O Hooligan Instruído do FCP È singular o padecimento da alma futebolística no
hoolingan ... perfeitamente instruído do
FCP. Fala-se, como é evidente, do restaurador de jogos que, na sua crença profunda, revela os mais inebriantes prognósticos no pós-jogo ou estabelece máximas graves & extraviadas face à derrota sofrida. A paixão vilã do
hoolingan é deliciosa. Como a paixão. Ou o mau perder. O jogo último do
FCP contra o
Benfica capricha de hipocrisia discursiva, bem à moda do mausoléu das
Antas.
Incitado a comentar o desaire do
FCP, o
hoolingan instruído do futebol, torna-se refém dos mais variados artifícios explicativos. Ele é insultos académicos ao treinador (uma besta tacticamente), declarações requintadas à família dos jogadores, quando não se vira sentimentalmente contra o árbitro. No seu dramatismo mimoso o
hoolingan é uma puta fina. Na análise protestatória, o despachado
hoolingan é um cobarde intelectual. Nunca o adversário é melhor. Nem a direcção da sua agremiação alguma vez existiu. A cacofonia é sempre em relação aos jogadores e treinadores. Manias intelectuais, evidentemente.
Armado em campeão da província, o adepto do
FCP recorre a tudo que seja ardiloso desde que o deixem continuar a prestar vassalagem ao compadre que habita, genialmente todos os dias santos, na
Torre das Antas:
Jorge N. Pinto da Costa. As inocentes ovelhas do Papa azul têm essa ternura saloia. Que se conservem assim devotos.
Deixando de fora a gentalha arruaceira azul e branca, meia dúzia de intelectuais amuados & uns tantos mais à beira de um ataque de nervos, atente-se nessa luminária do jornalismo desportivo, de nome
Bruno Prata & funcionário do senhor
Zé Manel Fernandes. É já um
study case nacional. Para o colunista, em menos de 2 horas de futebol, a extraordinária equipa de futebol do
FCP passou de bestial a simples besta, treinador incluído. A equipa com o "
melhor meio-campo da Europa", desapareceu em viscosas partidas. Duas tristes horas de futebol, apenas, revelaram a máscula análise e a verborreia desse
hoolingan do
FCP. A escolta guerreira construída pelo
vate Pinto da Costa para o futebol (em dois anos mais de 50 jogadores), mais os vários treinadores empolgantemente contratados, todos muito me(
r)drosos, todos demasiado inúteis, nada dizem ao vendedor de equipas,
Bruno Prata. Na sua lide doméstica jornaleira,
Prata é somente um disparatado
hoolingan. Para a análise do futebol do
FCP, um só
Manuel Serrão basta. Dois são demais.
Nelson Rodrigues, nos tempos idos de 1958, sobre a selecção brasileira caída em desgraça, dizia: "
O problema do escrete não é mais futebol, nem de técnica, nem de táctica. Absolutamente. É um problema de fé em si mesmo". E teve razão (por uma vez). Ora tal é o problema do
FCP: fé. Só que doutro modo. A fé, ali para os lados das
Antas só nascerá quando a fé da invocação
Pinto-Costista acabar. Porque, para messias & outros sujeitos sebásticos já tempos que sobra: o prof.
Aníbal de Boliqueime. A nação não suporta um, quanto mais os dois.