O Tratado preventivo e a carneiradaO sr.
Sócrates, com o dr.
Cavaco pela mão e o
fodaz Barroso de permeio, entendeu não referendar o
Tratado (dito)
de Lisboa. Fez bem! Muito bem!
Sabe-se como é difícil explicar à carneirada do
Largo do Rato qualquer retórica de teor constitucional (atente-se, apenas, no lustre intelectual do sr.
Vitalino Canas, para ver a dificuldade de tudo isso) e imagine-se, portanto, o trabalhão que seria ensinar a gramática do
Tratadus à canalha. Suspeitamos que nem o dr.
Vital Moreira, agora afincadamente a labutar nas
Novas Oportunidades Socratistas, conseguiria, mesmo com o auxílio (bestial) da labita do dr.
Miguel Abrantes, dar conta do recado. Os indígenas lusos são admiravelmente analfabetos, deliciosamente insanos, inspiradamente discretos para a coisa pública. E ficam emocionados no
acto referendário. Não o praticam. De todo!
Incapaz de analisar o que quer que seja - para as dúvidas e outras minúcias técnicas têm sempre à mão, entre outras prosas, a provisória opinião do dr.
Júdice, a oração presidencial do dr.
Cavaco ou a coluna enfatuada do sr.
Henrique Monteiro -, o nativo português não distingue a
substância do Tratado no meio daquele ajuntamento de palavras, perde-se nos
capítulos, não vê a elevação de forma dos seus
protocolos e corre as
emendas como se estivesse num arraial. Tal maravilha hermenêutica justifica o serviço pátrio do Senhor Presidente do Conselho de Ministros. E a ordem expressa do governo da
União Nacional, a todos os seus vassalos. Absolutamente!
Assim sendo, a
aprovação preventiva do
Tratado (dito)
de Lisboa, pelos óptimos cús alapados no cadeiral de
S. Bento, faz todo o sentido. Estamos, pois, com o sr. Presidente da União Nacional.
Bem-haja!