Um apito dourado para o senhor Costa, já!"
Ele não fazia nada de particular, mas fazia-o muito bem" [
William Gilbert]
Temos
noutes assim: muito fanáticas. Também podemos contrair a doença do
César das Neves, ou não? Dizemos sem qualquer malícia: o senhor
António Costa tem, de facto e de direito, obrigação de receber para rastreio arbitral um extraordinário e dourado
apito. A requintada prestação que fez no jogo
Porto-Benfica, se convenceu indígenas cegos e lacrimantes, uma meia dúzia de exaltados analistas do éter, cinco repórteres estrábicos e recebeu as palmas do edil de
Gaia (presume-se que está em todo o lado), a nós, com indisfarçado
orgulho encarnado, a justa homenagem que fazemos é dar-lhe o tal
apito.
António Costa & Costa foi empanturrado de aplausos. Até o frenético
Fernando Seara, de
Sintra, jura, pela saúde de
Eusébio (já se vê), que a gramática legislatória da arbitragem foi
zelosa e
submissa. Não nos convence o testemunho. Ao fim dos 20 minutos científicos e
à Benfica, a rapaziada azul e branca foi acometida da doença (praga do
César?) das
faltas, acompanhadas de impropérios vários ao tal
Costa e respectiva família. Conhecemos o filme. Não somos daqueles que pensamos que a
arbitragem é tendenciosa se marca penaltys que não existem ou o seu contrário, mas tão só queremos assinalar que um
verdadeiro árbitro, daqueles do dourado
apito, não necessita dessas divertidíssimas cenas.
Basta não admoestar jogadores (seja de que cor tenham) quando prevaricam.
Basta permitir que uma qualquer equipa ou jogador intimide o adversário.
Basta não manter a ordem (estamos, decididamente, rigorosos) estabelecida pelo cardápio da arbitragem. Sem falsas subjectividades.
Pronto,
já está. E foi penalty contra o
Simãozinho, passe os gorjeios dalguns. Que se saiba, o ombro ainda não descai até à manápula.
Terminamos: o empate é justo, qualquer equipa podia ter ganho. A dúvida é: e o senhor
Costa, o
António? Ganhou o quê?