quarta-feira, 16 de fevereiro de 2005
Pessoa, os R. C. & a Golden Dawn [Para a I...]
Existem referências sobre o assunto em algumas em obras, entre as quais: "A Mentira Verídica", de Angel Crespo, Teorema, 1992 / "La vida Plural de Fernando Pessoa", de Angel Crespo, Barcelona, 1988 / "Rósea Cruz", por Fernando Pessoa [compilação de textos do escritor, por Pedro Teixeira da Mota], Ed. Manuel Lencastre, 1989 / "Fernando Pessoa e a Filosofia Hermética", de Yvette Centeno [com textos de F. P.], Editorial Presença, 1985 / "Estudos sobre Fernando Pessoa", de Georg R. Lind, INCM, 1981 / "A Procura da Verdade Oculta. Textos filosóficos e esotéricos", [org. textos por António Quadros], Eur-America, Livros de Bolso / "Portugal, Razão e Mistério", de António Quadros, Guimarães, 1986
O livro de Angel Crespo é curioso pelo seu texto "Yeats, Pessoa e o Oculto", onde é referido um conjunto de anotações em torno do relacionamento de F. P. com alguns dos mais importantes teósofos, protagonistas da Golden Dawn, etc. Por exemplo, citemos uma mensagem "espectacular e mais misteriosa" de Henry More (cabalista, cuja obra foi estudada por Yeats), recebida por F. P. por "meio de escrita automática":
"As minhas palavras estão pensadas para convencer. São palavras de um amigo, como sempre. És o centro de uma conspiração astral, o lugar do encontro de elementos de tipo maléfico. Ninguém pode imaginar o que é a tua alma. São tantas as presenças desencarnadas em redor dela que, de Aqui, parecem um núcleo do teu destino (...) Meu filho, este mundo em que vivemos - porque todos vivemos no mesmo divino lugar - é um marasmo de inconsequências e voracidades. São mais os homens perdidos que os achados. O teu destino é demasiado alto para que eu o diga. Tens de descobrir tu. (...) O meu nome está errado e o teu também. Nada é o que parece ser. More. Henry More. Frat Rc. O que tem de ser tem de ser" [Angel Crespo, A Mentira Verídica]