Nas arrumações costumeiras, reunimos a revista
IMAGEM, dirigida por
Chianca de Garcia e com
José Gomes Ferreira como redactor principal. Estamos a 10 de Maio de 1930, quando saiu o número 1, 24 páginas que custavam 1$50 (lembram-se?). O editor era
Francisco Bertrand e o administrador
João Sá. Na capa, com dedicatória especial à revista, a vedeta alemã
Lilian Harvey. Do número de estreia, saliente-se o editorial «
Sempre Cinema», onde se debate a questão do cinema mudo versus cinema sonoro
« ... surgiu para o cinema uma nova possibilidade. A imagem juntou-se ao som. E um novo sentido, num mundo que parecia imutável, surgiu, modificando toda a técnica de expressão de que o cinema se servira até hoje. (...) Quer isto dizer que o som veio completar o cinema - ou que o cinema mudo era uma Arte incompleta? Devemos confessar que não. A Lina geral, de Eisenstein, é, através de tudo, uma obra definitiva. (...) O sonoro terá um grande lugar, como tem na literatura o romance e a novela. Mas o mundo persistirá também, pela mesma razão que em todos os países os poetas continuam a sonhar».
Escrevem ainda,
António Lopes Ribeiro (Crónica),
José Gomes Ferreira (Os que não passam de figurantes. Reportagem sentimental),
Cottinelli Telmo ( Os antepassados do sonoro),
Rui Casanova (O que cortam os censores em Portugal).
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A continuar a visitação às revistas de antanho]