quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A IGNÓBIL PORCARIA


"Don't cry for me, sr. Sócrates”"

Depois de rápida e fugitiva converseta sobre o futebol paroquial, o indígena (o bom) faz agora a sua extraordinária aposta sobre a magna questão, a saber: deixa ou não, o farcista sr. Passos Coelho, passar o Orçamento de Estado do inútil sr. Sócrates & amigos? A confissão do indígena (o bom), mestre em contemplações transformistas, é de engolida camaradagem e prenhe de sublime consciência patriótica. Como sempre!

Os do horto do PSD – sempre com esses estéreis jovens laranjinhas no vestíbulo – garganteiam as verdades reveladas pelo sumido (quanto discreto) eng. Ângelo Correia, maître à penser do colégio liberal. O infalabilismo do desolado Miguel Relvas – consultor estrugido para os media – marca o compasso da claque. Essa geração, a limpar a testada aos veneráveis incompetentes d'antanho e depois de ter andado com o sr. Sócrates & amigos ao colo, aposta no Não ao orçamento. Os fervorosos liberais do sr. Coelho querem (agora!) a vassourada. Outros não vão nessa fancaria. A sra. Ferreira Leite – da outrora saudosa Mercearia Leite, Corte & Deficit – já viu a tragédia disto tudo. O dr. Pacheco Pereira, confirma!

O indígena (o bom), depois do violento choque que herdou desse cantador de feira e incompetente Teixeira dos Santos, entende ser, agora, a situação escabrosa e a prelecção dos notáveis inacreditável. Mais, perante a outrora devoção do dr. Cavaco ao grémio do sr. Sócrates & amigos - com apoio resplandecente dos talentosos economistas pátrios – o gentio não vibra, em demasia, pela audácia da sua pirueta. Afinal o inútil sr. Sócrates há muito que devia ter sido despedido, por justa causa. Agora – dizem – nem o sr. Mourinho nos salva, seja lá do que for.

Os do horto do Largo do Rato pintaram em 15 anos, de absoluto miserabilismo económico e de alardeada ditadura intelectual (o sr. Santos Silva, ainda existe e escreve – pasme-se!), a chalaça do "oásis", uma paróquia imitada do cavaquismo, esse deslumbrante salto histórico e civilizacional. Asseguram aos contribuintes os da seita dos economistas. Manifestaram em jornais, Tv’s e blogs, em estilo de corte, os bardos que vivem à conta do Estado e de quem trabalha. Tais alucinados, com o sr. Teixeira dos Santos em vertiginosa incompetência económica à cabeça, numa criação muito clássica e redentora, massacram os paroquianos com a chalaça da crise mundial, coisa nunca vista, misteriosa e de maus costumes.

Venceram-nos pela fadiga. Nunca a prisão ou uns bons açoites nos vai limpar a alma. É tarde! A ignóbil porcaria será sempre esse negócio escuro, essa agonia de nunca sermos civilizados, fraternos, livres. O obscurantismo será sempre a nossa tragédia. Nós aqui perdidos a Ocidente da Europa.