quinta-feira, 16 de novembro de 2006


Noticias do bloqueio

- alheio aos encómios ao governo, sempre mui bem estudados pelos jornalistas, a boa administração indígena pretende acabar com a Caixa de Previdência e Abono de Família dos Jornalistas. Muito bem. É o fim da propaganda rosa. Pode-se, desde já, dispensar o Silva Pereira, sempre se poupa uns eurozitos. Aliás, temos gente nos blogs que fazem esse trabalho sujo. O que impressiona na simpática classe é que trata as "regalias adquiridas" dos outros com desprezo, mas considera, na sua prosa saloia, que lhe querem acabar com os "direitos". Evidentemente, adquiridos. Viva a classe!

- o duplo de Sócrates, o enfant terrible Santana Lopes está de volta aos jornais, depois de ter andado extraviado. Parece que anda meio mundo, pelas boticas da política, a qualificar o homem e a sua obra (se se pode chamar isso em público) literária, referindo-se a ela depreciativamente. Não colhemos tal. O Lopes tinha direito ao contraditório, com ou sem atrevimento. E se anavalhou alguém, en passant, diremos: gostámos! Esperem só pelas percepções e realidades do seu meio-irmão, o eng. Sócrates, daqui a algum tempo. Talvez o reverendo prior do Rato, Jorge Coelho, não se engasgue, então.

- Carmona Rodrigues, o prodigioso edil de Lisboa, em peleja de martírio & dissimulação, retira os vínculos profanos à dra. Nogueira Pinto. O Carmona de Lisboa é um obstinado generoso. Irradia confusão, desleixo e inaptidão em tudo. Daí que os lisboetas o tenham reconhecido como um dos seus. Parabéns, alfacinhas!

- a malícia da economia e a praga financeira, continua a fazer das suas. Tanta gente a adorar o controle orçamental, era fatal. Quando exaltados funcionários do governo, de momento travestidos de académicos ou directores de jornais, vindicavam a boa pratica orçamental, era evidente que a coisa não tinha satisfação merecida. A não ser que o tapete rosa fosse elástico, não se via onde podiam esconder as maleitas. Agora sabe-se!

- a tragédia da educação e ensino em Portugal, não tem fim. O raminho de eduquês que está frente do Ministério cumpre a sua bizarra missão com expedientes curiosos. Depois de ter impressionado os indígenas acabando, definitivamente, com a profissão docente, eis que os quer transformados em empregados domésticos ou homens a dias da criançada (para milagre dos papás). Enquanto isso, as aulitas d'inglês (sempre tão iluminadas pelo padrinho Jorge Coelho) são leccionadas por qualquer bicho-careta, sem habilitação alguma, sendo uma excelente fonte de receita para empresários privados. Entreter a miudagem é preciso. Trabalhar e aprender, nem por isso. Eis o ensino do eng. Sócrates.