sexta-feira, 29 de dezembro de 2006
FELIZ ...
Feliz ...
"... é o meu amigo: comprou uma cadeira de balanço e está na fase de namoro com ela (...) Deve ser cômodo ler um jornal em cadeira de balanço. E além do mais, já estou na idade de descansar"
[Carlos Drummond de Andrade, Cadeira de balanço]
sábado, 23 de dezembro de 2006
FELIZ NATAL
Feliz Natal
"Porque os caminhos são longos
E os carreiros que a eles vão dar são misteriosos
A razão atraiçoou-nos.
Pensámos que Deus dera o dever de desprezarmos:
A noite sem estelas cobriu-nos
Enquanto o Senhor se mostrava a cada esquina.
Misterioso como príncipe encantado"
[Ruy Cinatti, Nós não somos deste mundo, Ática, 1960 - desenho da Missa do Galo, Açores, in Alma Nova]
HOJE ... ANDAMOS ASSIM!
"Deixem-nos trabalhar" [Cavaco Silva]
"Do peru, está tudo dito. Elefante de aviário, o peru não aguenta mais apodos. Podemos, no entanto, garantir que o peru rupe, que não é mau com puré e que, embora prue, morre muito com urpe.
O melhor peru é o do vale do Epru. Mas não paga a pena mandá-lo vir de lá. Chegaria a vossas casas sem aquele 'repu' que o caracteriza. Podeis, perum, supermercá-lo: vitaminado, vacinado, pesado, congelado, embalado, carimbado, comprovado.
Aproveitai, no presente de Natal, este superperu, que, para o ano, vendê-lo-ão já mastigado, em bisnagas cheias de préu."
[Alexandre O'Neill, Peru, 1981]
quinta-feira, 21 de dezembro de 2006
PRENDAS DE NATAL
V. Excia deseja um presente evocativo, que trespasse de pavor e frémito o seu amigo(a) ou familiar, sem pieguices e absolutamente expressivo de virtudes humanas? Pois, V. Excia, tem à sua disposição uma oferta única e desenganada: uma TV admirável de modernidade. Na compra leva inteiramente grátis o génio (e as faces) do ilustre bando dos quatro. Numa loja perto de si. Stock limitado.
PS: não dispensa o prazer da leitura do prospecto, com assinatura Luís Amado.
O CORAJOSO ENG. SÓCRATES
Hoje foi dia de exposição política. No cadeiral de S. Bento não houve tumulto nem sedição alguma. Não vimos isso, nem haveria arrojo para tanto. O anfiteatro dispensa tais delírios, aliás respeitáveis, quando se está de governo e se tem convivas já defuntos. Naquela casa de fadas, o eng. Sócrates, semeado de rosas pela bancada da União Nacional, celebrou, ex-ante, a missa natalícia.
Ao seu lado direito, a cópia estava sorridente, grato de assunto, mesurando o dever de escrivão. Impecável, Silva Pereira revela nos olhares a entusiástica admiração pelo governador da paróquia. A inclinação, astutamente para a esquerda, era encomendada pelo dr. Santos Silva. Do lado direito do engenhoso leader, disfarçado de ministro, estava a cabeça das corporações académicas, o senhor Mariano Gago. Reputado e saudável. Enquanto isso, a ala esquerda do partido rosa no governo, sem forças e sem verve, passeava cabisbaixa pelos Passos Perdidos. Entretanto, Marques Mendes não atinava com a prosápia do abominável Sócrates. O homem não se levanta, mesmo quando a agremiação do governo se deleita com inenarráveis salazarices. E lá correu a soirée, entre aclamações, vivas e olés.
Esta posta não ficaria sugestiva se, para nossa glória e bem à maneira do espiritualíssimo Bettencourt Resendes, não registássemos o memorial do eng. Sócrates. Este, em resposta a uma malvadez qualquer da canalha da oposição, e mal tomando a cadeira do discurso, logo avisou, com autoridade, ambição e insolência, que era corajoso. Muito corajoso. Retorcidamente corajoso. Bravo como um soldado. Era a primeira vez que um primeiro-ministro adulava e tomava por suas as palavras dos Bettencourts Resendes. Tal empréstimo será doravante a bula Socrática. Não há nenhuma ERC ou ERSE, qualquer ministro Manuel ou Pinho, ou até mesmo um simples secretário de estado, que faça cair a soberba lúcida & grotesca do eng. Sócrates. Coisa de pasmar!
BOAS FESTAS E FELIZ ANO NOVO!
O Almocreve das Petas
Cumprimenta e saúda os Seus Fornecedores e Amigos e anuncia-lhes que tem à sua mercê um estimado sortido de livralhadas para brindes de Natal e Ano Novo.
Aproveita a ocasião para desejar aos estimados Fornecedores votos de Boas Festas e de Feliz Ano Novo.
Saúde e fraternidade
PS: foto da Livraria Barateira (Lisboa), graças à qual temos vindo a construir uma vida farta, copiosa e saudável. Graças!
terça-feira, 19 de dezembro de 2006
ANÚNICOS GRATUITOS
O rato de automóveis não se reforma como o rato de hotel
Ao volante do Supercarro, o rato Super-Homem espatifou-se. Antes de morrer, chamou pela mãe.
«Tira a pata!» disse um rato que encontrou outro rato a roubar o seu automóvel. Brigaram. A cem metros, um guarda-nocturno tilintava as suas chaves.
[Alexandre O'Neill, Dos ratos e dos Carros]
CONSELHOS AO MORDOMO
"Se servir as bebidas, tenha maior cuidado em poupar trabalho, assim como a garrafeira e os copos de seu amo. Por isso, como se pressupõe serem amigos todos quanto jantam à mesma mesa, faça com que bebam pelo mesmo copo, sem o lavar, o que lhe evitará muita canseira, assim como a possibilidade de os partir (...)
Limpe as pratas, esfregue as facas e sacuda o que estiver na mesa com os guardanapos e as toalhas que tiverem servido, na altura, porque nem sempre é dia de lavagem, além disso poupará os esfregões e, como recompensa de tanta economia, acho que o mordomo pode, com toda a legitimidade, usar os mais lindos guardanapos como gorro de noite (...)
Mandam-lhe decantar uma garrafa suspeita? Quando estiver aí a meio, dê-lhe uma sacudidela a preceito e mostre, num copo, que o conteúdo começa já a aparecer turvo (...) [meta o dedo em todas os gargalos, para ver, se as garrafas estão cheias; é o método mais seguro, porque nada há como o tacto]
Quando, meu caro mordomo, um convidado se retira, tenha a preocupação de se pôr bem à vista e de o acompanhar até à porta, e, assim que tiver oportunidade para isso, fite-o bem na cara, com o que poderá ganhar um xelim (...)
Feche, todos os dias, um gato, no compartimento onde se guardam as porcelanas, não se dê o caso de os ratos se meterem lá dentro e escaqueirarem a louça toda (...)
Amole as costas das facas de modo que cortem tanto como o gume; isto terá a vantagem de os convidados poderem experimentar o outro lado se lhes parecerem embotadas; e para mostrar que se não poupa a afiar facas, passe-as tanto que gaste boa parte da lâmina e até mesmo o punho de prata. Isto aumentará o bom nome de seu amo, como indício de casa bem governada, e o ourives poderá, algum dia, ter consigo uma lembrança
[Jonathan Swift, in Preceitos para uso do pessoal doméstico, Estampa, 1979. Nota: sublinhados nossos]
REVISTA PRELO
"pensar no presente, na certeza de que nenhum passado chegará para redimir a sua eventual omissão ou incapacidade, mas convictos também de que aquilo que foi antes interroga e de algum modo responsabiliza o que é hoje"
[Prelo nº1, Outubro, 1983]
Estimada revista (trimestral) da INCM, publicada a partir de 1983 (agora na sua III série), sob direcção inicial de Diogo Pires Aurélio.
domingo, 17 de dezembro de 2006
ANÚNCIO
Aviso totalmente gratutito:
Informam-se os nossos estimados Leitores e as nossas Ledoras (de paixão) que o ab(uso) do Governo faz mal à saúde e provoca impotência. Havendo o propósito de andanças mui alevantadas ou de entretimentos mui destemperados, é mister que tudo o que seja "sotto coperte" o seja pouco suspeitoso. Eis a boa doutrina.
Boa noute!
sábado, 16 de dezembro de 2006
CATÁLOGO DE LIVROS
Catálogo LVI da Livraria Moreira da Costa
Saiu o Catálogo LVI da Livraria Moreira da Costa (Rua de Avis, 30 - Porto). Peças esgotadas, algumas raras. Pode ser consultado on line.
Algumas referências: Os Intelectuais Galegos e Teixeira de Pascoaes. Epistolário, por Eloisa Alvarez, 1999 / Annaes da Sociedade Promotora da Industria Nacional (contém listagem dos seus membros, em 16 de Maio de 1823), Impr. Nacional, 1822 / A Arte Popular em Portugal (dir. de Fernando de Castro Pires e Lima), Verbo, VI vols / Estudo de Clínica Therapeutica das Aguas d'Entre-Os-Rios, de A. M. Sousa Baptista, Porto, 1915 / O Rancho de Carqueja, de António Francisco Barata, Coimbra, 1864 / Diccionario Chorographico de Portugal ..., por E. A. de Bettencourt, Lisboa, 1874 / Boletim do Instituto de Angola, 1953 (nº1, Jul-Ag-Set. 1953) a 1960 (nº 14, Jul-Dez) / Bulletim des Campagnes Scientifiques, de D. Carlos de Bragança, 1902 / Os Lusíadas (com pref. Hernâni Cidade), Artis, 1956 / Leitura para letrados, pelo Visconde de Carnaxide ("compreende a presente colectania determinadas teses juridicas"), Coimbra, 1925 / Tratado da Propriedade Literária e Artística, pelo Visconde de Carnaxide, Porto, 1918 / O Dólmen da Barroza, pelo General Mesquita Carvalho, Porto, 1898 / Dispersos de Camillo, por C.C.Branco, 1848-1852, V vols / A Rússia de Hoje e o Homem de Sempre, de Leonardo Coimbra, 1935 /Problemas da Economia Nacional, de Constâncio Roque da Costa, 1909 / Questões Económicas, Financeiras, Sociaes e Coloniaes, por C. Roque da Costa, 1916 / O Anno Politico (1896), de Fernandes Costa, 1897 / In Memoriam de Ferreira de Castro, Braga, 1976 / L'Hypnotisme, por Gilles de La Tourette, 1887 / "Livro das Communas" [trilogia: o parocho (com pref. Camilo), o mestre-escola e o administrador], por Roselly de Lorgues, 1868 / Diccionario Geographico Abreviado de Portugal e suas Possessões Ultramarinas, por Fr. Francisco Dos Prazeres Maranhão, 1852 / Promptuarium Juridicum, P. Bento Pereira, 1664 / Código Pharmaceutico Lusitano, de Agostinho Albano da Silveira Pinto, 1858 / Carta Directiva, por Affonso dos Prazeres, Coimbra, 1765 / A Velha Casa, por José Régio, 1945-1966, V vols+1 vol (Vidas são Vidas, rascunho do 6º romance)
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
ALMANAQUE REPUBLICANO
Almanaque Republicano - Actualização
A demanda da Alma Republicana renova-se, cada vez mais vigorosa e alevantada. Para ledores que o tempo habitou, para aqueles que as dissoluções passadas são ainda o temp(l)o educativo, para todos os grémios que resistem, temos a modos que argumento:
O Mundo Fascinante de Lima de Freitas; bibliografia e artigos da revista Vértice de Flausino Torres; Efemérides Republicanas do mês de Dezembro; biobibliografia de António de Oliveira Marreca; extractos de textos de Flausino Torres; anotação sobre o falecimento de Alfredo Pereira Gomes (1909-2006); novas Efemérides Republicanas para Dezembro (em continuação); leituras sobre Capitão Barros Basto; biobibliografia de Albano Coutinho (membro fundador do Partido Republicano); biobibliografia de José Caetano de Amorim Benevides (jurista natural de Loulé); foto da redacção do jornal O Mundo, no funeral do seu director França Borges (por Joshua Benoliel); um post-nota sobre o descerramento da lápide em nome da vítimas dos tribunais plenários (que alguns pretendem branquear), organizado pelo Movimento Cívico 'Não Apaguem a Memória'.
Eis o Almanaque Republicano. Ao V. inteiro dispor!
Saúde e fraternidade
terça-feira, 12 de dezembro de 2006
COLISEU & O FANTÁSTICO CHANG
Vem este acrescento a propósito de cativas reminiscências que ditosas preces & freguesias viciosas nos elevaram no dia d'hoje. Basta recordar-nos dos "mundos dos impossíveis" ou poder louvado que, felicidade nossa, fizeram luz (ou Lux, conforme as criaturas) na nossa fabulosa vetustez. Coisa antiquíssima essa - a ida ao Coliseu. Diabólicos magos, a celebre mulher das barbas, a civilização por num dia, o palhaço pobre, os animais amestrados, o malabarista prodigioso (versão Teixeira Santos), o domador bíblico, o faminto leão (d'Alvalade, é claro!), a bailarina sequiosa. Tal como hoje, um mundo de vitalidade. Basta acompanhar o martírio dos colunistas, os textos obscuros do Azeredo Lopes, via comissão de exame prévio ou dita ERC, a languidez do dr. Cavaco ou a doutrina caseira do fenómeno Sócrates, a letra sensorial de João Miranda & as pinochadas d'O Insurgente. Abençoado Coliseu.
PS: em prece social(izante) enviamos os votos de Boas Festas à gerência.
PORTUGAL - DO QUE É PORTUGAL
"Não há mais que silêncio em toda esta cidade. Silêncio e fome. Acabo de percorrer toda a Rua do Ouro e a Rua Augusta e reparei que ninguém falava, As pessoas cruzam-se em silêncio, e mesmo que se conheçam não se cumprimentam; e nem no Chiado, onde está o maior comércio, ouvi uma só voz. Que silêncio. Que diferença entre a ruidosa Madrid e a cidade de Lisboa (...)
Que fazer para sobreviver num lugar onde bem sequer se pode pedir esmola em voz alta, porque é considerado como um estrago de riquezas. Que fazer ..."
[Reynaldo Arenas, O Mundo Alucinante (de 1966), Dom Quixote, 1971]
CONSELHOS AO PORTEIRO
"Se estiver ao serviço de um Ministro de Estado, seu amo só se encontrará em casa para o alcoviteiro, o lisonjeador-mór, os escritores que subvenciona, o espião e o informador sob contrato, o impressor em serviço activo, o solicitador, o corrector ou inventor de novos fundos, e o usurário"
[Jonathan Swift, in Preceitos para uso do pessoal doméstico, Estampa, 1979]
segunda-feira, 11 de dezembro de 2006
TERTÚLIA ANTIGA
Um grupo de notavéis na Brasileira do Chiado (1928): à mesa, em amena converseta, podemos ver Teixeira de Pascoaes, Matos Sequeira, Jorge Barradas, Benoliel, Teixeira de Vasconcelos e Augusto Ferreira Gomes.
domingo, 10 de dezembro de 2006
IN-LIBRIS - CATÁLOGO
Montra de Natal da In-Libris - catálogo
Eis a "Montra de Natal" da In-Libris (Porto). Depois do Catalogo de Natal, propriamente dito, temos novas peças. E apresenta algumas bem raras e outras bem curiosas: a edição completa da rara, estimada e valiosa revista Presença (ou Folha de Arte e Crítica, de Coimbra, 54 numrs), num "estojo em inteira de chagrin"; a Manhã Submersa de Vergílio Ferreira; a Nova Escola para Aprender a Ler, Escrever, e a Contar, de Manuel de Andrade de Figueiredo, excelente para revisitações e comparações para este insano tempo educativo; um outro para linguísticos cheios de graça, o Diccionario Portuguez e Latino, de Pedro José da Fonseca, impresso nos bons anos de D. José; desenhos de Almada Negreiros; o estimado Dictionnaire Universel de la Geographie Commerçante, de J. Peuchet, 1799-1800; a Vinha e o Vinho de Batalha Reis; o estudo de Mário Simões dos Reis, A Vadiagem e a Mendicidade em Portugal, de 1940; o Povo Português, estimado livro de Bento Carqueja, 1916; e muitos mais.
A consultar on line.
REINA A CALMA EM TODO O PAÍS
Nesta quadra natalícia, onde as lamúrias são infantilmente sonegadas (obra do incansável Silva Pereira) e os danos bem diluídos em irónicos fait-divers, não se sabe bem quais os mais astutos dos posporrentes. Se bem que tal não importune os indígenas - entretidos em futebóis, nas sandices de Carolina Salgado & Pinto da Costa, ou em visitas às dunas da Caparica - nota-se que, duma assentada, desponta um raminho de opinion-makers e jornalistas amestrados, que é um regalo ver e ler.
Para acompanhar o raminho saltareco (o bloco central sempre gerou estas graciosas criaturas), que como praga se instala por todo o lado (e, curiosamente, até nos jornais e blogs), surgem por aí uns ladrilhadores políticos ou económicos que espantam pela monotonia do espectáculo.
Está neste caminho de audácia o arrependido Silva Lopes, em jogo de braços contra o BCE enquanto namorisca (ainda e sempre) o PEC, e mais uns economistas disfarçados, inchados de nada entenderem do que se está a passar. Todos eles, em delicados pensamentos, escandalizam-se com o aumento das taxas de juro do infame BCE. A cacofonia não chega sequer à fronteira. Podemos descansar. O eng. Sócrates agradece o zelo académico, depois da consoada.
Com outro sabor, Sócrates, o ainda presidente do partido socialista do governo, para subliminar, propõe uma "new direction" na "agenda entre a Europa e os americanos". Assim mesmo. Os indígenas americanos, obscenamente, dispersaram em paz. Nós por cá esperamos que o engenheiro responda, se este nosso pragmático amigo o permitir, à pergunta de algibeira: ouve ou não conivência do Estado português para o sequestro de cidadãos pela CIA? Ah! E faça-nos a fineza de mandar o atrevido Jaime Gama a banhos, principalmente quando temos visitas da Europa civilizada. Agradecido!
Enquanto isso o inefável Luís Amado anda atrás do "paradigma pós-colonial" perdido. Fantasias natalícias. Do mesmo modo, eis que aparece a fronte enlevada de Judite de Sousa a jurar que a "senhora Maria Cavaco Silva [podia ser] a Hillary Clinton" portuga. Extraordinário. A intensidade da época natalícia é uma chiadeira. Note-se só, como o ungido Cravinho (o pai das Scuts) vai de esculpir para o território doméstico a futurista "italianização", via lugarejo da corrupção. Com efeito, a trovoada de ditos e fait-divers é, deveras, incomensurável que nem é preciso esperar pelo festivo Alberto João para os encómios natalícios. Não há estação tão mundana como esta. Nem alarido. E o país? Que será feito dele!?
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