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domingo, 17 de fevereiro de 2008
Leonardo - revista de filosofia portuguesa
"Leonardo é uma iniciativa da mais nova geração da Escola da Filosofia Portuguesa. O que queremos significar é o seguinte: primeiro, que integramos uma tradição poética e filosófica que se iniciou com Sampaio Bruno e formalizou num "organon" principial com Teixeira de Pascoaes e Leonardo Coimbra na Renascença Portuguesa. Depois, surgiram os continuadores com a geração de José Marinho, Álvaro Ribeiro e, mais tarde, Orlando Vitorino, que desenvolveram a doutrina e sistematizaram as teses. A geração dos mais velhos está ainda representada por António Telmo (...)
Pertencer à geração da Escola da Filosofia Portuguesa exige um compromisso espiritual: é de sua livre opção que, todos nós, os da Leonardo, aceitam conviver em tertúlia segundo o magistério que vai de mestre a discípulo e que caracteriza a iniciação filosófica e literária assegurada sem interrupção, desde há 150 anos, ao longo das sucessivas gerações. Todos nós, os da Leonardo, ouvimos a palavra de viva voz de mestres e o que nos distingue é sermos heterodoxos e livres na exegese e na hermenêutica. Todos nós, cumprimos os requisitos que nos foram transmitidos por Álvaro Ribeiro, necessários á compreensão da filosofia portuguesa: acreditar em Deus e possuir, de alguma forma, formação esotérica (...)
Todos nós, os da Leonardo, cumprimos em diverso grau o segundo aspecto. O esoterismo não é ocultismo, nem se confunde com a paixão oriental. A operação é racional, ordinal e o teorema desenhável. O movimento é íntimo, individual e necessário à autognose. Sem tradição, ou seja, o que nos vem da herança, perde-se a razão da palavra e do verbo e inveja-se a ordem no mundo (...)"
[ler mais aqui - sublinhados nossos]
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