O ex- maoista envergonhado José Manuel Fernandes anda numa, como diria o Raul Proença, de "cretinizar inteligências". Não se sabe, ainda, se a sua de mestre-escola assumida, se a dos leitores d'O Público.
O piedoso articulista diz-nos, a dado passo, no "Editorial" de sexta-feira:" (...) um país [nota: Bélgica] que nem é bem país, antes um conjunto de três regiões linguísticas que se esgatanham umas às outras, entendeu ter «jurisdição universal» para crimes de guerra. Assim qualquer general da NATO - que por acaso tem sede em Bruxelas - passa a estar em risco de ser preso inopinadamente ao dirigir-se para uma reunião de rotina". Eis como o Fernandes esgrime o florete jornalístico.
Andou muito desde que saiu da "Voz do Povo" e fazia entrevistas ás operárias. Está mais solto de linguagem, menos adocicado na prosa, mais iconoclasta, se bem que sejam já visíveis os defeitos que tem na curvatura da espinha. Mas está bem, como teremos de o aturar até o Belmiro achar que sim, ou o PSD entender que ainda é cedo, utilizaremos esse extraordinário Fernandómetro que nosso direktor utiliza. Uma sugestão. Não se pode fazer um abaixo assinado e mudar a capital da Europa de Bruxelas para Braga. Assim como assim, tal como o Coutinho recomenda no lote dos «três pês», era um fartar vilanagem. Era só meditar pela calada da noute. Vamos a isso?