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* Da Economia neoclássica Tradicional à Nova Economia Keynesiana, por Fernando Pinto Loureiro, separata da Revista de Economia, 1949. É referido em nota de pé-de-página que "a publicação do Treatise on Money [de Keynes] suscitou a formação de um «círculo», para estudo da obra, a que pertenciam R. F. Kahn, I. E. Meade, P. Sraffa, C. H. P. Gifford, A. F. W. Plumptre, L. Tharsis, Joan Robinson, Austia Robinson e vários outros...". Noutra nota, o prof. Pinto Loureiro refere que em "8 e 15 de Agosto de 1925, Keynes publicou em The nation and Athenaeum dois artigos subordinados ao título «Am i a Liberal?», que podem ler-se nos Essays in Persuasion, de 1931, pags 323 e segs ..."
Sobre o optimismpo económico de Keynes [a propósito da possibilidade de se atingir o «pleno emprego»] cita F. Loureiro o que Keynes escreveu em 1931: "Na análise dos factos económicos, encontram-se razões que nos mostram como, mesmo neste domínio, a fé pode agir. Porque, se conformarmos todos os nossos actos a uma hipótese optimista, esta hipótese tenderá a tornar-se realidade, enquanto que, se agirmos conformemente a uma hipótese pessimista, arriscar-nos-emos a cair para sempre no poço da miséria" [Ref. Essays de Persuasion, já citado]
* Curioso opúsculo de António Ferrão intitulado "Gomes Freire e as Virtudes da Raça Portuguesa", Impr. da Universidade Coimbra, 1920. Este discurso dito na comemoração da "ignomiosa execução" de Gomes Freire (18 de Novembro) é uma biografia interessante, com abundantes referencias bibliográficas e um conjunto de notas e anexos, entre as quais cartas e artigos de jornais, de apoio ao texto, sendo de registar o que é referido como "uma das mais curiosas figuras de perseguido político [obv. por ideias liberais e republicanas] em Portugal nos fins do século XVIII e princípios do XIX", na pessoa do "padre José Ferrão de Mendonça e Sousa, licenciado em direito civil pela Universidade de Coimbra, e prior dos Anjos".