segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009


Regressar à teoria

Banho de bola no campo das Antas. Marcando em cima dos rapazes do prof. Jesualdo, o Glorioso – de "gravata vermelha" – foi brilhante, genial até. Apagaram as luzes do bairro. Jogaram de ouvido e gozaram! O descanso dado aos andrades (toda a semana), que o reaccionarismo do prof. Jesualdo felizmente estimulou, foi infrutuoso. Uma anedota! Os jogadores são para jogar – os que o sabem fazer, evidentemente – e terem intimidade com a bola. A rapaziada das Antas arrastando-se pelo campo, sem malícia nem jogo de bola, foram objecto de troça de Aimar e seus camaradas. O improviso da velha táctica do chuveirinho, em direcção a jogadores com mais de 2 metros & uma solidez à moda de Luisão e Sidnei, é armar a intelectual. Vem no manual, mas é para gente talentosa. Pingar a bola, nessas condições, é ser "idiota de objectividade" (Nelson Rodrigues). Uma miséria!

A lavagem de bola do Glorioso foi só excedida pela lavagem ao jogo feita pelo soprador de apito, o jovem Pedro Proença. Curioso nome que lembra, e muito, o travestido sindicalista João. Aos 71 m de jogo, Proença, viu um falso penalty contra o Glorioso. É moda (para citar o eng. Sócrates) que os “polícias” de serviço, quando se enganam contra o Glorioso, sejam adeptos confessos do próprio clube. Ladrão de bola contra o Glorioso foi, é, ou será sempre associado do clube. Mestre Pinto da Costa não brinca aos Freeport’s!

A "vitória doce e santa" (ainda, N. R.) que (não) obtivemos fizeram regressar, entre os correligionários das Antas e os veraneantes d’Alvalade, a teoria da "intensidade do lance". Na época, Pôncio Monteiro filosofava sobre esse apurado e raro estudo. Pedro Proença tem aqui um papel principal na sua reconstituição. É, de novo, o futebol a regressar às suas origens. Mestre Pinto da Costa (sabe-se) não brinca em serviço!