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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008


LIVRARIA POESIA INCOMPLETA

"O ar confunde os hálitos das mais apetitosas bocas" [A. Breton]

No mister de não ter pressa, nesta quintarola do eng. Sócrates, convém "arranhar" muitas "peles delicadas" e tactear por aí. O verbo, a boca e a semente, dispõem sempre sentimentos d’alma. Na rua Cecílio de Sousa, curiosamente ele mesmo livre-pensador, o triângulo luminoso do canto da "Livraria Poesia Incompleta" amassa a métrica, a sonoridade e a obra dos primeiros e únicos versos. Com golpes docemente furtivos, que "a poesia é a distância mais curta entre duas pessoas". Uma livraria portuguesa de poesia e só poesia, com Mestre Changuito à V. mercê.

E, para nos desafogarmos em cantos e amores “doudos”:

"é sempre o mesmo dia, é sempre a mesma noite,
o tempo, não o inventaram ainda,
o sol não envelheceu,
é idêntica a esta e outra neve,
sempre e nunca é o mesmo,
aqui nunca choveu ou chove sempre,
tudo está sendo sem ter sido nunca …
" [Octávio Paz]

Livraria Poesia IncompletaRua Cecílio de Sousa, nº11 [entre o Príncipe Real e a Praça das Flores] à V. espera.