terça-feira, 13 de julho de 2010
SEMANA PAROQUIAL
"Já não há malhadas nem cantigas, não há desfolhadas nem beijos às raparigas"
- a semana começou com dor de ouvido. Quando se ultimam as ceifas dos cereais (os bons primos alentejanos estão de sacrifício), se continua a poda vida e no jardim vai de se semear, eis que o chefe da exploração do PSD arranca com as chamadas "jornadas parlamentares". Nem o banho aos pés com farinha de mostarda ou algodão canforado nos ouvidos combateu a moléstia. É por demais sabido que o "bom lavrador é sempre o melhor soldado", mas este mau tempo de Julho está repleto de amadores patéticos. Afinal, se na moita já farejava o sr. Sócrates & amigos para que é que o sr. Passos (promíscuo do sr. Sócrates) vai de ocupar a tapada de S. Bento?
- nas ditas "jornadas parlamentares" do sr. Passos, onde ao que dizem sopraram aragens das várias botinhas à la S. Comba Dão, avultou o comediante Campos e Cunha, o cavalheiro Ernâni Lopes (que tirou vários coelhos da cartola) e o inefável Vítor Bento. Pouco originais, todos a viver das migalhas dos emolumentos que patrocinaram quando foram governantes, peroraram as "mudanças necessárias", exactamente no mesmo dia em que se sabe que a economia paroquial estagna, que a oficiosa Moody’s acaba de rever em baixa o rating português e que o Orçamento para 2011 está no confessionário da União Nacional. Entretanto, desabrigado dessas desditas, o sr. dos Passos Coelho faz o roteiro da revisão constitucional e do seu próximo assalto ao Estado. Na ocasião os comentadores (próximos penduras da governação) afinaram, chorando em uníssono, a necessidade de um gabinete de União Nacional, num cenário que vai do sr. Salgado do BES ao inconfundível intelectual Manuel Pinho. As bodas governativas do sr. Passos Coelho são uma canseira, de ir às lágrimas! Ó Teixeira, dá-me a gravata!