terça-feira, 1 de fevereiro de 2005


Psst! Psst!! Ó Bruno Pratas!?

"Os fermosos limoens ali, cheirando
Estão virgineas tetas imitando
" [MB]

Gostamos, cá por casa, do profeta Bruno Pratas, o talentoso curveteador da tribo das Antas. Dia onde não se leia n'O Público a copiosa torrente de delírios do instruído jornalista do mundo do futebol é dia que nunca existiu. Acima do sofrimento pela falta das rogativas futeboleiras do Pratas só o anúncio do restabelecimento febril de Santana Lopes. O homem é uma autoridade. Um sobrenatural. Devia ser estudado nas sebentas. Consultado no parlamento. A graça futebolística com que foi fadado à nascença é uma fortuna e uma homenagem à virtude.

O seu cuidado no acolhimento de Del Neri foi um requiem assombroso. O Costa do Apito cedo reconheceu a palavra espiritual do vate, sucumbiu ao vidente e recambiou o italiano. Os indígenas das Antas congratularam-se pela bem-aventurança do Pai do Porto e deram 13 voltas às Antas em acção de graças. Nós, por aqui, ruídos de inveja, olhávamos enfastiados para o morgado de Alverca. Ultrajante.

Com Victor Fernandez veio o génio, a luz da verdade, a excelência do filósofo no relvado, a canonização. Entre o brotar de flores, cobrindo a Torre das Antas, o mestre Pratas esvoaçava. Nós, em pânico, depositávamos o olhar no missionário Trap. Desfalecíamos de vergonha.

Hoje, porém, o sábio Pratas desapareceu. Não pregou desumanidades por aí. Não foi nosso amparo celestial. Desapareceu. Inconsoláveis, fomos ler o programa do CDS/PP, um prosa gloriosa de César das Neves e as confissões de Helena Matos à garotada liberal. Mens sans em corpore sano. Sempre!