quinta-feira, 30 de abril de 2009


CHRONICA ECHOLOGICA

O estado de espírito e a energia ambiental do Governo é de pasmar. Depois de prescrever contra-ordenações ambientais (2006) respeitáveis aos prevaricadores, na época acompanhada de uma ruidosa exaltação partidária, o sr. Sócrates – conhecido festivaleiro de questões ambientais –, numa rara sensibilidade humanitária, entendeu (via Conselho de Ministros) fazer "aprovar alterações ao actual regime de contra-ordenações ambientais".

Na aprovação da nova barrela oriunda do douto Conselho, teve-se em conta (em alumiada inteligência) os tempos de "dissolução" económica e por isso considera o sr. Sócrates ser a proposta a mais adequada "ao quadro socioeconómico do país, ajustando a punição à necessidade de não comprometer a subsistência de pessoas singulares e de pessoas colectivas de pequena e média dimensão". As coimas doravante a existirem, a extraordinária concepção dessa figura do "arrependido" ambiental (que aí se mendiga), retratam muito bem o espírito e o exercício de cidadania que o imprudente Ministro do Ambiente professa.

A ridícula argumentação recitada, em sede de Conselho de Ministros, revela uma notável falta de talento argumentatório, uma desconsideração ambiental repulsiva e é, acima de tudo, um insulto à inteligência de todos. Não há pachorra!