domingo, 15 de maio de 2005


Habemus Campeão

Não sabemos se gostámos mais da infinita paciência com que o tricot encarnado baralhou a indiferença pelo jogo dos lagartos d'Alvalade ou se, por graça divina, devemos fazer afectuosa genuflexão perante o chouriço de Ricardo.
Perante o acampamento leonino no meio do terreno de jogo - sempre essa sedução de querer ver a Catedral, com calma e respeito - só por milagre a lagartagem podia ganhar. Ou por qualquer desígnio de Paulo Paraty.

Ao que parece, alguns fundamentalistas verdes, em observância ao receituário do horto d'Alvalade, juram que o lance do golo do gigante Luisão foi precedido de falta. Quer dizer, assinalam, não a falta de jeito de Ricardo mas sim a presença de uma putativa cavalgada do príncipe das alturas sobre o irreflectido guarda-redes, demasiado verde em saídas aéreas. Ora o espanto e horror dos adeptos do Sporteen é um gemido agonizante. O golo foi nítido de inocência. As regras & a cartilha do futebol não contemplam qualquer socorro ao confundido Ricardo, que num acto curioso implora ao árbitro por mão de Luisão. Oh, dor pungente! Ah, fatalidade! Eia, lagartos!

Dissemos: "Iremos ao Marquês!". E fomos. A sentença estava dada. P'rá semana, queira ou não o sr. do Apito das Antas, generosamente subiremos todos os degraus. Seremos íntegros vencedores. Com a fidalguia. E honradez. Inté!