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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O INTELIGENTE



"O mais inteligente dos homens é, em douta opinião, aquele que se chama imbecil ao menos uma vez por mês, e hoje quem vai nisso? É reparar no que dizem, escrevem e fazem os nossos pluralistas duma figa.

Noutros tempos, um imbecil compenetrava-se de que o era, até convinha. Na longa noite fascista (oh, estes lugares-comuns são deliciosos) era prudente. Agora, acabou-se! E baralharam tão bem as cartas, numa batota tão sabida e repetida, que um homem inteligente já não se distingue do imbecil. Estes tipos, pós 25 de Novembro, fizeram-no de propósito.

Um imbecil, aliás não tem preço. Isto é, não vale nicles. Um traque sempre é qualquer coisa. E esta referência escatológica lembra-me que estou na hora de jantar..."

Luiz Pacheco, in Textos de Guerrilha

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

LUIZ PACHECO (1925-2008) NA BIBLIOTECA NACIONAL


Exposição Luiz Pacheco (1925-2008) e apresentação do Catálogo dia 26 de Novembro de 2009 (5ª feira), na Galeria da Biblioteca Nacional de Lisboa (17,30h).

A não faltar.

LEILÃO DA OTIUM CUM DIGNITATE


Hotel Fénix (Marquês de Pombal) – dia 24 e 25 Novembro, 21:30h

A Leiloeira Otium Cum Dignitate, de Nuno Gonçalves (alfarrabista-antiquário), vai pôr à praça um conjunto raro e valioso de peças bibliográficas de colecção.

Registe-se um acervo importante de cartas, pergaminhos e manuscritos [como as do espólio do general Morais Sarmento, cartas de Hélder Ribeiro, de António Quadros, poemas de Ruy Cinatti], cartazes do pós-25 de Abril de 1974, cartazes de exposições de pintura e cinema, serigrafias, livros e folhetos [de António Cândido Franco, Ruben A., Al Berto, Almada, Mário Cesariny, António DaCosta, António Maria Lisboa, Sophia M. Breyner, Ramos Rosa, António Aragão, Mello e Castro, António Barahona, Ruy Belo, Bernardo Marques, Camilo, Armando da Silva Carvalho, Raul de Carvalho, Ferreira de Castro, Jean Cocteau, Cruzeiro Seixas, Fernando Grade, Daniel Filipe, Manuel Ferreira, Tomàs da Fonseca, Ana Hatherly, Herberto Hélder, Celestino Gomes, Rui Knopfli, Gomes Leal, Mário Henrique-Leiria, Lima de Freitas, M. S. Lourenço, Luís Alves da Costa, Irene Lisboa, Cecília Meireles, Vergílio Martinho, Wenceslau de Moraes, Sidónio Muralha, Rebordão Navarro, Luiz Pacheco, O’Neill, Alberto Pimenta, Miguel Torga (aliás Adolpho Rocha), Aquilino Ribeiro, Tomaz de Melo, Ary dos Santos, Alberto de Serpa, Salazar, Saramago, etc.], publicações e Revistas [Aleph, Arauto, O Anacleto Terciário, O Atheneu Artístico-Litterário, Atlântico, Archivo Popular, Arte Peninsular, Búzio, Cadernos da Biblioteca (Caminha), Capricórnio, Contemporânea, Contramargem (& Etc), Contravento, & Etc, Fenda e Pravda (de Vasco Santos, ed. Coimbra), Folhas de Arte, Varões, a Gaiola Aberta, O Globo, Hidra, A Comédia Portugueza, KWY, L’Assiette au Beurre (de Leal da Câmara), Lusíada, O Mundo de Almada, Mundo Literário, Novela Contemporânea, A Phala, Raiz & Utopia, Revista de Portugal, A Semana Litteraria, Távola Redonda], fotografias e um invulgar e muito valioso espólio do escritor Luiz Pacheco (referido já via Expresso-Actual).

A não perder. Consultar o CATÁLOGO, AQUI (download em S004 pdf)

sábado, 17 de outubro de 2009


NOTÍCIAS DA FRENTE

"É preciso folhear os maus livros, esquadrinhar os bons" [Jules Renard]

O sábio Feliciano de Castilho dizia: "Naquelas velharias andávamos tão embevecidos (...) que para nós não havia passeio, nem visita, nem função, que nos pagasse o gosto que desfrutávamos naquele nosso ler à ventura, sem piloto nem bússola”. Como Castilho, nós por cá (é sabido) temos essa canseira de serem os trabalhos do mês idênticos de todos os outros. Ámen!

- no próximo mês de Novembro, precisamente no dia 26, ou de S. Pedro Alexandrino (S. Conrado, que nos desculpe), ele mesmo um herege de juízo encomiástico, haverá lugar na caprichosa Biblioteca Nacional de Lisboa uma merecida Exposição, Homenagem e Invocação pública ao grande Luiz Pacheco. A entrada do sublime editor & escriba na casa-mãe da cultura – momento em que conspícuos escritorzecos, literatos & prósperos comentadores indígenas, por fastio de vida, irão cair em curiosa salmoira provinciana – será ornamentada com uma memorável pachecada, uma brochura copiosa e opulenta, um In Memoriam de talento de bien faire. Eis o grande "conversador", o facundo libertino, a idolátrica e o seu esplendor, presentes nesse dia bem-aventurado de Novembro. Até lá, o que "interessa é acordar vivo".

- livros & outros documentos em papel estão à Venda na caprichosa Livraria Luís Burnay (Calçada do Combro, 43-47, Lisboa), acabado que está a elaboração do seu 43º Boletim Bibliográfico, referente ao mês de Outubro. Decorado com 642 peças magníficas, que percorrem algumas das melhores peças bibliográficas lusas, o seu Boletim é essencial ao amador de livros e valioso para assinalados bibliófilos. Consultar o Boletim, AQUI.

- o nosso amigo Carlos Bobone da Livraria Bizantina (Rua da Misericórdia, nº147, Lisboa), autorizado livreiro e interessante monárquico, lançou sobre a canalha da Província o seu Catálogo 77º. O dr. Bobone, em cumprimento do dever municipalista, e por ser livreiro mor do reyno de Lisboa, deveria constituir serviço distinto aos amadores de livros da vetusta Província. Isto porque, quando o real correio por cá preside (quando preside!), e enquanto o cliente percorre o cardápio, já as peças postas em Catálogo foram vendidas pelas vozes autorizadas e céleres de cidadãos de Lisboa. Portanto, o dr. Bobone junta uma vasta livraria que lança em papel, remete-o para os seus paroquianos, mas o bom cidadão de Lisboa esgota-lhe a livralhada, mesmo antes do cobiçado Catalogo cair nas nossas mãos. Deste modo, para que não fiquemos em estado de orfandade, evitando assim que montemos um qualquer sublime Jardim ou Barraca à sua porta, seria mister enviar para a Província, dias antes, o rol dos lotes para venda. Por discrição ao Príncipe e amor-dos-homens!

- para arrematação, está à Venda uma estimada colecção de livros postos em Catálogo (mês de Outubro) pelo Livreiro-Antiquário José Vicente, da Livraria Olisipo (Largo Trindade Coelho, 7, Lisboa). O conjunto percorre temas tão distintos como Administração Pública, Arte, Colonial, Descobrimentos, História, Literatura, Memorialismo, Monografias, e outras instrutivas áreas. Consultar o Catálogo, AQUI.

- é já nos próximos dias 26 a 29 de Outubro, que a Leiloeira Renascimento irá colocar à praça pública o invulgar e valioso Leilão da Biblioteca do Dr. Paulo Monteiro Levy, conforme assinalamos. Este opulento Leilão apresenta uma invulgar Maçónica, com mais de 300 peças (muito) raras e de difícil circulação. Do seu inventário, com 1959 lotes, chama-se especial atenção para as temáticas muito estimadas sobre Inquisição, Judaísmo, Jesuítas, uma curiosa Pombalina, Constitucionalismo, rara Imprensa Periódica do sec. XIX/XX, rica Banda Desenhada, Numismática. Voltaremos a este Leilão, dado as importantes peças bibliográficas que faziam parte da Livraria de Paulo Monteiro Levy, médico, livre-pensador e conhecido (e importante) maçon. O Catálogo, elaborado por José Vicente, está já online e pode (deve) ser consultado pela sua especial importância.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008


In Memoriam Luiz Pacheco

"Pode-se gostar ou não gostar, de Pacheco; pode-se estimar ou odiar Pacheco - não se pode é ignorá-lo. Este sátiro de três ao vintém, libertino de extracção caseira; redutor da vulgaridade e da grosseria, alcoólico, intriguista maior, retirante de todos os sítios, lítera do sec. XIX, ressurrecto em truculência, saltimbanco, incongruente, inconsequente - fez da literatura um meio de vida e desta um universo próprio (...)

Aí está ['Textos Malditos'] a degradação de um certo viver quotidiano; a lucidez militante de uma criatura que recusa os prestígios fáceis; as tonterias de uma prosa singularmente ladina e asseada, quero dizer: viva e sem enxúndia; o traço de união entre a miséria e a gloria (...)

Luiz Pacheco é a antítese do caligrafismo, seja: bate-se contra a frase padreca de uma literatura se santões e de arcanjos de asa branca. A estória sem historinha, a dilaceração sem uma lágrima (...)"

[Baptista-Bastos, Diário Popular, 22/12/77]

Foto in jornal Público, com a devida vénia

segunda-feira, 9 de abril de 2007


Luiz Pacheco: entrevista ao Correio da Manhã

"Os óculos pesam nos olhos que cegaram. À cabeceira, o jornal 'Avante' e um livro de José Gomes Ferreira não são bibelôs, mas companhias. Luiz Pacheco, criatura de inteligência rigorosa, de lucidez sobrenatural, um livre pensador que disse e diz coisas que não são fáceis de serem ditas, está preso a um cadeirão, tem o robe vestido, o aquecedor ligado e uma manta para o frio não lhe magoar o esqueleto. Nasceu em Lisboa, na Rua da Estefânea, a 7 de Maio de 1925, pai de oito filhos - frutos de muitos amores, na vida escolhida, que foi dura por prazer, só fez o que bem entendeu (...)

- Oh miúda, eu já li muito. Nem queira saber o que eu já li. Agora é a minha filha que me lê os artigos de jornais e algum livro que eu queira ler. Ocupo o raio do tempo a ver a RTP Memória. Estou a ver coisas que nunca tinha visto. Como por exemplo, o Júlio Isidro, o Zip-Zip. Gosto de ver velhadas. (…)

[O melhor aluno do Liceu Camões gosta de velhadas...] - Não me faça rir. Mas fui o melhor daquela malta toda. Entrei em 1936 e fiquei lá oito anos. Sentava-me sempre na carteira da frente, porque os meus olhos já eram dois sacanas. O avô desse tipo chamado Eduardo Prado Coelho foi meu professor. Nós cagávamo-nos no gajo.

[Quando é que funda a editora Contraponto?] - A editora começou a funcionar em 1951, logo depois do primeiro número da revista. Nasceu no ensaio de uma terceira via e só tinha um critério: os gajos do Estado Novo não podiam entrar. Vivia um bocado à mercê do facto de eu e o Jaime Salazar sermos amigos. Quando foi publicado o 'Discurso sobre a Reabilitação do Real Quotidiano', de Mário Cesariny, o Jaime ficou f. Pensava que a editora era só para ele. Mais tarde, o mesmo aconteceu com Cesariny, quando Herberto apareceu. Razão tinha o Gaspar Simões em chamar-me 'O sacristão do Surrealismo', por publicar aquela gajada. Não faz muito tempo, vendi a editora à irmã do Manuel Alegre por um preço de m..

[Era amigo de Cesariny?] - Essa pergunta traz água no bico. Dizem que nós éramos amantes. Um disparate. O gajo não fazia o meu género. Eu nunca tive a mania de Paris. Ele tinha.

[É autor de muitos livros, mas nunca escreveu romances] - Porque é preciso ter disciplina. Mas não é como escritor que posso ser importante. Se me perguntarem da minha importância é como editor. Editei muitos livros que eram muito baratos. Tinha bons autores, Raul Leal, Natália Correia, António Maria Lisboa, Herberto Hélder, Vergílio Ferreira, Mário Cesariny. Jamais editaria, por exemplo, o Fernando Namora. Ele era um aldrabão. Ou o José Agualusa, que não escreve nada. É um pateta alegre.

[O que nos diz dos políticos?] - São uns m. Comparados com eles próprios. Aquela que foi ministra das Finanças era uma tipa séria, mas era cá um camafeu.

[Gosta do José Sócrates?] - Quem é? Não o conheço.

[Mas gosta de Pedro Santana Lopes?] - É um 'bom vivan'. Não deixou obra nenhuma, mas sabe viver. Andava nas discotecas e estes gajos – o pequeno, o gajo que é quase anão – fez-lhe a folha. O Santana é um senhor. Gosta das noites. E bebe o seu copinho. Eu deixei de beber há uma semana. Ao almoço bebia vinho - tinto, pois está claro. Quando se fala em vinho fala-se em tinto.

[O País reconhece as pessoas?] - Não podemos falar de um só País. De Lisboa ao Porto existem dois países ou, talvez, existam quatro países em Portugal. Por exemplo, o Mário Soares, quando era Presidente da República, deu-me 650 contos. Uma vez, no Chiado pedi-lhe 20 paus emprestados. E ele deu-mos. Este presidente, o actual, que tem aquela cara, não me deu nada.

[Vive de alguma pensão?] - Tenho um subsídio de 120 contos, graças ao Alçada Batista. E também ao Balsemão, que teve a feliz ideia de inventar o decreto do mérito cultural. O Santana despachou um decreto que favorece pessoas que estão na minha situação. Mas não é por isso que gosto do rapaz. O tipo sabe o que é bom. O que é bom para mim são umas garotas, que vêm cá de manhã para me fazerem a higiene. Não é mau"

[Luiz Pacheco entrevistado por Miriam Assor, in Correio da Manhã, 8/04/2007 - sublinhados nossos]

sexta-feira, 31 de outubro de 2003

EM LOUVOR DO PROF. MARCELO


[Em Louvor do Prof. Marcelo] – "Quando em Lisboa já toda a gente dorme e até os noctívagos mais foliões e retardatários tomaram o caminho da cama, algures, num bairro qualquer da cidade, numa rua uma casa portuguesa, uma luz está alerta. Alguém ali trabalha ainda, trabalha e vela, atento e esforçado, com os olhos a arder, vencendo o sono a poder de profaminas e café, estorcendo o intelecto, arruinando a saúde, o cabelo a encanecer-lhe gravemente (...)

E que faz ele? Lê; lê e lê catadupas de livro que lhe chegam diariamente às mãos, com dedicatórias nobres, estimulantes, ou aquele antipático carimbo 'Homenagem do Editor'; livros que vai abrindo; incapaz de dominar o caudal de espessa prosa ou a grácil espuma da versalhada que lhe despejam em cima. Lê, mas não só isso. Depois de ler diariamente bons centos de paginas (...) inda tem tempo para formar opinião delas, seja poesia (clássica ou novíssima), ficção filosofia ou colecção de policiais e, quase, miraculosamente, sobejam-lhe algumas horas para escrever essa dita opinião que é para os leitores, na quinta-feira, saberem e escusarem de ler os livros de que gostou. A pensar nos leitores, na sua cultura, no seu porvir, a esforçar-se por todos, o bom e querido ..."

[Luiz Pacheco, O Salema Sucateiro, in Textos de Guerrilha, 1ª série, 1979]

[Salazar e Armindo Monteiro] – "Uma vez (há muitos anos felizmente) estava o Salazar descansado a palestrar com a senhora Maria sobre assuntos de Moral e Religião (e, também, certas praticas sexuais, mas em voz baixinha), quando apareceu lá em casa um intriguista qualquer, talvez o Bissaya Barreto, e disse:

- Ó Tóino, sabes que há por aí um tipo que percebe muito de Finanças?
- Ah, sim?...
- Ó Tóino, olha que é muito inteligente, quinté sabe inglês, e ambicioso que se farta.
- Ah, sim!?...
Nessa noite, o Totocas não dormiu nada e às 5 ouviu o canto do galo, que lá em casa tanto servia de despertador como para canja. Desceu à secretária, com as duas ceroulas que usava sempre e já trazia do seminário, para proteger o pirilau, e nunca as tirava. Despachou assim:

Armindo Monteiro, Embaixador em Londres, já!

(a) António Oliveira Salazar”

[Luiz Pacheco, Tratem-no por Luisito, in Textos de Guerrilha, 2ª série, 1981]

sexta-feira, 19 de setembro de 2003

PORTUGAL DOS PEQUENINOS

"(...) Quanto à loucura, queria que ficassem cientes disto: nem eu estou agora a escrever à pressa para lhes provar que não estou definitivamente choné, mas pelo cacau (o terceiro pacote está a chegar, o Inverno com ele) e porque à vezes preciso de mudar de malucos, sempre os mesmos já estão muito vistos. Nem, e ainda quanto à loucura, muitos escritores do nosso país se viram no passado acusados de alienação mental, caso de Gomes Leal, de Raul Leal, do Mário César, do Herberto, esse poeta ruminante e délfico. «Um talento tão extraordinário», diziam, «e em que findou ... aliás, já há muito tempo que o prevíamos ... ». (...)

O mais inteligente dos homens é, em douta opinião, aquele que se chama imbecil ao menos uma vez por mês, e hoje quem vai nisso? É reparar no que dizem, escrevem e fazem os nossos pluralistas duma figa. Noutros tempos, um imbecil compenetrava-se de que o era, até convinha. Na longa noite fascista (oh, estes lugares-comuns são deliciosos!) era prudente. Agora acabou-se! E baralharam tão bem as cartas, numa batota tão sabida e repetida, que um homem inteligente já não se distingue do imbecil. Estes tipos, pós 25 de Novembro, fizeram-no de propósito. Um imbecil, aliás, não tem preço. Isto é, não vale nicles. Um traque sempre é qualquer coisa. E esta referência escatológica lembra-me que estou na hora do jantar. E isso quer queiram quer não, é indispensável ao meu PREC (=processo de recuperação em curso). (...)

[Luiz Pacheco, Portugal dos Pequeninos, in Letras e Artes, DP, 10/11/1977]

quinta-feira, 5 de junho de 2003

LUIZ PACHECO EM ESTELA GUEDES


Estranhei não mais ouvir falar da Maria Estela Guedes, depois de alguns poemas em tempos idos e do célebre livro que escreveu sobre Herberto Helder (H.H. Poeta Obscuro). Eis que, com supresa minha, vou dar a uma página, dedicada a Ernesto de Sousa, muito trabalhada, colectivamente participada, bastante interressante, cujo webmaster é a própria M. Estela Guedes.. Aí mesmo, encontro, numa comemoração do 33º aniversário, o texto Pachecal, O LIBERTINO PASSEIA POR BRAGA, A IDOLÁTRICA, O SEU ESPLENDOR, de 1970. Ficámos felizes. É que somos daqueles que julgam que Luiz Pacheco merece ser lembrado, pelo muito que fez e deu às letras portuguesas. Et pour cause ...