domingo, 13 de maio de 2007
O inefável Lello
Sejamos breves: o pedante José Lello foi em tempos idos de 2005, mandatário da campanha do PS. Acontece que o lido e versado Lello desconhece, formal e categoricamente, a origem do financiamento da campanha eleitoral do PS no Brasil. Azar do pavão Lello. É que a única coisa que deveria ter conhecimento, na qualidade de dirigente com o cargo que lhe reservaram, era saber e apresentar os donativos e as contas da campanha, conforme compromisso constitucional. Porém o eng. Lello caiu na banalidade de não só desconhecer o que quer que fosse, como pronuncia judiciosos pareceres sobre a matéria, que não estão provados. Perante este curioso exemplo de sageza, ocorre perguntar o que, afinal, sabe o vaidoso eng. Lello? Nada, absolutamente nada. Para além de uns exercícios venatórios na TV e a redacção de cartas espirituais aos senhores deputados por ocasião natalícia, nada resta para contar. Compreender o que faz correr Lello é todo um programa.
Enfim, auri sacra fames, diria Virgílio. E dizemos nós.
Caem "políticos" nos jornais e na blogosfera
"Um político deve ser capaz de prever o que acontecerá no dia seguinte, na semana seguinte, no mês seguinte e ano seguinte, e ter depois habilidade de explicar porque não aconteceu" [Churchill]
Engordados pelas nouvelles eleitorais de França, alguns adoráveis paroquianos - conservadores, neoconservadores, simples rapazes ou mui eruditos jornaleiros/comentadores - caíram afrancesadamente em vénias graciosas ao sr. Sarkozy e ao seu (dele) labor liberal. Salvar la France do desastre pecaminoso dos filhos e netos de Maio 68, implodir o Estado-Providência, jogar "ao centro" à maneira de Blair, foi o pretexto para infindáveis postas "libertárias", nos media de papel e na blogosfera. Um novo "pensamento único", picaresco, anedótico e politicamente correcto, faz plágio do old, agora fora de moda. A receita é uma outra, mas o requinte da ideia está lá.
Temos como exemplo desse lirismo de pensamento "único" a circular posta a correr pela senhora Teresa de Sousa, que enquanto arruma cuidadosamente no armário as rendas, as flowers do Maio 68 e le portrait de Mao Zedong, tricota a novíssima "ruptura de inspiração blairista", obscenamente Socrática, e agora sentida no porvir Sarkozyano.
Como nos conta, em dose de purgante, a desordem (e a anarquia) de la France está, via futuro luminoso pós-Sarkozy, seriamente e irremediavelmente comprometida. A reforma e récita da new France, cuidadosamente guardada no intelecto de Sarkozy, curiosamente um dos autores que formataram o nefando monstro gaulês, está anunciada e tem, desde já, a sua guia de marcha. A senhora Teresa de Sousa garante-nos (e a rapaziada da blogosfera confirma) que a versão gaulesa do thatcherismo, após verduras inglórias, aparece sob a norma da autoridade, trabalho, mérito e identidade. A santa trindade, "pátria, família e trabalho" é ideia abalizada e de novo em voga. Portanto, meus caros amigos, estamos condenados a clamar ... vive la France!
Ora acontece, se não soubéssemos que o discurso neoconservador é uma "navalha sem cabo, corta sempre as mãos dos que a usam", pensaríamos que uma "nova época" estava iminente. Mas, como acreditamos que o vade mecum liberal está longe desse insulto impresso por Sarkozy que é o projecto de uma União Mediterrânica, ou do vulgaríssimo proteccionismo que a direita tonta defende, ou se afasta (mesmo que seja por decoro) do novo racismo do sr. Sarkozy, julgamos que os enternecidos comentadores & outros tantos risonhos bloguers apenas respigam textos de circunstâncias. Nada nos detalhes do discurso Sarkozyano permite aderir à virilidade do novel génio da direita. Como o lúcido Jorge Almeida Fernandes nos diz: "Em breve se verá". Até lá, esperemos.
quinta-feira, 10 de maio de 2007
Catálogo LVIII da Livraria Moreira da Costa
Saiu o Catálogo do mês de Maio da Livraria Moreira da Costa (Rua de Avis, 30 – Porto). Pode ser consultado on line.
Algumas referências: O Piloto Instruído ou Compendio Theorico-Pratico de Pilotagem, de António Lopes da Costa Almeida, 1851 / História da Afurada pelo primeiro pároco Padre Joaquim de Araújo, 1922 / António Nobre, por Guilherme Castilho, Lisboa, 1950 / Colecção Camoniana de José do Canto (pref- Hernâni Cidade), IN, 1972 / O Trabalho Indigena. Estudo de Direito Colonial, por J.M. da Silva Cunha, 1955 / A Sé Velha de Coimbra, de Pierre David, 1943 / Documentos da Aclamação de El-Rei D. Duarte II, Ed. das Juventudes Monárquicas, Lisboa, 1933 / Coimbra dos Doutores, de João Falcato, Coimbra, 1957 / Memórias de Camilo, por Joaquim Ferreira, 1965 / Os Portugueses na Flandres, por Fernando Freiria, 1918 / História d'Inglaterra contada aos meus netos por Guizot, Porto, 1881-86, IV vols / Brigadeiros e Generais de D. João VI e D. Pedro I no Brasil. Dados biográficos. 1808-1831, pelo Coronel Laurênio Lago, Rio de Janeiro, 1938 / O Marquês de Niza, de Eduardo de Noronha, 1907 / Para um dossier da oposição democrática (org. pref. Serafim Ferreira e Arsénio Mota), Porto, 1969 / Panfletos I. A Ditadura Militar, de Raul Proença, Lisboa, 1926 / O Cavalo Espantado, de Alves Redol, Portugália, 1960 / Revista da Marinha. Direc. Maurício de Oliveira, Lisboa, Ano I, nº 1 (31 Janeiro 1937) a Ano X, nº 285 (31 de Dezembro 1946) / Unidade da Nação Portuguesa, conferências de M. M. Sarmento Rodrigues, 1956, II vols / 'Sofia' e 'Profecia' na Filosofia da História de Sampaio Bruno, por Maria Helena Varela, BMPorto, 1990 / O Pensamento Integralista, por Fernão da Vide, Lisboa, 1923 /
domingo, 6 de maio de 2007
Engenheiros à moda da paróquia
"Festeja o almocreve / com banquetes, manjares desusados / frutas, aves, carnes e pescados"
Tome-se um raminho de engenheiros, limpos, novos e gordos, deite-se de molho para se lhe tirar o couro da Ordem e, sem ofender os ditos, enxugue-se num pano ácido. Cubra, de seguida, com pão ordinariamente ralado. Tempere-se com sal, ervas finas, pimenta q.b., uma cabeça de bom alho, uma capela de salsa, quatro cravos d'Abril e sumo de limão verde. Meta-se depois no espeto os curiosos engenheiros bem atados com barbante, pingando-os de quando em quando com a marinada feita, e estando bem assados passa-se pela peneira, juntando-se-lhes uma colher de culi, uma folha de lello, sumo de laranja azeda e um golpe de vinagre para engrossar o molho. Tendo tomado boa cor tire-se fora e sirva-se para o que se quer, com os ornamentos do costume. Chame-se o dr. Coelho para lavar as impurezas. Bom apetite.
Benfica: destruir ... dizem eles!
A equipa do Benfica arrasta-se, dolorosamente e melancolicamente, em campo. Como qualquer incipiente equipa, vegeta ao longo do tempo sem força física e anímica que se veja. Os últimos jogos confirmam (mas não seria só por eles) que o Benfica tem sido admiravelmente destruído. Não há paciência para, todos os anos, assistir à grosseria de ouvir dizer que "se vai (re)construir uma equipa", quando ela é, simplesmente, liquidada.
O inefável Presidente da instituição Sport Lisboa e Benfica muito contribui para esta faina paupérrima e degradante da equipa. Coleccionador de cacofonias para a canalha do peão sorrir de malvadez clubística, o senhor Luís Filipe Vieira, meio guerrilheiro de bancada meio palrador alucinado, devia respeitar mais os associados, os adeptos e a camisola do clube. E o seu grandioso passado! Mesmo que os saloios do velho 3º anel acreditem, e obscenamente assim acontece, o ensaio da tão putativa equipa-sonho confunde qualquer observador de futebol não-fundamentalista. Aquilo não é uma equipa de futebol. Quanto muito um alegre grupo excursionista que em horas varonis dá uns pontapés numa bola.
O sábio engenheiro (não inscrito na Ordem) Fernando Santos, singular escolha do sr. Vieira, é a miséria das misérias nativas. Aluno megalómano da excêntrica táctica do triângulo invertido, não conseguiu nunca entender para que serve aquilo. Descaradamente, o valor da história que lhe venderam é nulo. Pior que isso! É que a equipa ficou, de vez, sem aquilo que os mais tradicionais chamam de meio-campo e sem qualquer ligação entre sectores. A menos que essas minudências tenham desaparecido da prática de futebol, pode-se afirmar que como organizador e treinador de equipas de futebol o eng. Santos presume que dá cavadelas na relva mas não apanha minhoca alguma. A obra do eng. é completa, soberba e eficaz para acabar de vez com um grupo de trabalho. O dr. Artur Jorge, ao pé dele, é um principiante. Erudito, bem entendido. Mas principiante! Decididamente.
Sigmund Freud [n. 6 Maio 1856–1939]
"Ah!, como estas coisa são ditas / em termos freudianos!"
"Se a lei é primeiro que tudo informada por um conjunto de princípios morais, estes representam uma espécie de genitalidade da moral que é sustentada e imposta para indicar uma modalidade de contrato com o qual a lei e os corpos devem ter uma relação (...) O ideal da pessoa é o que sobretudo a instituição quer conformar; mas como o ideal envolve portanto uma dimensão especulativa (no duplo sentido); concerne por isso o espelho. Produzir sósias é, de facto, para a instituição o ideal absoluto, divino (…) A 'pessoa' é pois constituída como carecida, imperfeita e por isso instituída numa falta de submissão à lei”" [Giancarlo Ricci]
"Deus é a mulher tornada inteira" [Lacan]
"A fala, o canto, os movimentos da língua e da pena estão investidos de um simbolismo genital: a palavra representa o pénis e o movimento da língua ou da pena, o coito" [Didier Anzieu]
"O caralho pequeno, a cona frígida, o pénis-clitóris, a família assassina, os amigos canalhas: se tivesse sido diferente, teria sido possível ter! E ter-se-ia conseguido falar: ver tudo aquilo que ninguém tem, a que ponto somos todos idênticos na privação e na 'infortúnia', como cabe a cada um o mesmo mortificante baralho de cartas viciadas, graças à qual já ninguém se dá conta daquilo que realmente vive, ou poderia viver segundo a paixão incarnada, desejo concreto, vontade de se realizar. Em vez disso, contempla-se esfomeado a imagem do Outro magnífico, imensamente profuso de tudo aquilo que nos falta. A isso, pelo menos, e já é muito, sabem os amantes escapar efemeramente. Se eles se olham, é porque sabem ver-se. Desejam-se, logo reconhecem-se. Desiludem-se, logo sabem o que procuram. Odeiam-se, logo sabem que não bastam a si próprios" [Giorgio Cesarano]
sábado, 5 de maio de 2007
Cidade Proibida – Eduardo Pitta
No dia 16 de Maio, pelas 18,30 horas na FNAC do Chiado, será o dia (há muito esperado) do lançamento do romance de Eduardo Pitta [Da Literatura], "Cidade Proibida", sob a chancela da QuidNovi.
A apresentação estará a cargo do escritor Fernando Pinto do Amaral.
A não perder.
In-Libris - Catálogo de Maio 2007
Catálogo da In-Libris (Porto), com um conjunto de peças mui estimadas de Adolfo Casais Monteiro, Al Berto, Alberto Pimenta, Álvaro Ribeiro, Alexandre O'Neill, Ana Hatherly, António Ramos Rosa, Ferreira de Castro, Fiama Hasse Pais Brandão, Helder Macedo, Herberto Helder, José Cardoso Pires, José Gomes Ferreira, José Régio, José Rodrigues Miguéis, José Viale Moutinho, Manuel Bandeira, Manuel da Fonseca, E. M. Melo e Castro, Mendes Corrêa, Natália Correia, Óscar Lopes, Paulo Quintela, Revista Oceanos (vários numrs), Urbano Tavares Rodrigues, entre outras obras.
A consultar on line.
terça-feira, 1 de maio de 2007
A Cantiga é uma Arma – G.A.C. Vozes na Luta
"Levai a má consciência que afirmais eu ter para a barricada que frequentais e aquecei com ela, amigos, o pequeno-almoço auroral das vossas boas consciências" [Alexandre O'Neill]
Estamos em tempo de saudosismo neste "país em diminuitivo". Viemos de outras estórias que a idade (ainda!) não larga, até porque regressa o presuntivo responso que o "respeitinho é que é preciso" [evidentemente ... O'Neill]. Mas há gente que não se esquece. Não queriam mais nada? Na certeza que os novos "conquistadores de almas" fazem o coro da criadagem da governança, muito ao jeito de "uma casa uma janela, fazer contas dentro dela" [Salazar citado por O'Neill], daqui, neste 1º de Maio de 2007, vos oferecemos
para esta viagem aos bocados, "uma sílaba, um conselho, um cigarro", uma canção de tempos imemoriais
A Cantiga é uma Arma - G.A.C. & José Mário Branco
Boa noute!
Vamos mudar isto
"Isto está insuportável. A nossa sociedade está irracional, barbarizada, desumanizada. E isto é o nosso olhar de intelectuais. Mas depois começamos a pensar nas pessoas que estão mesmo mal, naqueles olhares que vemos no telejornal, aqueles que ao fim de trinta ou quarenta anos de trabalho vão para casa sem nada, apenas com um casaco nas mãos (...) isto tem de ter uma leitura política qualquer (...) Isto não serve. Não tem nada a ver com os valores da humanidade, tanto a nível quotidiano como global. O capitalismo está a destruir famílias, pessoas, comunidades ['é para repetir os horrores do passado?'] não. Então o que é? Não sabemos. Temos é que tentar. Ir buscar aquilo que houve de mais válido nas ideias e nos sonhos transformadores do passado, ver o que estragou aquilo, e conseguir um novo caminho (...) Mudar de vida"
[José Mário Branco, Vamos mudar de vida, in Ípsilon-Público, 27/04/07]
segunda-feira, 30 de abril de 2007
A intensidade da vitória
"Vitória é aquela vez em que a gente não perdeu" [Millôr Fernandes]
Amarga vitória dos andrades no campeonato de futebol! Triste e natural fim da lagartagem! Má sina a nossa, ó camaradas do glorioso!
O desaforo e fanfarronice dum miserável presidente do SLB, que escolhe tão fracativos jogadores e professa tão estulto treinador; o comando sem génio, firmeza estratégica, técnica e física desse cérebro mirrado que dá ao nome de eng. do Tenta; a intensidade pérfida do "triângulo invertido" do bronco Fernando Santos (a novidade táctica insultuosa dos indígenas treinadores lusos); o ruído proferido pelos vassalos falantes da Sport TV ao longo do jogo do Benfica-Sporting e de todos os outros, que é um study-case indígena só comparado ao espírito varonil do dr. Santos Silva em defesa do retorno do exame prévio; a inútil polémica sobre a putativa intensidade do toque faltoso do lagarto Caneira sobre Miccoli (as regras da arbitragem nunca se cumprem, aliás como tudo neste delicioso país) ou, ainda, a "ceifa" feita em Karagounis que o oficial do exército (que não árbitro, que é uma outra coisa) Pedro Henriques não puniu devidamente; os comentários desbragados, virtuais e doutrinários do Bruno Prata - o oráculo do sr. Pinto da Costa em terra dos Andrades; tudo isso exalta e, ao mesmo tempo, amansa qualquer adepto de futebol.
O mundo do futebol doméstico é uma merdice, tais os dotes que todas essas figuras ostentam. Os manguitos a esses cavalheiros, que ainda se podem fazer (thks! ó comissário Santos Silva), são o único orgulho que nos resta. Porque o futebol, ó meus amigos, o sublime futebol ... está a circular lá fora. Não há pachorra para estas lambugens pátrias e para a perda de tempo desta curiosa mentira, que é o futebol nativo. Há mais vida, mesmo que menos perfeita, para além do futebol. Trate disso, ó leitor!
domingo, 29 de abril de 2007
Leilão de uma Biblioteca - 7, 8 e 9 de Maio
Biblioteca de um Historiador do Livro (Parte II) - eis a continuação do leilão (de um total, presumivelmente, de cinco) do que dissemos ser "a copiosa [e valiosa] livraria de um dos ‘mestres’ da história do livro e bibliófilo alumiado, o dr. Artur Anselmo". Vale a pena reler o que em post anterior referimos.
O leilão desta II Parte decorre nos dias dias 7, 8 e 9 de Maio, pelas 21 horas, no Amazónia Lisboa Hotel (ao Jardim das Amoreiras), e estará a cargo de Pedro Azevedo, conceituado leiloeiro e profundo conhecedor da actividade do livro antigo, que, como sempre, apresenta um distinto e estimado catálogo.
Algumas referências (I Sessão/noite): Academia dos Singulares de Lisboa, 1692-1698, II vols / Acção Realista: revista quinzenal (monárquica), nº 1 (22 de Maio de 1924) ao nº 32 (Outubro 1926), 32 numrs / Almanach isrealita ‘Meoded’ para o anno 5677 (de 28 Setembro de 1916 a 16 de Setembro 1917), publicado por Samuel H. Mucznick, Hazan da Synagoga ‘Shaaré Tilvá’, Schojet e Mohel do Comité Isrealita de Lisboa, 1916 / Almanaque, publicação mensal, sob dir. J. A. de Figueiredo e or, gráfica de Sebastião Rodrigues, Outubro 1959 a Maio 1961 (col. O'Neill, Cardoso Pires, Vasco Pulido Valente, Stauu Monteiro, Baptista Bastos, Abel Manta, Sophia, etc.), 20 numrs / Os Gatos, de Fialho de Almeida, 57 numrs (Agosto 1889 a Janeiro 1894) / Alvorada: revista litteraria mensal, dir. Paulo Osório, 1896, 3 numrs / Adolescente, de Eugénio de Andrade, 1942 / Annona ou mixto-curioso. Folheto semanal que ensina o methodo de cosinha e copa, ..., nº1 a nº 36 (1836 a 1837), 35 numrs (total 36) / Cartas Espirituais do venerável padre Frei António das Chagas, 1762, II vols / Aqui e Além: revista de divulgação cultural, dir. Carlos A. Dias Ferreira, nº1 a nº5 (Março-Abril 1945 a Outubro 1946), V numrs / Archivo Pittoresco: semanário illustrado, vol I a vol Xi (Julho 1857 a 1868), XI vols / Arte Livre: revista semanal de arte e literatura, dir. Azevedo Coutinho, nº1 a nº6 (1897), 32 numrs [Queirosiano] / A Arte, dir. A. de Sousa e Vasconcelos, volI a vol III (Jan. 1879 a Set. 1881), III vols [Camiliano] / Arte & Vida: revista d'arte, critica e sciencia, dir. Manoel Sousa Pinto e João Barros, 1904-1905, 9 numrs (compl. 10) / Arte: revista internacional, dir. Eugénio de Castro e Manuel Silva Gayo, 1895-1896, 4 numrs / O Atheneu artístico-litterario: gazeta illustrada, dir. Ferreira de Brito, 1880-1881, 52 numrs / O Bardo: jornal de poesias inéditas, Março 1852 a Março 1854, 25 numrs / Bibliotheca familiar, e recreativa offercida á mocidade portugueza, 1835-36, 38 numrs / Boletim da Casa de Camilo (III primeiras séries completas), 1964-1988, 64 numrs / Conjunto Obras de António Botto / Monarchia Lvsitana (todos os volumes da 1ª ed.), de Frei Bernardo de Brito e Frei António Brandão / Flora Lusitanica, de Félix de Avelar Brotero, 1804, II vols / Vida de Dom Frei Bertolomev dos Martyres da Orde dos Pregadores, por Frei Luis de Cácegas, 1619 / Cadernos de Poesia, org. Tomaz KIm, José Blanc Portugal, Ruy Cinatti, 1940-42, 5 folhetos / Cadernos do meio-dia, coord. António Ramos Rosa, Casimiro de Brito, 1958, Faro, 3 numrs / Rimas Varias de Luis de Camoens, 1685-1689, V tomos / Cancioneiro de Ajuda, ed. Carolina Michaelis Vasconcelos, 1904, II vols / 37 Obras [invulgares e raras] de Camilo Castelo Branco / Catálogo do I Salão dos Independentes ..., 1930 / Chronica constitucional do Porto (nº1 a nº144; e nº 1 a nº308), 1833 [órgão oficial do exercito liberal) / A Cidade de Évora: boletim da Comissão Municipal de Turismo de Évora, 1942-1987, 70 numrs / Lendas da Índia, de Gaspar Correa, dir. Rodrigo Felner, 1858-64, IV vols / Almocreve de petas, de José Daniel Rodrigues da Costa, 1797-1819, 137 folhetos / várias Obras [folhetos, contos, rimas] de José Daniel Rodrigues da Costa
quarta-feira, 25 de abril de 2007
25 de Abril de 1974 ... a palavra ...
"A palavra, como tu dizias, chega
húmida dos bosques: temos de semeá-la;
chega húmida da terra: temos que defendê-la;
chega com as andorinhas
que a beberam sílaba a sílaba na tua boca"
[Eugénio de Andrade]
terça-feira, 24 de abril de 2007
Catálogo Bibliográfico 15 da Livraria D. Pedro V
Saiu o Catálogo Bibliográfico do mês de Abril da Livraria D. Pedro V (Rua D. Pedro V, 16 - Lisboa).
Algumas referências: Conjunto de livros estimados de António Botto [Cvriosidades Estheticas, 1924 - Cartas que me forma devolvidas, 1932 - Alfama, 1933 – Ciúme, 1934 - Dar de beber a quem tem sede, 1935 – Sonetos, 1938 - Baionetas da morte, 1936 - 9 de Abril, s.d – Não é preciso mentir, 1939 – Motivos de belleza, 1923 - Isto sucedeu assim, 1940] / Poemas e Fragmentos, de Bertold Brecht, Coimbra, 1962 / A Grande Opção: servir ou destruir Portugal, por Marcello Caetano, 1973 / Amor e Melancolia ou a Novíssima Heloisa, de António Feliciano de Castilho, 1828 / O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote de La Mancha, Cervantes, 1876, II vols / A Cidade Queimada, de Mário Cesariny Vasconcelos, 1965 / O Minho Região de Beleza Eterna, por José Crespo / Trovas de Coimbra, de A. Gonçalves Cunha, 1931 / Estática e Dynamica da Physionomia, por Júlio Dantas, 1909 / Oiça António Ferro, por Artur Inês, 1933 / À Lareira, de Júlio César Machado, 1872 / A Vida Sexual, de Egas Moniz, 1904 / Mundo Português. Imagens de uma Exposição Histórica, 1940 / Passagem de Nível, de Sidónio Muralha, 1942 / Só, de António Nobre, Lisboa, 1898 / Las Razas Humanas, por Federico Ratzel, 1888, II vols / As Encruzilhadas de Deus, de José Régio, 1935 / Vasco Fernandes e os Pintores de Viseu do Século XVI, 1946
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Dia Mundial do Livro
Antena 1 - Francisco José Viegas sugere-lhe um Livro, hora a hora.
Em Lisboa: Casa Fernando Pessoa [MegaSaldos] / Dia Mundial do Livro na Hemeroteca Municipal de Lisboa [livros e periódicos à venda] / Lisboa Cidade do Livro [ver programação aqui] / Feira do Livro
[via Mundo Pessoa]
sexta-feira, 20 de abril de 2007
III República - 33 Anos depois do 25 de Abril
A Alma Republicana passa também, como não podia deixar de ser, pelo retrato da III República, que o 25 de Abril de 1974 abriu. Não é possível esquecer essa aurora do céu português, que mulheres e homens durante longos anos, com ânimo, esperaram. E foram muitos que, contra o medo e a tirania, conspiraram e lutaram. Alguns deles não viram chegar esse "dia inicial inteiro e limpo", como Sophia pronuncia, mas ficaram para sempre na história colectiva da República. Outros entraram pelo 25 de Abril dentro, com alegria, ilusões e utopias. De diferentes condições sociais e distintas matizes políticas, com sorrisos e percursos ideológicos diferentes, as esperanças de Abril dominaram todos nós. Com entusiasmo, incerteza, revolta, desilusão, tragédia e dúvidas, o caminho feito por cada um de nós, e por todos, a memória não pode nem deve esquecer.
O Almanaque Republicano, a partir de agora, pretende recuperar factos e acontecimentos esquecidos, personagens, grupos e organizações que atravessaram e suportaram o período do Estado Novo até à III República, recolhendo do passado os ventos que a "Revolução de Abril" de 1974 sacudiu. 33 anos depois, temos muito que conversar. 33 anos depois, temos muito para lembrar. Que assim seja.
[via Almanaque Republicano]
Tem dor e tem puta - Mário Cesariny, ed. Biblarte, 2000
O Leilão anunciado por nós aqui e que pode ser consultado on line, apresenta cada vez mais fotos e imagens das peças que vão estar à venda. E algumas são de excelente qualidade, como aquela que, acima, atiramos sobre as vossas cabeças. Mário Cesariny ao V. dispor.
O Leilão terá lugar dia 12 de Maio, às 16 horas, no Centro Cultural de Belém, sala Vieira da Silva. Tome nota. A não perder.
Até tu ... Soares!
O dr. Mário Soares, o original Mário Soares que o bom siso (antigo) louva, não precisava de ser o "bombeiro" do actual grupelho socialista. Retirado estava, virtuoso ficava. Nem devia participar numa peça velha e por demais gasta, de misantropia partidária e ímpeto evangélico, invocando, sem discernimento algum, personagens tão diferentes entre si – em carácter, robustez ética e intelectual - como Ferro Rodrigues e José Sócrates. As palavras proferidas, aqui, presumidamente irreflectidas, transformam doravante o PS num imenso vaudeville, em que deploravelmente o dr. Soares ombrearia, lado a lado, com o inefável Jorge Coelho em actor principal, os manos Sócrates & Silva Pereira como excelentes debutantes, a inenarrável criatura dos brados José Lello como palrador e José Junqueiro, o homem dos raids ministeriais, como empresário. O dr. Mário Soares estará, talvez, desgastado. Mas convinha não abusar do enorme capital que granjeou e não desbaratá-lo entre gente pouco recomendável. Senão caímos no eterno problema da democracia: "é que quando o povo toma o palácio esquece-se sempre de puxar o autoclismo" [corrigenda de uma outra de Millôr Fernandes]. Não há vaidades transparentes. O dr. Soares devia sabê-lo.
quarta-feira, 18 de abril de 2007
A Questão Académica de Coimbra - 1907
Video, nos 100 Anos da Greve Académica de 1907.
[via Almanaque Republicano]
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Gustave-Henri Jossot (ou Abdul Karim Jossot) [n. 16 Abril 1866–1951]
Nascido em França, Gustave-Henri Jossot foi um ilustrador famoso, caricaturista virulento e escritor. Ideologicamente perto do anarquismo, participou em importantes revistas satíricas (como L'Assiette au beurre, 1900) e libertárias do seu tempo. Vai para a Tunísia e aí converte-se (1913) ao Islão, [adoptando o nome de Abdul Karim, no que foi entendido como «une réaction de l’âme contre la civilisation mécaniste»] tendo mais tarde (1923), e como resultado do seu individualismo contemplativo, seguido a corrente sufista (mística). Morre na Tunísia em 1951.
Locais: Gustave-Henri Jossot / Gustave-Henri Jossot (1866-1951) / Islamic Anarchism
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