segunda-feira, 15 de setembro de 2003

AOS AMIGOS



Amo devagar os amigos que são tristes com cinco dedos de cada lado
Os amigos que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos,
com os livros atrás a arder para toda a eternidade.
Não os chamo, e eles voltam-se profundamente
dentro do fogo.
- Temos um talento doloroso e obscuro.
Construímos um lugar de silêncio.
De paixão.


[Almocreve, esperando o próximo livro de Herberto]