Não temos o prazer de conhecer a senhora jornaleira Helena Matos, mas do que lemos parece-nos sempre que está entre a pretensão de querer ser uma VPV de saias, com menos corpo e menos espírito, menos polida e menos escorreita de linguagem. Durante a intervenção ianque no Iraque a senhora que escreve n'O Público estilhaçou todos os argumentos em defesa da política bushiana várias vezes, tão soez foi na argumentação. Depois fica-se sempre no enfado de ler muitas linhas sem qualquer gozo de escrita. Helena Matos é frígida na linguagem. Gela-nos o estímulo da fruição intelectual. Ficamos castrados de tanta palavra, sem nexo algum.
Há pouco tempo meteu-se, sabe-se lá porquê, com a Maçonaria, todas elas e ao mesmo tempo. Tudo no mesmo saco meteu, com sempre o faz, sem polimento algum mas muito malícia, sempre. Esta semana, desata num berreiro contra a "reacção desadequada de Ferro Rodrigues" face ao caso Pedrosa, para finalizar na inadequada preparação do mesmo para o exercício do poder. Na página seis d'O Publico de sábado diz-nos sagazmente que, «a democracia não está agora em causa e o pior que o PS pode fazer é passar a imagem de que se considera acima da lei». Extraordinária evocação. Muito libertina por sinal.
A escriba, como muitos que escrevem por aí, entende que Ferro Rodrigues deveria, para efeitos performativos do poder, ser feito de uma massa blindada ás emoções da vida privada, numa clonagem do super-homem com os tomates de Margaret Tatcher. Compreende-se o que a senhora exige dos políticos. Mas suspeito que todos são, ainda, humanos. Quando alguns frios e cerebrais jornalistas, como o inefável Ministro da Defesa é exemplo, chegarem ao poder, talvez sim. Por ora fiquemos no campo dos humanos. Se der licença.