domingo, 11 de dezembro de 2005


Fomos de romaria à Catedral & aviámos uns "bifes" ingleses

"Que aquelas altas vozes que lá soam ..." [Camões]

Afogueados pelo cansaço de todos os caminhos não serem rectos, estamos de regresso. Da antiquíssima Catedral da Luz & ainda em tempo festivo. Justo foi desembainhar a espada do engenho e comemorar essa notável noite em que o Glorioso educou os indígenas do Manchester. E celebrar em depravação total.

Antes, uma romaria, lucidamente vermelha, invadiu Lisboa, quarta-feira passada. Todos os caminhos davam à Catedral, para ver os "bifes" do senhor Blair. A A1 entupiu de magnificência. Vimos passar famílias completas. Ataviadas de filhos, comida & bebida. Um verdadeiro hino colectivo. A pátria ressuscitava, finalmente. A nação, também.

Aos 5 minutos, por deslize óptico, os rapazes alourados marcaram. Sem saberem como, deve ter confessado Sir Alex Ferguson ao Queirós. Depois, os nossos artistas abriram o jogo e a sangria feita aos Neville, O'Shea, Giggs and Rooney foi memorável. E a reviravolta apareceu. Sir Ferguson ficou lívido e silencioso. Logo ele que tanto prega. Conseguiu-se, entretanto, a façanha de arrastar o ilustre Ronaldo para fora das quatro linhas, para ter tempo de visitar o horto d'Alvalade. Pelo gestual simbólico utilizado pelo rapaz do Manchester, durante a sua saída, deve ter gostado da ideia. Há coisas que nunca esquecem. A nós também não.