sábado, 12 de março de 2011
FOI BONITA A FESTA PÁ!
"Chamais-me, Cidadão? Eu aqui estou:
Alas à Liberdade!
Nunca mais pura cauda se arrastou
Nas lages da cidade!" [Alexandre O’Neill]
Dia curioso e surpreendente. Inchado de liberdade, sonoridades vocais, de movimentos progressivos. Eis Lacan e o grito do recém-nascido, em pura metonímica. Da escuridão destes dias saíram ladrilhos de memorandos, mui ataviados de panfletos em letras redondas. Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Volumosa, autorizada. Cor unum et anima una. E dessas almas, naturalmente lúcidas, brotou uma nova itinerância para todos nós - os condenados às galés da fazenda. É preciso uma grande orgia. Porque foi bonita a festa, pá!
PS:Ah! os cultores corporativos do bloco central já capricharam pequenas maldades. Vieram espumar as suas mazelas, enriquecendo a lexicologia política. O sr. Sócrates justificou o grito da "canalha" com a sua contumaz imaginação cénica. O sr. Augusto SS, resignado, truncou o seu dia de trabalho precário. E o merceeiro Teixeira dos Santos, ao que parece, faz exercícios venatórios ao colo do governo colonial da fuhrer Merkl. Há ironia e malícia no ar. O dr. Coelho – atrevido no ímpeto e bisonho na praxis - ameaça fulminar qualquer acareação com o regente-engenheiro. Santo Assis ainda não rabujou, vindo do asilo parlamentar. Na verdade, não há vida além do mofo de S. Bento e do facebook do dr. Cavaco. Pelos colunistas, há advertências, sermões & tripas viradas. Há motins literários. A casta & reaccionária Helena Matos (Oh! Labii reatum! Oh! Geração do 69) arrufou, vaidosamente máscula, sumariamente caluniante. Rosariada de náusea (ou sexo de escrita) contra a vida e o seu linguarejar. O dr. Pacheco Pereira, leninista e sem lucidez, choraminga abruptamente contra os profissionais da TV. Não leu o discurso último do dr. Cavaco, um dos subscritores do PREC d’hoje. Valha-nos, ao menos, isso! No resto "enquanto os filósofos etiquetam, os relógios tiquetaqueiam". O’Neill … na porta!