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... Recuerdos do Rio de Janeiro
"Olererê, baiana,
eu ia e não vou mais ...
Eu faço
que vou
lá dentro, oh Baiana,
E volto do meio p?ra trás ..."
" ... O sertão é bom. Tudo aqui é perdido, tudo aqui é achado (...) O Sertão é confusão em grande demasiado sossego ..."
"... Apreciei demais essa continuação inventada. A quanta coisa limpa verdadeira uma pessoa de alta instrução não concebe! Aí podem encher êste mundo de outros movimentos, sem os êrros e volteios da vida em sua lerdeza de sarrafaçar. A vida disfarça? ..."
"... Sertão não é maligno nem caridoso, mano oh mano!: - ... êle tira ou dá, ou agrada ou amarga, ao senhor, conforme o senhor mesmo ..."
"... Sertão velho de idades. Porque - serra pede serra - e dessas, altas, é que o senhor vê bem: como é que o sertão vem e volta. Não adianta se dar as costas. Êle beira aqui, e vai beirar outros lugares, tão distantes. Rumor dêle se escuta. Sertão sendo do sol e os pássaros: urubú, gavião ? que sempre vôam, às imensidões, por sõbre ... Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e se abaixa. Mas que as curvas dos campos estendem sempre para mais longe. Ali envelhece vento. E os brabos bichos, do fundo dêle ..."
[João Guimarães Rosa, in Grande Sertão: Veredas, Livr. José Olympio, 1967]