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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

EU SOU ...



Eu sou
o mais boquiaberto
dos ministros.

Estas finanças
doem
como um calo.

Estas finanças
devem ser um galo
cantando o ouro
que urinam
as crianças.

Estas finanças
devem ser um falo
ubérrimo Brasil
de esquálidas
donzelas.


[Armando da Silva Carvalho, in Ovos d’oiro, 1969]

… de regresso ao V. aconchego, contra o sono do esquecimento. Boa noute.

Vale!

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

MARIA VELHO DA COSTA & ARMANDO SILVA CARVALHO



"Despachar no nosso livro as cenas do ódio. Não vai ser fácil. Somos ambos afinal um mar de espinhos, cravados cedo no coração tenro e incauto" [M.V.C., in Em Dueto e em Duelo, texto de Maria José Oliveira, Mil Folhas, 24/11/06]

"Há pessoas que merecem ser denunciadas, esse é o termo. Somos agressivos com pessoas que também nos agrediram ou com outras pelo facto de existirem como existem. Há uma certa impunidade naquilo que dizem e que fazem, que são coisas escandalosas ..." [M.V.C., idem, ibidem]

"... o que leva dois autores consagrados, Armando Silva Carvalho e Maria Velho da Costa, nascidos ambos em 1938, à desabusada escavação da infância? Por que é que, sem perder Laclos de vista, foram ambos induzidos à narrativa da intriga? (...) Leitura do mundo: obras, autores, prémios, família, castas, ódios, equívocos, querela, política, dinheiro. O Meio à lupa, sem licença (...). Tão simples como isto ..." [Eduardo Pitta, in A Infância, os Outros, Mil Folhas, 24/11/06 - ler aqui]

quinta-feira, 24 de julho de 2003

OS LUSÍADAS NO EXPRESSO


Temos Outono camoniano n'O Expresso, com a publicação de Os Lusíadas. Luiz Vaz em fascículos, debates e exposições. Com textos dos habitués nestas andanças, o que significa um enorme bocejo literário, o Expresso não esconde que o sistema funciona. Eis a perfumaria Balsemão a trabalhar para todos nós. Salvé!

"Ah Camões! Luiz Vaz, se visses
Como os vermes pastam a tua glória!
Por um que ame apenas a tua obra
Quantos te inventam a vida passada
Para explicar versos que não sentem
Ou sentem tão à epiderme
Que precisam doutra história
Que não a das palavras que escreveste!
"

[José Blanc de Portugal, in Camões 1980, Loreto 13, nº 6, 1980]

"Ai, Luiz Vaz, retrai-te. Querem fazer de ti um departamento de líricos, uma comissão nacional de épicos, um cortejo histórico de teses académicas, o imaginativo febril de uns quantos alucinados pela porta sagrada das vitalícias chamas."

[Armando Silva Carvalho, in Atado à Grão Coluna, Loreto 13, nº 6, 1980]