terça-feira, 2 de novembro de 2004


George Bernard Shaw [m. 2 Novembro 1950]

"A classe dos milionários, uma classe pequena mas crescente na qual cada um de nós pode se ver atirado amanhã pelos acasos do comércio, é talvez a mais descuidada da comunidade. Este opúsculo, que eu saiba, é o primeiro já escrito para milionários. Pelos anúncios das fábricas do país cheguei à conclusão de que tudo é produzido para os milhões e nada para o milionário. Crianças, rapazes, moços, «cavalheiros», senhoras, artesãos, adeptos das profissões liberais, até pares de reino e reis são providos do necessário; mas a freguesia dos milionários evidentemente não é interessante por eles serem tão poucos. Enquanto os mais pobres têm a sua Feira de Trapos, um mercado devidamente organizado e ativo em Houndsditch, onde se compra uma bota por um pêni, percorrer-se-ia o mundo em vão em busca de um mercado, onde as botas de 50 libras, o tipo especial de chapéu de 40 guinéus, o costume de ciclista de tecido de ouro, e o clarete Cleópatra, quatro pérolas do conjunto, possam ser adquiridos por atacado. Assim ao milionário infeliz cabe a responsabilidade de uma fortuna prodigiosa sem a possibilidade de se divertir mais do que qualquer homem medianamente rico (.....)

[George Bernard Shaw, Socialismo para Milionários - Leia mais aqui]

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