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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

LEILÃO DA OTIUM CUM DIGNITATE


Hotel Fénix (Marquês de Pombal) – dia 24 e 25 Novembro, 21:30h

A Leiloeira Otium Cum Dignitate, de Nuno Gonçalves (alfarrabista-antiquário), vai pôr à praça um conjunto raro e valioso de peças bibliográficas de colecção.

Registe-se um acervo importante de cartas, pergaminhos e manuscritos [como as do espólio do general Morais Sarmento, cartas de Hélder Ribeiro, de António Quadros, poemas de Ruy Cinatti], cartazes do pós-25 de Abril de 1974, cartazes de exposições de pintura e cinema, serigrafias, livros e folhetos [de António Cândido Franco, Ruben A., Al Berto, Almada, Mário Cesariny, António DaCosta, António Maria Lisboa, Sophia M. Breyner, Ramos Rosa, António Aragão, Mello e Castro, António Barahona, Ruy Belo, Bernardo Marques, Camilo, Armando da Silva Carvalho, Raul de Carvalho, Ferreira de Castro, Jean Cocteau, Cruzeiro Seixas, Fernando Grade, Daniel Filipe, Manuel Ferreira, Tomàs da Fonseca, Ana Hatherly, Herberto Hélder, Celestino Gomes, Rui Knopfli, Gomes Leal, Mário Henrique-Leiria, Lima de Freitas, M. S. Lourenço, Luís Alves da Costa, Irene Lisboa, Cecília Meireles, Vergílio Martinho, Wenceslau de Moraes, Sidónio Muralha, Rebordão Navarro, Luiz Pacheco, O’Neill, Alberto Pimenta, Miguel Torga (aliás Adolpho Rocha), Aquilino Ribeiro, Tomaz de Melo, Ary dos Santos, Alberto de Serpa, Salazar, Saramago, etc.], publicações e Revistas [Aleph, Arauto, O Anacleto Terciário, O Atheneu Artístico-Litterário, Atlântico, Archivo Popular, Arte Peninsular, Búzio, Cadernos da Biblioteca (Caminha), Capricórnio, Contemporânea, Contramargem (& Etc), Contravento, & Etc, Fenda e Pravda (de Vasco Santos, ed. Coimbra), Folhas de Arte, Varões, a Gaiola Aberta, O Globo, Hidra, A Comédia Portugueza, KWY, L’Assiette au Beurre (de Leal da Câmara), Lusíada, O Mundo de Almada, Mundo Literário, Novela Contemporânea, A Phala, Raiz & Utopia, Revista de Portugal, A Semana Litteraria, Távola Redonda], fotografias e um invulgar e muito valioso espólio do escritor Luiz Pacheco (referido já via Expresso-Actual).

A não perder. Consultar o CATÁLOGO, AQUI (download em S004 pdf)

quinta-feira, 30 de abril de 2009


GRUPO CESARINY

"Em cima, da esquerda para a direita: Lima de Freitas, Mário Henrique Leiria, Eunice Muñoz, Fernando Alves dos Santos e Mário Cesariny de Vasconcelos. No plano inferior, da esquerda para a direita: Arthur do Cruzeiro Seixas, António Barahona e Diogo Caldeira"

Foto (1978) retirada, com a devida vénia, do espaço estimado de Alberto Castro Ferreira [Skocky ou outro mais "quando se acende a luz"].

quinta-feira, 26 de março de 2009


LEILÃO em PARIS – MOVIMENTO SURREALISTA

Amanhã (dia 27) em Paris (Hotel Drouot, sala 22) vai à praça um importante e valioso Leilão de raros livros, revistas, desenhos, gravuras, fotografias e manuscritos de temática dadaísta e surrealista, verdadeiramente notável e difícil de reunir. Estão representados quase todos os principais autores de referência, nas suas primeiras edições.

Consultar o Catálogo, AQUI.

terça-feira, 11 de novembro de 2003

ANTÓNIO MARIA LISBOA [1928-1953]




Morre em Lisboa, 11 de Novembro de 1953

Nasceu em Lisboa a 1 de Agosto de 1928. Frequenta em 1942 a António Arroio onde contacta com Vespeira e Pomar. Tem por companhia, então, Risques Pereira, mas também Alves Redol e Irene Lisboa. Forma em 1947, com Pedro Oom e Henrique Risques Pereira um grupo à parte do grupo surrealista de António Pedro, O'Neill e José Augusto França. Parte para Paris em 1949, tomando contacto com a Egiptologia e o Ocultismo. Posteriormente, é internado num sanatório perto de Coimbra, acabando pouco depois por falecer em Lisboa, com 25 anos de idade.

"... Nunca o caminho percorrido é o mais acertado logo que reavemos a nossa capacidade de auto-critica e nos imaginamos pelo outro que não percorremos. O percurso que não fizemos é sempre melhor, e o melhor que teríamos feito, só porque se pensa que se se pensasse não se faria. Nós sabemos: somos um erro - mas a consciência disso isola-nos do erro alheio. Qualquer que seja a conduta humana não é falsa nem verdadeira - É (embora se possa pensar e sentir sempre errada)..." [AML, in Erro Próprio, 1952]

"... o perigo não nos vem da morte mas da vida. A morte é uma consequência do viver ou do viver demasiado. A força da morte é metafísica, a da vida é real. Não é a morte que mata a vida, mas esta que vai morrendo..." [AML & HRP]

"............
e depois eu te conheço de novo numa rua isolada
minhas pernas são duas árvores floridas
os meus dedos uma plantação de sargaços

a tua figura era ao que me lembro
da cor do jardim" [AML, Z]

Algumas Obras: Ossóptico (Coimbra, 1952) / Erro Próprio (conf.- manifesto, 1952) / A Afixação Proibida. Primeira Comunicação Pública do Movimento Surrealista (colab., Contraponto, 1953) / Isso Ontem Único (Contraponto, 1953) / A Verticalidade e a Chave (Contraponto, 1956) / Exercício Sobre o Sonho e a Vigília de Alfred Jarry, Seguido de O Senhor Cágado e o Menino (Ed. Gráfica Portuguesa, 1958) / Poesia (Antologia, Guimarães, 1962) / Poesia de António Maria Lisboa (A & Alvim, 1977)

terça-feira, 14 de outubro de 2003

[PRECISAMOS DE TI, COHN-BENDIT]




" Porque somos alimentados e dessedentados pela mão todo-poderosa do Estado e fazemos exactamente aquilo que nos mandam.

- Dizem-nos que o governo sabe o que melhor nos convém; as grandes corporações sabem o que melhor nos convém; a BBC, a TV e a Imprensa sabem o que nos convém ouvir; as agências de publicidade sabem aquilo que devemos comprar; os professores sabem aquilo que nos convém aprender; a lei e a ordem são boas para nós porque excluem todo aquele que nos disser que talvez nós próprios saibamos aquilo que nos convém.

- Em retribuição de sermos tão bem tratados, pagamos impostos ao governo para este comprar aviões ruidosos com que os homens de certos organismos nos ensurdecem; pagamos para a BBC, TV e a Imprensa, e concedemos a nossa confiança; pagamos aos publicitários mas estes não precisam da nossa confiança porque não há outra coisa a comprar senão os seus produtos; pagamos para os nossos professores fingindo que eles são todos profundos e sábios; pagamos para a lei e a ordem com dinheiro e obediência, e concordamos em chamar-te «irresponsável». (...)

- Pensamos que devemos as nossas vidas à sociedade e esquecemo-nos de que somos sociedade.
- Tornamo-nos esquecidos com o bem-estar; cegos com o orgulho paroquial; infantis com a obediência; petulantes com a desobediência; ansiosos por uma pensão; ensinados a ser ignorantes. Não gostamos de factos (...)

- Não acreditamos na nossa imprensa mas compramo-la.
- Queremos o que tu queres, mas apoiamos o outro lado.
- Chamamos à violência policial e à violência do Estado ... «violência estudantil», e desculpamo-nos com ela.

- Nós estamos muito, muito assustados".

[Grupo Surrealista em Inglaterra: Ian Breakwell, Alan Burns, Rupert Cracknell, Sophie Kemp, John Lyle, Conroy Maddox, George melly, Peter Rider, John Rudlin, Kem Smith – Maio de 1968, in Textos de Afirmação e de Combate do Movimento Surrealista Mundial, Mário Cesariny, P&R, 1977]