"Shakespeare sabía mejor que nuestros pequeños burgueses cómo el dinero, forma de la propiedad la más general de todas, tiene poco que ver con las particularidades de las personas".
"En lugar de cantar el advenimiento del ideal de la democracia liberal y del mercado capitalista en la euforia del fin de la historia, en lugar de celebrar el fin de las ideologías y el fin de los grandes discursos emancipatorios, no seamos negligentes jamás con esta evidencia macroscópica hecha de innumerables sufrimientos singulares. Ningún progreso nos permite olvidar jamás, en cifras absolutas, que jamás tantos hombre, mujeres y niños han sido esclavizados, han estado hambrientos y han sido exterminados sobre la tierra." [Espectros de Marx]
"Não há lugar neutro ou natural no ensino."
"Pode a universidade (e de que maneira?) afirmar uma independência incondicional, reivindicar uma forma de soberania, uma espécie bem original, uma espécie excepcional de soberania, sem nunca se arriscar ao pior, a saber, em função da abstração impossível dessa soberana independência, ter que se render e capitular sem condição, deixar-se conquistar ou comprar a qualquer preço?"
"Cuidado com os abismos e as gargantas, mas cuidado também com as pontes e as 'barriers'. Cuidado com o que abre a Universidade para o exterior e para o sem-fundo, mas cuidado também com o que, fechando-a em si mesma, não criaria senão um fantasma de cercado, a colocaria à mercê de qualquer interesse ou a tornaria perfeitamente inútil. Cuidado com as finalidades, mas o que seria uma Universidade sem finalidade?"
"Se enceno, se dispenso um saber, para mim ensinar consiste em deixar o outro como outro, deixo ao outro a responsabilidade de se 'débrouillé'. A cada momento que cada um se 'débrouille', trate seu próprio fantasma, é isso a responsabilidade impossível de compartilhar. Cada um deve ficar só. É isso a solidão. Quando falo de solidão, da minha solidão, você pensa na sua e se diz, pode ser a mesma coisa - mas como você se engana. Mas é isso a linguagem. Há um grande poeta inglês Hopkins que elaborou uma teoria que ele chamava: self selving, como um 'self se selve', como um eu se torna ele mesmo. Ele o faz através do que Hopkins chama de - self taste - o gosto de si mesmo. O gosto que cada um tem de si mesmo. É absolutamente indescritível, incompartilhável. Ninguém pode partilhar o gosto de si mesmo. Tente descrever a alguém descrever o gosto de uma cerveja. O gosto não se compartilha." [Seminários EHESS]
"... toda a soberania é delirante a priori. Não há pretensão à soberania que não seja excessiva, hiperbólica, injustificável e, portanto, demente. A soberania é se sentir vivo, mas ninguém dá vida a ninguém, nem mesmo a mãe. Em todo caso, o soberano é alguém que diz: se dou a vida, posso tomá-la de volta. Dar e tomar a vida é o delírio do soberano."
"Com o fim da guerra fria, os Estados Unidos adotaram o conceito de 'rogue States' (Estados delinquentes) para designar países que desafiam a sua hegemonia. Ao fazê-lo, no entanto, extrapolam do abuso do poder e tornam-se, eles próprios, um 'rogue State'.