
"
Na luminosa tarde de Verão mergulhados,/Vagarosamente deslizamos..." [
L. Carroll]
O rigor de veraneio entusiasmou-nos. Olhem só,
acima, como estamos quebrantados. Caprichosos! Há, nessa frescura de espírito, uma tranquilidade que nos salva do idiotismo da paróquia e do mestre régio pátrio. Longe da graciosa
silly season, que o rebanho dos colunistas esforçadamente costura na preia-mar indígena, agradecidos estamos no nosso fogoso amparo. Eis o que é veranear!
Não nos atrevemos, portanto, a ressuscitar o presente
vaudeville governamental. O
Freeport do sr. P
rocurador e do seu
Vice é uma lista de inspiração curiosa, um testemunho de tal agrado & protecção do dr.
Cavaco, que não ousamos adornar a didáctica jurídica com histórias tormentosas. O espectáculo pode continuar! Ou então deixemos isso para o talentoso adiantado mental
Henrique Monteiro (via
Expresso há 1 semana) ou para o paradoxal
Sousa Tavares, o castrado escolar. Ambos fazem as delícias das lavadeiras já sem esperança de casar. Não é preciso riachos de tinta ou composições de cidadania. Já não há milagres, nem lamúrias que nos salvem desses senhores. A
lista de mazelas não tem fim.
Nunca contribuiremos, portanto, para o estilo sentencioso do "bota-abaixo" (genuflexão sr.
Vieira da Silva), nem sequer para a tirania dos números (esses traidores) com que nos presenteia a economia indígena do sr.
Sócrates & amigos. Temos os
Bessas (um deles ou todos por atacado) para nos elucidar e o dr.
Metelo para nos iluminar. Para declinar o bom gosto e a honestidade intelectual desses cómicos da economia & finanças, não contem connosco. Consintam, apenas, que evoquemos (neste "
cenário de guerra" à la
Rui Pereira) esse ser extraordinário, esse boticário de aldeia, essa gravura imortal que é o sr.
António Serrano, agricultor. Bem-haja pelas suas maquinações sobre a "lavoura" e a sua
melodia sobre os fogos. Apenas não se compreende como a (bela)
f. Câncio, jornalista de faca e alguidar, nas suas costumeiras dicções prosaicas ao génio do sr.
Sócrates, não guarda na alma e na harmonia do verbo uma qualquer escrita épica ou poema heróico, ou uma simples ode, a esse fantástico mártir da governação. O cavalheiro merece o fragor de uns linguados. Podem crer!
Jamé mencionaremos, portanto, a distinção (ou um suspiro sequer) feito ao distintíssimo doutor-mestre-conferencista
Manuel Pinho, o egrégio portuga que irá
marinhar nas terras de tio
Obama.
Gloria in excelsis, sr.
António Mexia. Depois da converseta sobre o fim das reprovações no ensino (gentileza da dra.
Alçada) o caminho seguinte seria por o mestre-escola a pagar para leccionar qualquer coisinha. O que se verifica.
Gracias,
EDP!
E, assim, o nosso exquisito veraneio (veja-se a foto
acima) terá sempre a leveza de um ganhão de campina (estamos aqui, mestre
Jakim), convenientemente monologado no respeito de “
braço às armas feito” [
Camões, com a nossa estima] & segundo a tradição da velha (nova)
União Nacional, que o “
respeitinho é muito bonito” (não é?). Para já (re)começamos a ler esse
livro de culto do dr.
Vital e do dr.
Canotilho, “
a Constituição instruída do dr. Cavaco Silva”. Estamos sábios, contentes! E veraneantes!
Um
beijo & um
abraço (conforme o repertório).