domingo, 13 de fevereiro de 2005

[Tudo ... absolutamente normal]

"O confiar acautelado, é desconfiança de prudentes" [Fr. João dos Prazeres]

A uma semana das eleições reais, e passe a desgarrada e indecorosa campanha em curso, que se presume seguirá dentro de dias, a questão reside em se confiar em demasia ou permanecer numa desconfiança prudente. Preferimos esta última.

Diante do que se pode suspeitar, assim o negócio eleitoral corra venturoso no seu marketing, o eng. Sócrates não terá a tão apetecida maioria absoluta. Culpa inteiramente sua. Por um lado está acorrentado à tralha Guterrista, de má memória, e que não soube ou não pode, prudentemente, afastar. Por outro, não sabendo como agir à sua esquerda, não frequentando as lições do eficaz D. Mário, instala a perplexidade e a impaciência a um eleitorado previsível. O voto de protesto não tem morada certa, como seria de esperar. Alguns pensam que sim, mas depressa entenderão que a repugnância Sócratica de alianças à sua esquerda, só pode representar o regresso da política do insanável queijo limiano.

No entretanto Santana Lopes tem uma horda de sujeitos à espera para uma limpeza geral. O seu partido parece que ainda existe, dizem. Temos sérias dúvidas dessa singular oferta, mais a mais com o Morais Sarmento, à rédea solta, tirando truques americanos das mangas, com o dr. Cavaco farto de garotices e com os reais sociais-democratas, que podiam fazer a diferença, virados para o prazer da sua vida profissional, nada resta. O dr. Lopes, aturdido pelos acontecimentos, está mais interessado na sua sobrevivência, pelo que não abandonará sem luta o próximo congresso.

Portanto, tudo absolutamente normal. Como era esperado. E o País!? Ah sim! Pois ... o País, com mais lamúrias ou maiores queixumes, lá irá, cantando e rindo. Como será de esperar.