do Encoberto -, é o Paraíso do Mundo.
Ora os Lusitanos, os homens dos portos, os descobridores do Mar vivo e da Ilha Encoberta - a Pátria da Essência Quinta -, como todos os discípulos da última Pessoa da Trindade, chamam-se ATLANTES".

[Vasco da Gama Rodrigues, in Os Atlantes, Lisboa, 1961]

"Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe
...
Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava ..."

[Alberto Caeiro (aliás Fernando Pessoa, O Guardador de Rebanhos]

quarta-feira, 11 de junho de 2003

PORTUGAL (A NAÇÃO)


«Portugal a cabeça, cuja fronte patenteia três sentidos - o que respira, o que concede a palavra e o da visão -, é o Consciente de Europa.
Encarnação de Marte - o Mestre da Força, da Acção e da Luta -, é o estratego excelente, o criador das Quinas, dos Escudos ou Heróis, o construtor eminente dos Castelos - a sua invencível Fortaleza - e o realizador, por mérito próprio, do seu nobre, glorioso e ariano Solar.

Representando o princípio masculino, a força centrífuga, o movimento de translação, é o génio do Amor, da Aventura e da Saudade, o protector dos Argonautas, o Siva da Fé, aquele que, debruçado na sua Ponte-Cais, olhando fixo o cristalino do Mar, avista ali, diante de si, num só ponto, os quatro pontos cardeias, a par da vitória daqueles Argonautas contra todos os Titãs e contra o próprio Mestre da Morte e dos Infernos, e, por fim, como prémio, o mundo-terra a seus pés.

Portanto, os Portugueses - os homens dos portos - vencedores do Mar Tenebroso e descobridores dos quatro caminhos do Mundo, foram os construtores, os instituidores, os fundadores do Império.»

Os Atlantes, Vasco da Gama Rodrigues, 1961