Livros & Arrumações
* "Alexandre Sá Pinto", pelo Dr. António Luiz Gomes, Lisboa, 1967. Trata-se de um conferência, proferida na Escola Industrial Marquês de Pombal, sobre Alexandre Sá Pinto, nascido em Gondozende, Esmoriz, a 7 de Dezembro de 1833. Refere que sai da sua terra, com 16 ou 18 anos, sem ter frequentado uma escola, a não ser "a escola da vida", em direcção à Baía, seguindo depois para Buenos Aires, por lá falecendo em 1926. Foi pintor e forrador de casas, compra e vende terrenos em Buenos Aires, sendo, à medida que a capital da Argentina se desenvolve, senhor de uma considerável fortuna. Consta que veio a Portugal duas vezes, sem passagem pela sua aldeia natal, morrendo solteiro e sem família directa. Pelo seu testamento foi contemplada a Escola Técnica Marquês de Pombal e a sua "similar" do Porto, a Misericórdia de Ovar, o Hospital de Santo António do Porto, bem como instituições em Buenos Aires. Por último é dito que pouco se sabe sobre Alexandre Sá Pinto, sendo que o nosso embaixador na Argentina dizia: "Ninguém sabe nada dele, ninguém o conhecia". O que não deixa de ser curioso. Conclui, António Luiz Gomes, por estabelecer um paralelismo do homenageado com outras personagens, como o Conde de Ferreira (enriqueceu no Brasil) e Rovisco Pais.
* importante separata da Revista da Universidade Técnica de Lisboa, nº12 de Dezembro de 1962, sobre "O Professor Doutor M. B. Amzalak", na data da sua jubilação (4 de Outubro de 1962). Estas Notas Biobibliográficas, com um retrato do antigo Reitor da UTL, referem os seus cargos políticos, a actividade docente, as sociedades científicas que fez parte, as comissões de serviços e, principalmente, apresenta uma extensa bibliografia de "livros, lições e apontamentos em revistas científicas". Divide-se em Economia, História das Doutrinas Económicas, História das Doutrinas Económicas em Portugal (mais de 60 títulos), Economistas Brasileiros, História, Discursos, etc. Nada nos é dito, mas sabe-se que o prof. Amzalak tinha uma importante e copiosa biblioteca, que foi vendida ao "desbarato", depois do 25 de Abril.