sábado, 7 de novembro de 2009
A CHOLDRA
Tresanda a laracha esta governação. O Sócrates, os Santos Silvas, o inefável Valter Lemos, os Perestellos, o camarada Vasco (Franco), os Lellos, um tal Amado, o clone Silva Pereira, o fogoso "revolucionário" Alberto Martins, a rapariga de Boston (Isabel Alçada), o inolvidável Lacão, estão de volta. Todos muito ajeitadinhos, muito bem esmaltados, quiçá boémios. Gente limpa e pitoresca são outra coisa. Mas este vaudeville – levado ao palco em S. Bento – nem parece um governo, mas lembra simplesmente um vero Xanax. O dr. Cavaco prescreveu a coisa e a gentinha, bem comportada, corre no imprevisto para o divã. Somos bons paroquianos!
Está, assim, uma autêntica choldra a paróquia. Os arremedos da folia parlamentar, "sem fundilhos nem calças", são raros e íntimos. Os jornaleiros (salvé Ó Bettencourt Resendes) estão ferventes e ensimesmados na retórica política. Um Vara (Armando para os amigos) passa inseguro entre o espectáculo, primoroso na sua fatiota made in BCP. Alguns (poucos) jornalistas (ainda os há) catrapiscam a perdida ética republicana. Sócrates, o comediante Silva Pereira e os dormideiros do BCP garantem o seu valor, dão referências a esse bom e excelso portuga. O país, entretanto, caiu exaurido, entre o riso pelo infortúnio do gentio d’Alvalade e o suspiro triunfal do grande & glorioso SLB. Somos todos gente tímida. Admirável!
Requiescant in pace