domingo, 17 de abril de 2005
Remix sobre a reflexão semanal do Eng. Saraiva d'O Expresso
"Julgo que fui a primeira pessoa a escrever (...) que o PPD cortava a sociedade de alto a baixo (...) A misturada que o PPD representava (...) teve o azar de atrair muitos dos piores, dos mais interesseiros, dos que desesperadamente (...) representam a face obscura do PSD (...). O PSD só faz sentido se congregar Manuel Ferreira Leite... Isaltino de Morais, Alberto João Jardim... Mendes Bota... Fernando Ruas... Luís Filipe Menezes... Valentim Loureiro... António Preto... Tavares Moreira... Dias Loureiro... Morais Sarmento... Fernando Seara (...) Gente simples que (...) temia o comunismo (...) por um alto sentido do dever (...) gente de bem (...) preocupada com os seus mesquinhos interesses (...) tinham conseguido manter em respeito (...) os militante sérios (...) e ao qual gente com o mínimo de reputação não quereria pertencer (...)
Não tenho nada contra (...) os «socialistas elitistas e liberais» (...) só que com Sá Carneiro e Balsemão (...) eu vaticinei o contrário: (...) o PSD tornar-se-ia a curto prazo numa espécie de «associação de malfeitores» (com as devidas aspas), juntando (...) altos funcionários ressabiados, desempregados políticos (...) sem eira nem beira (...). Não quero com isto dizer que (...) Marque Mendes terá vencido a batalha (...) até porque, como todos sabemos, o poder não se conquista: o poder perde-se (...)
O PSD tanto é o partido de Cavaco Silva como de Santana Lopes (...). Mendes tem uma coisa e outra (...) o tempo não é de cigarras mas de formigas (...) até lá, o Partido Social Democrata vai ter muito com que se entreter (...). Cavaco Silva desistiu do poder e por isso o PSD perdeu-o. Guterrres cansou-se do poder e por isso o PS perdeu-o. Santana Lopes desbaratou o poder e por isso o PSD voltou a perdê-lo. Quando o PS se cansar ou desistir (...) o PSD regressará naturalmente ao poder (...) O próximo primeiro-ministro será, muito simplesmente, quem estiver a frente do partido quando o PS cair (...) Já a seguir às férias (...)"
[leitura infecta, nesta relaxação domingueira & prudentemente colegial, da bula do senhor director a discípulos reformados do tempo & da glória]