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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009


AZIA pela Blogosfera

Daniel Oliveira contraiu a doença de mestre-escola. Numa posta, que não é mais que um suplemento vigilante de exortação à pregação de um coio de jornalistas acofiados ao poder, pretende refutar os ditos de circunstância de José Pacheco Pereira sobre o jornalismo de clientela e o estado parodista da blogosfera. Sobre o exame desses pregadores caluniosos que pululam na imprensa e pela Blogosfera, onde apresentam esplêndidos compêndios reaccionários "pret-à-porter" e (decerto) com aprovação do senhor Sócrates & Cia, o vigilante Daniel Oliveira escreve um papel em branco.

O brevíssimo tratado de raiva anti-JPP é, desta maneira, um catecismo que em vez de dissecar as meditações pachecais dessa escolástica figura – desde a sua patologia (neo)liberal sobre o Estado à miséria da produção de exóticas teorias sobre a administração Bush, até ao imoral apoio ao business espectáculo do governo de Israel -, acompanha o labor da infâmia e a manipulação insidiosa de alguns jornaleiros e comentadores contra JPP, mas do mesmo modo contra os cidadãos (da esquerda ou da direita) que fazem da resistência e desobediência civil contra o autoritarismo, o insulto e a mentira um orgulho de cidadania e um trânsito democrático contra a alienação, e que histericamente tais espíritos jornaleiros combatem. De facto, o bloqueio ideológico que os Bettencourt Resende, Hermínio Monteiro, Fernando Madrinha, João Marcelino, Fernanda Câncio, José Leite Pereira, Sousa Tavares, Rui Ramos, Peres Mettelo, António Costa (D.E.), Santos Silva (e tantos mais corifeus sem ética, nem vergonha) exalam nos seus boletins paroquiais é para Daniel Oliveira totalmente indiferente, ou quanto muito rimadas e piedosas intenções apenas a suspirar.

Daniel Oliveira, como outros, não conseguindo dissimular a rusticidade de um activismo institucional comprometido (na blogosfera) e a obediência cega (quando não, submissão) às regras e à aporia da amizade, neste seu texto, desresponsabiliza os novos "democratas" (arrependidos!) que arribaram à blogosfera e cujo revisionismo militante é provocatório, senão mesmo fascizante. Compreende-se, assim, como o crítico Daniel Oliveira, intervenha bizarramente contra JPP, demonizando-o, deixando de lado alguns hóspedes que a blogosfera acolheu, absorvido que estava na defesa de causas fracturantes, e que, ingenuamente, lhe sussurravam serem de esquerda. A beata Câncio & seu grupelho, e alguns jovens maviosos que deram então serventia ao Blogue de Esquerda ou ao antigo Cinco Dias, estão por aí como exemplo. Tem, portanto, Daniel Oliveira muita análise política para se ocupar. Cocheiros do sr. Sócrates e rosas todo o ano são inestimáveis repastos que abundam por todo o lado. Assim queira o meu caro amigo Daniel surpreender os seus leitores e não sussurrar, apenas, a arqueologia do disparate.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2003

DANIEL, O REVOLUCIONÁRIO




"Quando chegam as andorinhas, nunca se deve modificar a forma de andar" [MHL, AO, CC]

Decididamente, e contrariando boatos da reacção que insistiam em dar como extinta a excelsa classe dos revolucionários, eis que através de uma posta, o grande Daniel confessa-se e mostra que está vivo os ideais da revolução. Incomodado com as manifestações pequeno-burguesas da camarada Odete, dado a sua instrumentalização pela perfídia do capital e antevendo um perigoso desvio direitista na luta de classes moderna, o camarada Daniel vilipendia não só a senhora, mas ainda tem tempo de, num desvairado reconhecimento, confessar a sua "formatação" ao longo de 80 submissos anos. Fomos às lágrimas. Na foto acima, pode testemunhar-se a vitalidade revolucionária do Grande Daniel "em plena campanha de mobilização das massas contra a reacção", enquanto suspirava por Alexandra Kollontai e Rosa Luxemburgo.

[Será conveniente referir, que não seguimos o que Barthes afirmava sobre o carácter conservador da fotografia, e que muito bem questionou o nosso Terras do Nunca, pois muito embora a imobilidade e a fixação do instante da pose exista, o que pode significar uma manifestção de conservadorismo, julgamos que o camarada Daniel jamais será manipulado pela verdade fabricada do real (Barthes dixit) que a fotografia sugere. Pois canté!]

sexta-feira, 12 de setembro de 2003

LUGARES


Barnabé

... Quando o Barnabé [Daniel Oliveira / André Belo / Rui Tavares / Pedro Oliveira / Celso Martins / Rosa Pomar] cá chegou toda a gente arribou ... O almocreve torna-se, desde já, assinante e envia saudações

"O Barnabé é um blogue sobre política e cultura. O Barnabé não é um blogue intimista. O Barnabé é tão Narciso como os outros, mas tem vergonha na cara. O Barnabé é um blogue pós-narcisista. O Barnabé é um blogue de esquerda e heterodoxo. O Barnabé não é um albergue espanhol. É um hotel de seis estrelas."

DUELOS IMPREVISTOS

Mário Soares versus Pacheco Pereira, na Sic Noticias.

Soares reflectiu, enquadrou e interpretou o 11 de Setembro a partir de uma multivariedade de leituras, num registo discursivo anti maniqueísta, contextualizando toda a polémica em causa, do simbólico ao politico/económico. Foi brilhante. Por vezes magistral, porque incomodo (a referencia à China, quando PP configurava o terror do regime de Saddam, baseado nos assassínios políticos, é brutal). O prazer do debate é manifesto. Está-lhe na alma.

Pacheco Pereira sobrevoou algumas das questões inicialmente colocadas. Começou mal. Quando procurou clarificar a sua leitura dos acontecimentos, caiu facilmente no facilitismo, no maniqueísmo simplório. Afinal o que haveria era uma "guerra de civilizações", tout court. Os enquadramentos para tal suposição, pela sua inexistência, dissolvem qualquer discussão séria. Pacheco Pereira manifestou poucos argumentos frente a um Soares mais ideologizado, sendo que o que restou foi o seu incondicional apoio ao novo Sol do mundo, os EUA. Daí que se entenda a necessidade de vir em defesa dos novos construtores do império, citados por Soares (Strauss, Perle, Wolfowitz). E espanta, que Pacheco Pereira com a inteligência que se lhe reconhece e o desafio intelectual que em tudo coloca, não questione, com fundamentação relevante, esses discípulos straussianos que tem assento na Casa Branca.