sexta-feira, 2 de julho de 2004

Fim de Poema

Para que nem tudo vos seja sonegado
cultivai a surdina.
Eu fico em surdina.
Em surdina aparo
os utensílios,
em surdina me preparo
para morrer.
Amo, chut!, em surdina;
a minha vida,
nesga entre dois ponteiros, fecha-se
em surdina

[Sebastião Alba]