segunda-feira, 18 de setembro de 2006


Sol-e-dó

Por um lado o soltador arq. Saraiva não se saiu bem nas entrevistas televisivas a que se voluntariou. Esteve resinoso demais com Balsemão (soledades?), gracejou com o BCP (ou foi com os telespectadores?) e terminou incomodado com o surto de DVD's e publicidade do Expresso. Não se devia ter entretido em solapamentos antigos, nem caído como um qualquer infame soldadesco, na agitação do dr. Balsemão.

Por outro lado, o solevado arq. Saraiva ganhou a aposta. O jornal vendeu como pãezinhos quentes. Em qualquer soleira ou banca de jornais, o jornal esgotou. Será para solidificar? Veremos, mas seria bem melhor caminhar em solipé. Os rapazes do dr. Balsemão, sabe-se, andam soluçantes. Mas é de suspeitar. Soliamente bastaria ao dr. Balsemão enlaçar todas as semanas, ao seu jornal, uma qualquer iconografia de Scarlett Johansson (mesmo que estivesse ao colo do dr. Marques Mendes) para que o arq. Saraiva fosse para o desemprego. Há mulheres tão solarosas, que não têm perdão. Eu que o diga.

Por fim, o jornal soletreado letra-a-letra é uma alma gémea daquele feito pelo dr. Balsemão. Não inovou graficamente; apresenta textos como que solfejados do CM; tem uma revista de nome Tabu (a que propósito?) inenarrável, logo ali onde se deveria marcar a diferença com a Única (mãozinha do Rainho?); não tem uma secção dedicada à cultura (livros, música, cinema, teatro), o quer significar que não há clientes para tão estranha heresia. Será? Afinal que classes ou segmentos de público se pretende atingir? Que há de errado nisto tudo? Alguém nos diz? Agradecido.