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quarta-feira, 29 de julho de 2009
DE ABALADA
"Já não há malhadas nem cantigas, não há desfolhadas nem beijos às raparigas"
De regresso ao Centro que a lida chama por nós. Deixámos terras encantadas, intimidades aconchegadas, conversas à tardinha. Os aromas vieram connosco. E os melhores ares que o tempo tece. Os campos e os sabores deixam soidade. Como a ternura dessa gente séria. Da serra bravia (como é dito no "Alentejo não tem sombra") não há qualquer monotonia, mesmo que a “solidão e o silêncio” só raramente se quebre. Por isso o cansaço não existe.
A pedido de várias "famílias" (via mail), pela paciência fugidia de não conseguirem ouvir (ali em baixo) o G.A.C., aqui V. postamos o cante desses homens de trabalho duro e mão suave. Que se o sonho morreu, a vida dos homens é eterna.
quarta-feira, 22 de julho de 2009
HÁ DIAS ... ASSIM!
"Esta gente parece ter alma
porque a música está a tocar" [J.G.Ferreira]
Estamos entre a solidão da planície, histórias de ganhões, o cante sempre entoado e a protecção das belas letras. Estamos extravagantes! Recolhemos de madrugada por montados de sobro e veredas de estevas. A noute, a calma inspirada, a caça rude e as moças boas, matam-nos de desejo. De modos que a largada daqui é um desperdício de festa.
Esta vida estirada e longe da ralé que corre nos jornais - e pelo que parece o infausto cavaquismo está de volta, enquanto os amigos do sr. Sócrates rebolam em corrupio de prebendas – arrastam-nos de felicidade. Graças a S. Pedro – santo dos pastores -, umas malgas de sopas, comeres de gente e conduto farto, nos braços de aurora vamos lá seguindo. O nosso rafeiro está de atalaia. Não há engano: depois de um ensopado de carneiro e um requeijão a condizer estamos a coberto.
Boa noute!
terça-feira, 1 de maio de 2007
A Cantiga é uma Arma – G.A.C. Vozes na Luta
"Levai a má consciência que afirmais eu ter para a barricada que frequentais e aquecei com ela, amigos, o pequeno-almoço auroral das vossas boas consciências" [Alexandre O'Neill]
Estamos em tempo de saudosismo neste "país em diminuitivo". Viemos de outras estórias que a idade (ainda!) não larga, até porque regressa o presuntivo responso que o "respeitinho é que é preciso" [evidentemente ... O'Neill]. Mas há gente que não se esquece. Não queriam mais nada? Na certeza que os novos "conquistadores de almas" fazem o coro da criadagem da governança, muito ao jeito de "uma casa uma janela, fazer contas dentro dela" [Salazar citado por O'Neill], daqui, neste 1º de Maio de 2007, vos oferecemos
para esta viagem aos bocados, "uma sílaba, um conselho, um cigarro", uma canção de tempos imemoriais
A Cantiga é uma Arma - G.A.C. & José Mário Branco
Boa noute!
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