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quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
PRENDAS DE NATAL
V. Excia deseja um presente evocativo, que trespasse de pavor e frémito o seu amigo(a) ou familiar, sem pieguices e absolutamente expressivo de virtudes humanas? Pois, V. Excia, tem à sua disposição uma oferta única e desenganada: uma TV admirável de modernidade. Na compra leva inteiramente grátis o génio (e as faces) do ilustre bando dos quatro. Numa loja perto de si. Stock limitado.
PS: não dispensa o prazer da leitura do prospecto, com assinatura Luís Amado.
sábado, 18 de novembro de 2006
HOMENAGEM A DONALD H. RUMSFELD
"O sol levanta
nas pequena árvores
vasto hélio de Outono
depois da noite passada -
Três homens estendem-se ébrios
na mata de vide
na pequena lixeira
acabaram o whiskey
...
O universo é tão alto
no ar que só precisamos de nos erguer
frios e andarmos pela lixeira
de madrugada para estar no Céu"
[Allen Ginsberg, in Alvejado a tiro nas costas por uma folha caída. Cliché do Inimigo Público, edição Pùblico]
quinta-feira, 13 de novembro de 2003
GNR, O IRAQUE, JOSÉ MANUEL FERNANDES & CIA
1. Alapados na secretária, copulando nas teclas, os [José Manuel] Fernandes & Cia estão num caminho coerente: nunca levantam as nádegas para a acção. Ainda não nos esquecemos do que expressavam sobre a guerra colonial. Estamos avisados.
2. Mesmo quando dizem: "on ne fait pas des omelletes sans casser des œufs", não nos assustamos, pois sabemos que é dito por manequins reformadores, embora lhes compremos os jornais, pois gostamos do cheiro da tinta tanto como os Fernandes & Cia suspiram pelo roncar das armas.
3. É falso que o problema do Iraque seja "nosso". Ainda não recebemos a primeira tranche em petróleo. Suspirar pela pátria é insultar a totalidade dos seus cidadãos, pois nunca vimos o "motor que produz a luz". Podem anotar.
4. Sabemos que a nossa GNR é fantástica e por isso lhes enviamos felicidades, mas estamos muito assustados. E, por isso, "nem um só grito sairá dos nossos lábios". Continuamos muito assustados.
5. Finalmente, dizemos, que o único responsável pelo que de bom ou mau acontecer aos agentes da GNR, tem um nome: José Manuel Durão Barroso. Não temos metafísica de míope.
quinta-feira, 21 de agosto de 2003
IRAQUE & OUTROS
A partir de um texto inicial - onde julgo, perdeu por completo a fina auto-disciplina intelectual que o caracteriza - perfeitamente "assassino" a propósito do acto vil, cobarde e hediondo lançado em Bagdad por terroristas, FJV lança palavras como metralha, para todo o lado, sem que se entenda o que quer dizer. Sabe-se o que lhe vai na alma, não fosse “o tempo um robusto deus castanho, taciturno, selvagem e intratável” (Eliot). E estes tempos assim são. Desconhece-se, porém, em que é que se baseia para indagar a outros a "verdade" das coisas, questionar o ensandecimento generalizado que a todos acomete, ou, mesmo, o que pretende afirmar quando se refere aos "idiotas úteis em todas as circunstâncias". De facto, a questão da cobarde invasão do Iraque, à revelia da condição humana e da sua inteligência, porque apregoada através de mentiras mil vezes repetidas, foi o golpe de misericórdia na luta legal e democrática contra o terrorismo, conduzindo a registos conflituosos. Aqui está um deles. Nunca tamanha e brutal submissão aos interesses de uma súcia de criminosos de um país com interesses geopolíticos e económicos evidentes, foi defendida em nome da santa liberdade. Alguns vêm nas críticas à "fascista" (Paul Auster) administração dos EUA, a nostalgia do vivido anti americano. O "bricoleur" (Lévi-Strauss) que tem essa estranha monomania é mais para a rapaziada liberal de extrema-direita, que para pessoas decentes, civilizadas e lúcidas. Quem se der ao trabalho de ler todas as argumentações a favor ou contra a invasão e colonização do Iraque, encontrará rapidamente respostas. Muitas e copiosas. Mas basta uma só, a saber: a ideia que a liberdade de um é a liberdade de todos. E não é isso que se trata no Iraque, perante a nossa vergonha.
Por outro lado, não está claro em que consiste essa "armadilha interpretativa" de que fala JPP. E, parece, que em questões de teor interpretativo, nomeadamente no que se refere à questão iraquiana, quem tem de explicar muita coisa (aos seus leitores, claramente) é o próprio JPP. Algumas nuances avançou no seu blog, mas foi curta a colheita para ser estimulante, face à trepidação dos factos recentes. Fica-se, assim, na espera da configuração dessas "qualidades" como a "firmeza" e a "persistência", chave que preconiza para "resistir" no Iraque. E já agora, é conveniente, à cause de ambiguidades possíveis, dar a interpretação do que entende por "resistir" a quê, a quem e como? Como diria EPC, de facto, "nenhuma leitura é inocente", e algumas, diremos nós, bem perigosas. Aguardemos.
Por outro lado, não está claro em que consiste essa "armadilha interpretativa" de que fala JPP. E, parece, que em questões de teor interpretativo, nomeadamente no que se refere à questão iraquiana, quem tem de explicar muita coisa (aos seus leitores, claramente) é o próprio JPP. Algumas nuances avançou no seu blog, mas foi curta a colheita para ser estimulante, face à trepidação dos factos recentes. Fica-se, assim, na espera da configuração dessas "qualidades" como a "firmeza" e a "persistência", chave que preconiza para "resistir" no Iraque. E já agora, é conveniente, à cause de ambiguidades possíveis, dar a interpretação do que entende por "resistir" a quê, a quem e como? Como diria EPC, de facto, "nenhuma leitura é inocente", e algumas, diremos nós, bem perigosas. Aguardemos.
terça-feira, 19 de agosto de 2003
HORROR EM BAGDADE
O atentado terrorista que atingiu a sede das Nações Unidas no Iraque, é um acto bárbaro sem qualquer justificação e merece a mais viva repulsa. Sérgio Vieira de Mello e os seus companheiros têm toda a solidariedade de qualquer cidadão do mundo. O cobarde acto terrorista que atingiu a delegação das Nações Unidas, num país em perfeito desespero pela miopia política e a revanche criminosa da actual administração americana depois do 11 de Setembro, demonstra que o terrorismo não se combate meramente com estratégias militares e de ocupação, à revelia dos direitos humanos e da cidadania mundial. Ocupar um país nunca foi um política seria e honesta e só a estratégia belicista e imperial Bushiana não quer ver tal. Como bem disse Rohan Gunaratna ao Publico do dia 17 de Agosto último, "a luta contra o terrorismo tem de ser multidimensional, travada por múltiplas agencias e múltiplos países", sendo necessário "usar meios políticos, ideológicos, económicos, sociais e meios de informação" para esse combate. Dentro do respeito pelas diferenças de cultura, pela defesa da participação democrática e na mais estrita obediência aos princípios do humanismo e do direito internacional, afinal tudo aquilo que os EUA e a clique dos seus amigos não fazem nem pretendem seguir.
terça-feira, 24 de junho de 2003
COWBOYADAS AMERICANAS
Com muitos filmes visionados e total impunidade face aos crimes praticados, a soldadesca americana lá vai mostrando o que vale. Duas situações esclarecedoras: a primeira foi o ataque selvagem (já se perdeu a conta a estes actos criminosos, totalmente branqueados pelos nossos liberais lusitanos) a uma coluna (civil ou militar não se sabe) perto da fronteira com a Síria, com a explicação que lá se encontrava Saddam. Por ora, os criminosos americanos ficam pacientemente à espera dos resultados do DNA, para confirmar se era ou não o ditador Saddam que mataram, que nada os perturba. Até à próxima chacina.
A segunda é a extraordinária notícia da última página do Público, sobre a ocupação da piscina olímpica da cidade de Bagdad pelos soldados americanos que dela fazem veraneio, não permitindo que os atletas iraquianos possam utilizá-la, a não ser duas horitas por dia. Querem treinar - pensou o amigo americano - então que vão para as águas do rio Tigre, que por cá o calor é tanto que só apetece estar ... à beira da piscina. E assim continua a implantação da democracia no Iraque.
A segunda é a extraordinária notícia da última página do Público, sobre a ocupação da piscina olímpica da cidade de Bagdad pelos soldados americanos que dela fazem veraneio, não permitindo que os atletas iraquianos possam utilizá-la, a não ser duas horitas por dia. Querem treinar - pensou o amigo americano - então que vão para as águas do rio Tigre, que por cá o calor é tanto que só apetece estar ... à beira da piscina. E assim continua a implantação da democracia no Iraque.
sábado, 21 de junho de 2003
IRAQUE SEM FIM À VISTA
Continua a confusão no Iraque sem se saber bem o que se passa e como sair do pântano que os americanos e seus amigos criaram. Todos os dias as informações são preocupantes e já se assiste a um cansaço e frustração enorme entre as tropas americanas, que não sabem o que estão a fazer naquele país. Diz um sargento ao Wasghinton Post
«“What are we getting into here?" asked a sergeant with the U.S. Army's 4th Infantry Division who is stationed near Baqubah, a city 30 miles northeast of Baghdad. "The war is supposed to be over, but every day we hear of another soldier getting killed. Is it worth it? Saddam isn't in power anymore. The locals want us to leave. Why are we still here?”»
Questão: que irá fazer a GNR portuguesa para o Iraque? Que actuação se pretende que tenha? Quem comanda e como? Que meios dispõe para o efeito? Missão humanitária (quem disse), será?
«“What are we getting into here?" asked a sergeant with the U.S. Army's 4th Infantry Division who is stationed near Baqubah, a city 30 miles northeast of Baghdad. "The war is supposed to be over, but every day we hear of another soldier getting killed. Is it worth it? Saddam isn't in power anymore. The locals want us to leave. Why are we still here?”»
Questão: que irá fazer a GNR portuguesa para o Iraque? Que actuação se pretende que tenha? Quem comanda e como? Que meios dispõe para o efeito? Missão humanitária (quem disse), será?
quinta-feira, 19 de junho de 2003
O GENIAL ARQUITECTO SARAIVA
As musas apaixonaram-se pelo director d’O Expresso. Não temos dúvidas. É que só um génio admirável, editorialista emérito ou escritor polido, como é o senhor arquitecto, pode estampar prosa assim, num jornal:
«Muita coisa mudou, de facto, com a guerra no Iraque. E ou me engano muito ou a alteração dos equilíbrios no Médio Oriente, na Europa, na relação com os EUA e na percepção de algumas personalidades mundiais vai ter no futuro próximo enormes consequências».
Pois, não está enganado caro director. O seu discernimento da cena política mundial – para não dar loas ao cabedal de conhecimentos caseiros que mestre Saraiva todos os sábados nos atira sobre as nossas cabeças – parece acertado. Juro, pois que me foi ensinado, docemente, pela filha da minha lavadeira. Nessas sessões expositivas, ela nunca me mentiu. Podem crer.
sexta-feira, 6 de junho de 2003
JOSÉ PACHECO PEREIRA - O CORRECTOR OFICIAL
Como sempre faço, lá passei pelo Abrupto, e fiquei siderado. Não era para menos. O nosso amigo americano JPP ficou ofendido intelectualmente com o texto publicado no Público sobre as pretensas afirmações desse guru Wolfowitz, arauto do novo império ou do novo Sol da Terra que JPP agora reclama com paixão, depois de sucessivamente ter suspirado pela URSS, pela China e Albânia.
O nosso corrector de serviço - sózinho desta vez, pois o doutor Vasco Graça Moura estava allhures a poetar - diz no seu blog aos jovens messiânicos da direita liberal (e só a esses suponho), todos deliciosamente ingénuos, mas que o vigor do génio de Pachecal afastará do pecado do espanto, o seguinte:
«De novo , continuam as falsificações deliberadas de declarações e entrevistas de dirigentes americanos na lista negra dos anti-americanos europeus (...)». Repare-se neste continum de falsificações levadas a cabo por esses malandros anti-americanos, que JPP tanto gosta de citar. Tenha-se em conta o que o JPP diz no texto, o modo como o configura inicialmente e, principalmente, o recurso às fontes de sustentação. Nada nos é dito de onde o genial JPP, desencantou as afirmações sobre as afirmações do tal Wolfowitz. E foi pena, porque não acredito que JPP, tenha deliberadamente ocultado a fonte da 'verdadeira' notícia. E bem tentámos,fazendo as buscas nos pesquisadores habituais. Eis o que nos deu, sem quaisquer outros considerandos, que a vergonha começa a invadir a face a muitos.
Aqui está a afirmação contextualizada da afirmação produzida por Wolfowitz. Trata-se do site oficial do 'US Department of Defense'. Deve chegar, ou não?
(...) Q: What I meant is that essentially North Korea is being taken more seriously because it has become a nuclear power by its own admission, whether or not that’s true, and that the lesson that people will have is that in the case of Iraq it became imperative to confront Iraq militarily because it had banned weapons systems and posed a danger to the region. In the case of North Korea, which has nuclear weapons as well as other banned weapons of mass destruction, apparently it is imperative not to confront, to persuade and to essentially maintain a regime that is just as appalling as the Iraqi regime in place, for the sake of the stability of the region. To other countries of the world this is a very mixed message to be sending out.
Wolfowitz: The concern about implosion is not primarily at all a matter of the weapons that North Korea has, but a fear particularly by South Korea and also to some extent China of what the larger implications are for them of having 20 million people on their borders in a state of potential collapse and anarchy. It’s is also a question of whether, if one wants to persuade the regime to change, whether you have to find -- and I think you do -- some kind of outcome that is acceptable to them. But that outcome has to be acceptable to us, and it has to include meeting our non-proliferation goals.
Look, the primarily difference -- to put it a little too simply -- between North Korea and Iraq is that we had virtually no economic options with Iraq because the country floats on a sea of oil. In the case of North Korea, the country is teetering on the edge of economic collapse and that I believe is a major point of leverage whereas the military picture with North Korea is very different from that with Iraq. The problems in both cases have some similarities but the solutions have got to be tailored to the circumstances which are very different. (...)
O nosso corrector de serviço - sózinho desta vez, pois o doutor Vasco Graça Moura estava allhures a poetar - diz no seu blog aos jovens messiânicos da direita liberal (e só a esses suponho), todos deliciosamente ingénuos, mas que o vigor do génio de Pachecal afastará do pecado do espanto, o seguinte:
«De novo , continuam as falsificações deliberadas de declarações e entrevistas de dirigentes americanos na lista negra dos anti-americanos europeus (...)». Repare-se neste continum de falsificações levadas a cabo por esses malandros anti-americanos, que JPP tanto gosta de citar. Tenha-se em conta o que o JPP diz no texto, o modo como o configura inicialmente e, principalmente, o recurso às fontes de sustentação. Nada nos é dito de onde o genial JPP, desencantou as afirmações sobre as afirmações do tal Wolfowitz. E foi pena, porque não acredito que JPP, tenha deliberadamente ocultado a fonte da 'verdadeira' notícia. E bem tentámos,fazendo as buscas nos pesquisadores habituais. Eis o que nos deu, sem quaisquer outros considerandos, que a vergonha começa a invadir a face a muitos.
Aqui está a afirmação contextualizada da afirmação produzida por Wolfowitz. Trata-se do site oficial do 'US Department of Defense'. Deve chegar, ou não?
(...) Q: What I meant is that essentially North Korea is being taken more seriously because it has become a nuclear power by its own admission, whether or not that’s true, and that the lesson that people will have is that in the case of Iraq it became imperative to confront Iraq militarily because it had banned weapons systems and posed a danger to the region. In the case of North Korea, which has nuclear weapons as well as other banned weapons of mass destruction, apparently it is imperative not to confront, to persuade and to essentially maintain a regime that is just as appalling as the Iraqi regime in place, for the sake of the stability of the region. To other countries of the world this is a very mixed message to be sending out.
Wolfowitz: The concern about implosion is not primarily at all a matter of the weapons that North Korea has, but a fear particularly by South Korea and also to some extent China of what the larger implications are for them of having 20 million people on their borders in a state of potential collapse and anarchy. It’s is also a question of whether, if one wants to persuade the regime to change, whether you have to find -- and I think you do -- some kind of outcome that is acceptable to them. But that outcome has to be acceptable to us, and it has to include meeting our non-proliferation goals.
Look, the primarily difference -- to put it a little too simply -- between North Korea and Iraq is that we had virtually no economic options with Iraq because the country floats on a sea of oil. In the case of North Korea, the country is teetering on the edge of economic collapse and that I believe is a major point of leverage whereas the military picture with North Korea is very different from that with Iraq. The problems in both cases have some similarities but the solutions have got to be tailored to the circumstances which are very different. (...)
sábado, 31 de maio de 2003
IRAQUE E JOSÉ MANUEL FERNANDES
Dizia sabiamente Oscar Wilde, que «quando os críticos divergem, o artista está de acordo consigo mesmo». Nada de mais lúcido, pensou logo o direcktor José Manuel Fernandes (JMF), d' O Público.
Os críticos do magistral embuste do uso e porte de armas químicas pelo Iraque, desde o The Guardian ao Le Monde, ou o New York Times e mesmo (pasme-se) o cavernoso National Review, andam espantados com as afirmações dessa luminária Rumsfeld, Donald para os amigos neo liberais, e principalmente sobre as últimas afirmações do guru Paul Wolfowitz, que afirma: «Por razões burocráticas centrámo-nos numa questão, as armas de destruição maciça, porque era o único motivo sobre o qual todo o mundo se podia entender».
A rapaziada pelo mundo é bestialmente azémola. Somos mesmo, como diria Camilo, «burros não tristes por fora, mas felizes por dentro». Mas, helás, o nosso JMF não quer ser de companhia. O nosso direcktor, em Editorial, explica-nos tudo. Afinal o Oscar tinha razão. O malandro do Saddam podia não ter as tenebrosas armas, nunca encontradas pelos cowboys ianques, mas o caso é que o homem «possuía forma de os obter, e esse é que era o perigo».
Portanto, meus amigos, mesmo que o «mistério persista, os motivos para a guerra não desaparecem», diz-nos JMF. Nós, os mais brilhantes asnos, suspiramos de alivio e demos graças Fernandes. Depois, à moda de António Pedro fomos pastar na esperança que ... é verde. Felizes! Tão intelijumento era o Fernandes.
Os críticos do magistral embuste do uso e porte de armas químicas pelo Iraque, desde o The Guardian ao Le Monde, ou o New York Times e mesmo (pasme-se) o cavernoso National Review, andam espantados com as afirmações dessa luminária Rumsfeld, Donald para os amigos neo liberais, e principalmente sobre as últimas afirmações do guru Paul Wolfowitz, que afirma: «Por razões burocráticas centrámo-nos numa questão, as armas de destruição maciça, porque era o único motivo sobre o qual todo o mundo se podia entender».
A rapaziada pelo mundo é bestialmente azémola. Somos mesmo, como diria Camilo, «burros não tristes por fora, mas felizes por dentro». Mas, helás, o nosso JMF não quer ser de companhia. O nosso direcktor, em Editorial, explica-nos tudo. Afinal o Oscar tinha razão. O malandro do Saddam podia não ter as tenebrosas armas, nunca encontradas pelos cowboys ianques, mas o caso é que o homem «possuía forma de os obter, e esse é que era o perigo».
Portanto, meus amigos, mesmo que o «mistério persista, os motivos para a guerra não desaparecem», diz-nos JMF. Nós, os mais brilhantes asnos, suspiramos de alivio e demos graças Fernandes. Depois, à moda de António Pedro fomos pastar na esperança que ... é verde. Felizes! Tão intelijumento era o Fernandes.
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